segunda-feira, 30 de abril de 2012

Enquanto isso, Fox trama mais X-Men e reboots...

Bem, parece que a FOX está correndo atrás do prejuízo que teve com os dois fiascos do Quarteto Fantástico e do Demolidor, e fazendo a coisa certa com os direitos que tem sobre os X-Men: segundo uma entrevista dada pelo diretor dos estúdios da Fox, Tom Rothman, à MTV News, não apenas Matthew Vaughn vai retornar a cadeira de diretor para uma sequência do genial X-Men First Class, mas a rede pretende fazer um reboot do Quarteto e do Demolidor.

A sequência do First Class é mais do que bem vinda, obrigado, vendo que o filme fez mais pelos X-Men do que os "quatro" (contado com Origins) filmes anteriores, e as filmagens começam em janeiro do ano que vem. Até agora, nenhuma confirmação sobre os personagens que devem aparecer no filme, ou sobre a data de estréia.

Já os reboots de Demolidor e do Quarteto Fantástico... olha, os filmes antigos são na melhor das hipóteses passáveis, mas ao menos no caso do Demolidor, o que está a caminho não é muito inspirador. O filme será dirigido por David Slade, de... Lua Nova e Eclipse. Não estou familiarizado com outros trabalhos de Slade, mas não creio que o diretor de duas partes de Crepúsculo seja uma boa ideia para Demolidor. Já no caso do Quarteto, só peço duas coisas: primeiro, um Doom digno de respeito, e segundo, se forem usar o Galactus, que usem o cara gigante na roupa rosa e roxa com o chapéu ridículo.

E em uma outra entrevista, dessa vez para o site Collider, Rothman mencionou outro projeto da Fox com os direitos dos X-men: mais um filme de Spin Off, a ser anunciado "oficialmente" no verão (inverno por aqui). Na entrevista, ele deu a entender que seria um filme dos Novos Mutantes, embora hajam dezenas de grupos e personagens viáveis para mais filmes.

No que é mais tocante, é claro que a Fox não pretende abandonar os direitos dessas séries tão cedo, então quem esperava ver o Fera ou o Demolidor nos Vingadores, ou os Skrulls em um filme da Marvel pode tirar o cavalinho da chuva. O mesmo vale para uma adaptação cinematográfica de "Avengers vs X-Men", o atual "mega-evento" da Marvel.

E não é que Whedon conseguiu fazer jus aos Vingadores?

Acho que todo mundo já está familiarizado com o problema mais comum de filmes com múltiplos protagonistas, em especial filmes baseados em grupos - com o tempo limitado, a grande maioria dos personagens fica sem desenvolvimento, tirando um gato pingado ou outro, e no fim das contas, o filme acaba sendo um fiasco. Filmes de quadrinhos não são nenhuma exceção, embora o problema neles costume ser o excesso de antagonistas. E surpreendentemente, Os Vingadores conseguiu escapar dessa sina sem que ninguém ficasse fora de foco, apagado, ou que um único personagem roubasse o filme todo.


Não é a toa: fãs de quadrinhos sabem muito bem que ao contrário do super grupo da "Distinta Concorrência" os Vingadores são marcados mais pela desconfiança mútua e os conflitos interpessoais do que qualquer outra coisa. Temas nos quais o diretor Joss Whedon (Buffy, Angel, Firefly) é praticamente especialista, e que dá munição de sobra para estabelecer os personagens através da interação deles uns com os outros, e não em cenas individuais.

Quase todos terem tido um filme próprio antes certamente não atrapalhou, e isso se mostra evidente no leve "desfoque" do único novato, o Gavião Arqueiro (Jeremy Renner). Sem tempo anterior, e menos "super" que o resto, Renner e Scarlett Johanson (Viúva Negra) certamente ficam deslocados no filme, e talvez tivesse sido mais prudente usar outros personagens. Também reduzido, mas por ser de fato secundário, fica o diretor da S.H.I.E.L.D., Nick Fury (Samuel L. Jackson).

Tirando esse pequeno porém, as caracterizações estão perfeitas: Robert Downey Jr. devidamente arrogante, irresponsável e prepotente como Tony Stark (Homem de Ferro), Chris Evans "fora do seu tempo" como Steve Rogers (Capitão América) e Chris Hemsworth como um Thor desconectado da humanidade e preocupado tanto com a Terra quanto com o irmão Loki (Tom Hiddleston). Mas o destaque maior no meu ver vai para Mark Ruffallo como o terceiro ator a assumir o papel de Bruce Banner (Hulk) em apenas nove anos. Mesmo sem tempo para dramas pessoais, o Banner de Ruffallo é mais convincente como uma figura conflitada - e ao mesmo tempo centrada - do que os antecessores Eric Bana e Edward Norton, ambos atores de maior destaque.

E curiosamente, para um filme de super-heróis, as cenas de ação são o ponto mais fraco do filme. Ou para dizer mais exatamente, menos forte. São todas excelentes, e as composições singelas  e bem editadas de Whedon certamente são um belíssimo "balé de destruição" - o destaque mor vai para a sequência de "se equipar" antes da última batalha do filme. Mas as cenas de diálogo e a maneira como Loki tenta virar os heróis uns contra os outros são tão boas, e tem sacadas de humor geniais (e que aumentam a tensão, ao invés de rouba-lá) que a ação acaba virando um "extra". Recomendadíssimo, tranquilamente o melhor filme da Marvel (e não por fraqueza dos anteriores) e um tapa na cara para quem diz que filmes de super-heróis já estão "batidos".


A reclamar, só tenho  três pequenas coisas, e só uma diz respeito a quem não é fã dos quadrinhos: primeiro, o quão "fora" o Gavião Arqueiro está no filme. Segundo, a ausência de dois dos membros fundadores dos Vingadores (A Marvel deixou o Thor legal no cinema, dava para fazer o mesmo pela Vespa e o Homem Formiga/Homem Gigante), e o terceiro, e que mais me incomoda: em ponto algum do filme foi dito "Avante, Vingadores!" (ou Avengers, Assemble!), e teve oportunidades de sobra para isso. Como todo filme da Marvel, vale ficar após os créditos para um pequeno extra, e teaser para um Vingadores 2 (ou Guardiões do Universo, se os rumores forem verdadeiros).

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Fora do filme, Skrulls ganham boneco.

Pois é, parece que os Skrulls "estão mas não estão" no filme dos Vingadores (ou é o que dizem os boatos e o diretor Joss Whedon), mas isso não impediu os alienígenas com "queixo de tangerina" (como definiu muito bem um amigo meu) de darem as caras na coleção de brinquedos do filme: A Hasbro recentemente divulgou a composição da terceira onde de bonecos do filme, e não é que tem um comic series Skrull no meio?
Além dos Skrulls, armados com um machado que não parece muito.. aproveitável, a onda também incluí a versão cinematográfica do Gavião Arqueiro, e a versão cinematográfica da Viúva Negra - a primeira onda contava com a versão Marvel Ultimate do Gavião. Junte isso a um repaint do homem-de-ferro, e um repaint do mesmo molde com um acessório novo, um boneco do Loki e um boneco do Hulk, e bem... tem algumas coisas que me interessam aí no meio. Só não me agradam os acessórios imensos que tem dominado as linhas da Hasbro desde o filme do Thor. Certo que alguns bonecos do homem-de-ferro já tinham acessórios enormes, mas não ao nível do Thor e do Capitão América... Mas bem, sempre dá para se livrar da caca ou dar para alguém que precise, e afinal, por que o gavião arqueiro precisaria de dois arcos, por exemplo?

Quanto ao filme, eu vou fazer algum texto dele amanhã, depois de ter assistido!

"I'm not a Plastic Bag" dá personalidade ao lixo

Para quem está afim de algo bem diferente, as ONGs JeffCorwinConnect (do ambientalista e documentarista de mesmo nome), American Trees e Global ReLeaf lançaram a genial graphic novel "I'm not a Plastic Bag". Lançada pela Archaia, a história escrita e ilustrada por Rachel Hope Allison se centra na grande mancha de lixo do pacífico, uma massaroca nojenta de entulhos e resíduos que continua a crescer, e que hoje chega em certas partes do ano a ocupar uma área do oceano duas vezes maior do que o Havaí.

Quase sem texto, a HQ conta a história do lixo que se acumula na mancha conforme ela se torna a atual "ilha de lixo". Antropomorfizada em uma figura trágica, sem controle de suas ações ou do seu crescimento, a criatura lentamente se dá conta de que apesar de suas intenções, ela é uma mácula ao ambiente. Além da história, a HQ também traz informações factuais sobre o fenômeno, iniciado quando o lixo jogado no oceano ficou preso nas correntezas oceânicas entre a Califórnia e o Havaí, formando um vórtice continuo de porcarias que ameaça a vida marinha na região. Ao contrário da ilha da Graphic Novel, a mancha real é um verdadeiro arquipélago de lixo, e uma das provas cabais do impacto humano no ambiente.

E para reduzir o impacto ambiental da publicação, as ONGs responsáveis irão plantar duas arvores para cada arvore usada na impressão. Seria patético se não fizessem algo do gênero, não? Por ora, "I'm not a plastic bag" está a venda apenas nos EUA.

Conan O'Brien e os vingadores rejeitados.

Bem, é hoje a estréia oficial de Os Vingadores no Brasil, e deve ser hoje ou amanhã que eu vou ver o filme. até lá, não posso realmente opinar sobre o filme, mas achei muito boa (como quase sempre) a zoação do Conan O'Brien e o esquete bizarro sobre os "vingadores rejeitados". Claro, nem todos foram engraçados, mas eu me matei de rir com "Ciclista Fantasma das Antigas" e o Flash Gordon... Ramsey (de Hell's Kitchen).


quinta-feira, 26 de abril de 2012

Como não fazer um filme, com Tommy Wiseau


Infame pelos incidentes envolvendo o site That Guy With The Glasses, The Room, do diretor de Origem desconhecida Tommy Wiseau é um caso... delicado. De certa forma, é uma verdadeira obra de arte, em toda a sua espetacular initelegibilidade. Mas é melhor definido como o "Manos : As mãos do destino" do século XXI, ou talvez até como o "The Beast of Yucca Flats" dessa geração. Ou como o "anti Cidadão Kane".



Com um orçamento incompreensível de 6 milhões de dólares, gastos em não se vê o que, The Room conta a hitória de Johnny (Wiseau), um homem que está sendo "FEITO EM PEDAÇOS" pela traição de sua noiva com seu melhor amigo. Poderia ser uma trama interessante, não fossem todas as subtramas largadas, os diálogos imcompreensíveis, e as atuações horríveis, especialmente a de Wiseau.

Aos problemas, um por um : Johnny é infalivel, perfeito, rico, carinhoso, inteligente, só não é promovido por políticagem do ambiente de trabalho. Um perfeito "Marty Stu". Lisa, sua noiva, o traí... por que ele não é promovido? É isso? O filme nunca dá motivação alguma para Lisa, que "deixa de amar" Johnny de um dia pro outro, sem explicação. O "protegido" de Johnny, Denny, em uma cena é ameaçado por um traficante, e é revelado que ele está viciado em drogas. O assunto nunca mais é mencionado. A mãe de Lisa está com cancer, mencionado uma vez, e nunca mais. Os diálogos são sofríveis, repetitivos, e mecânicos. As duas coisas mais repetidas no filme são "Oh, Hi *insira nome aqui*" e "Lisa é minha futura esposa/Você é minha futura esposa, Lisa".

Em um certo ponto, temos algo que pode ser a pior fala da história do cinema :
Johnny, após discutir com a mãe de Lisa, a respeito de ter batido na noiva : "Eu não bati nela, eu não fiz isso, eu não bati nela, eu não bati, isso é besteira, eu não bati... Oh, oi Mark!"
Isso tudo com uma mudança súbita de ânimo, ao Johnny ver Mark, de "irritado" para "feliz", de um segundo para o outro. A pessoa com quem Lisa o esta traindo! Para bagunçar mais as coisas, Mark tenta repetidas vezes contar para Johnny sobre o caso (porque? Não se explica), ou ao menos que Lisa lhe está chifrando, mas ele sempre o ignora.

ESTOU ATUANDO!!!!
Nenhuma das cenas parece ter importância para o desenvolvimento das outras. Mark, Denny, Johnny e um cara que nunca aparaceu antes vão jogar "catch" num beco, usando smokings. Nunca é explicado. Um casal entra no apartamento, come chocolate, dá uns amassos, e... some do filme. A cena com o traficante, é completamente esquecida. The Room parece ser um anti-filme, de tão mal construido que é o andamento do roteiro.

E, por ultimo, das coisas horríveis nesse filme : Tommy Wiseau é um homem muito, muito feio, e o filme nos força a vê-lo pelado umas 3 vezes. Sinceramente, ele parece um homem das cavernas depilado, ou como o Nostalgia Critic definiu : O "FABIO BIZARRO". Ambos são de origem desconhecida, tem um sotaque incompreensível, mas onde Fabio é, de acordo com editoras de romances baratos, "o homem mais bonito do mundo", Wiseau... faz Ron Pearlman parecer belo.

A essa altura, vocês devem estar achando que The Room é um filme horrível, e que deve ser evitado a qualquer custo. Mas a verdade, é que eu até gostei do filme. É uma obra tão mal feita, mal atuada, e sem sentido, que juntando com o sotaque misterioso de Wiseau, é simplesmente hilária. Wiseau mutila falas que ele mesmo escreveu, nada parece fazer sentido, e as expressões são um caso à parte. O filme é tão incrivelmente RUIM que ele transcende todas as fronteiras lógicas, e cai devolta em "bom", por algum processo incompreensível. Não é pra todo mundo, e as vezes parece que foi mal feito de propósito, tanto que os Trailers posteriores o vendem como uma "comédia de humor negro", belo saving throw aí Wiseau.

Aguardo anciosamente pela próxima "obra prima" de Wiseau, não são muitos os diretores tão "talentosamente ruins", os poucos que chegam perto do grau de "incompetência" de Wiseau são Uwe Boll e a dupla Freitzer e Seltzberg, mas estes são simplesmente ruins, não conseguem quebrar o medidor de ruindade a ponto de fazer o ruim ser bom, sendo ruim. Wiseau é o novo Ed Wood, ou assim espero.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Espuma de barbear de Eva, torradeiras do Homem-Aranha... Onde vamos parar?

Bem, como todo mundo deve saber, o mundo das mercadorias associadas é um lugar estranho. Mas essas duas que eu achei online hoje ganham o prêmio: primeiro temos a torradeira do homem-aranha. Que faz torradas com o símbolo do herói, e que me parece a coisa menos confiável do mundo. Se bem que o que se recusa a calar é "o que raios torradas tem a ver com o Homem-Aranha?". O que vale lembrar é que vender comida associada a filmes sempre leva a situações... inusitadas, como o cereal do Batman.


Mas o segundo item é o que realmente adentra nos reinos da insanidade: Creme de barbear e barbeadores de Neon Genesis Evangelion. EVA já é notório por mercadorias nonsense e pela incongruência de uma série brutal e altamente psicológica ter uma linha de produtos marcada primariamente por... estatuetas eróticas. Mas creme de barbear? Schick e Gainax, o que raio se passou pela cabeça de vocês, e porque raios destruíram uma das mais icônicas neckbeards da animação japonesa para isso? E me perturba ver a expressão de... deleite da Rei, da Asuka e da Mari com o Kaji e o Gendo sem barba... Aparentemente, meninas de 14 anos sexualmente excitadas são fair game no Japão (o que deve ser óbvio pelo número de figuras quase pornográficas das três...)


Axe Cop vai ganhar animação

Bem, para quem acha que webcomics não dão em nada, eis uma prova do contrário: Axe Cop deve ganhar uma série em animação no novo bloco de animação da Fox, Domination. A série baseada na HQ de Malachai e Ethan Nicolle deve estrear no ano que vem com uma série de seis episódios de 15 minutos, um piloto para uma série maior.

Axe Cop é um dos melhores exemplos de como a web deu chance para ideias novas e muitas vezes completamente insanas: o quadrinho surgiu de uma parceria do desenhista Ethan Nicolle com o seu irmão de cinco anos, Malachai, em 2009, e rapidamente fez sucesso devido a lógica infantil e ideias "legais demais para serem ignoradas".  A ideia deu tão certo que foi lançada em forma impressa pela Dark Horse desde 2010. Desde então, o policial do machado recebeu múltiplos prêmios - incluindo ter sido nomeado uma das 10 melhores graphic novels para adolescentes no 2012 Young Adult Library Services Association Awards. Definitivamente vale uma olhada com a mente aberta e preparo para o ridículo.

O que me resta saber é se o outro webcomic totalmente insano e com o qual Axe Cop já fez um crossover terá também uma série animada: Doutor McNinja, a única coisa capaz de superar Axe Cop em "não fazer sentido". Quem sabe com o sucesso de Axe Cop o maluco doutor também ganhe uma série dele. Ou ao menos um Cameo.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Arkham City ganha edição especial










Bem, está confirmado: segundo a página oficial do jogo no facebook, no final de maio sai uma edição "Game of the Year" de Batman: Arkham City, e antes do GotY, sai no dia 30 deste mês a expansão "Harley Quinn's Revenge", continuando a história a partir dos planos de vingança da apaixonada capanga do coringa. O capítulo novo da trama inclui finalmente a chance de explorar o distrito de Arkham City com o "garoto prodígio", alternando entre Batman e Robin conforme eles desvendam o plano de vingança da Harley e fecham os portões de Arkham City de uma vez por todas. A edição especial de Arkham City inclui todos os DLCs já lançados para o título, incluindo HQR,e o filme "Batman: Ano Um".

E aparentemente, perder o Senhor J fez a Harley passar de uma Juggallo para uma gótica. porque é isso que eu vejo no design novo dela.Vejamos se HQR vai explorar aquilo que Arkham City deixou praticamente explicito: estaria Harley grávida do Coringa?







Crítica: John Carter: Entre Dois Mundos

Bem, tá aqui uma crítica que eu estou devendo...

Se alguém acha que marketing ruim não tem como prejudicar um filme bom, eis a prova: depois de 74 anos de tentativas falhas, e precisamente 100 anos após o lançamento da história original, as histórias de Barsoom, de Edgar Rice Burroughs, finalmente chegaram aos cinemas este ano, e tiveram um fracasso estrondoso com John Carter: Entre Dois Mundos - o que é uma pena, pois o filme em si é excelente.


Tomando poucas liberdades com o material de origem,  John Carter conta  a história de, bem, John Carter (Taylor Kitsch, meio apagado no papel), um veterano da guerra civil que é transportado para Marte - ou Barsoom, como é chamado pelos nativos - onde se torna super forte e ágil por ter crescido na gravidade maior da Terra,  é capturado pelos selvagens Tharks, liderados por Tars Tarkas (Willem Dafoe) e resgata a estonteante princesa Dejah Thoris de Helium (Lynn Collins), prometida em casamento ao Jeddak de Zodanga, Sab Than (Dominic West). Da mesma maneira que os livros são supostamente histórias que o tio do autor lhe contou (dito tio seria o John Carter), o filme é contado como sendo Edgar lendo o diário do tio após sua suposta morte.

Onde o filme toma suas liberdades são pequenos elementos de cenário, combinando personagens supérfluos em um só, adicionando roupas aos marcianos (pois no livro todos andavam nus, a exceção de algumas jóias e bandoleiras), e introduzindo muito mais cedo os vilões da segunda história de John Carter, os Sagrados Therns e seu líder Matai Shang (Mark Strong) -e fazendo deles algo muito pior do que um culto religioso dos antigos marcianos brancos. E essa é a grande mudança do filme: enquanto o livro em que se inspira, "Uma Princesa de Marte",  gira em torno da Dejah Thoris, "Entre dois Mundos" monta os Therns como uma ameaça muito maior, fazendo deles parasitas alienígenas que manipularam a história de Marte e da Terra por milhões de anos (e sim, isso foi um baita spoiler, me processem). Também fizeram do líder Thark Tal Hajus uma figura mais ativa (no livro ele se resume a... ser um tirano e ficar sentado comendo como um porco), e tiraram as perucas "fabulindas" dos Therns. Também deixaram os Tharks um pouco menos enormes do que nos livros.

Visualmente, o filme não deve em nada - não a toa, já que os efeitos especiais ficaram por conta da Pixar - e a direção de Andrew Staton (Wall-E, Procurando Nemo) não é ruim. Onde ele peca em si são algumas atuações apagadas. O destaque visual vai para o Calot (o equivalente marciano para um cão) Whoola, que ficou simultaneamente feio pra caramba e adorável. Enquanto isso, o destaque atuação apagada vai infelizmente para Taylor Kitsch, que passa metade do filme sem um pingo de carisma. Depois que ele escolhe por Marte, aí são outros quinhentos.

Mas como foi que o marketing estragou John Carter? Comecemos pelo título: o livro se chama Uma Princesa de Marte, a primeira trilogia tem o apelido de John Carter: Senhor da Guerra de Marte (que é o título do terceiro livro), e o conjunto todo são as crônicas de Barsoom. O título do filme inicialmente seria John Carter de Marte "para não afastar o público masculino". Depois virou só John Carter, para não perder o público feminino, terminando com um título que não dizia porcaria nenhuma.






A Disney tinha ouro em mãos, com uma história que indiretamente inspirou toda a FC do século passado, a tal ponto que o filme foi acusado de ser clichê (sendo que o livro inventou a maioria dos clichês do gênero) e de "imitação de Avatar" - o que é realmente engraçado vendo que Avatar foi inspirado em John Carter. Raios, o Super Homem deve a sua existência a John Carter (originalmente, ele era um John Carter as avessas, que tinha super força por ter nascido em uma gravidade maior do que a da Terra). O que a Disney fez com isso? Tentou vender o filme como um filme de ação genérico, não mencionou em nenhum dos trailers que esse era o ano centenário da história, ou que ele tinha inspirado décadas de ficção científica. Pior: mudaram o título para não perder o público feminino, mas fizeram questão de esconder nos trailers o romance que é O CENTRO DA HISTÓRIA. O resultado: o filme bombou no mercado americano, o diretor da divisão de filmes da Disney se demitiu, e os projetos para Deuses de Marte e o Senhor da Guerra de Marte foram engavetados. Boa marketing...

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Nerd Sinal: Quando falamos de Política



Com um punhado de atraso considerável, eis o terceiro nerd sinal! Distopias, DLCs, a versão de PC de Dark Souls, e a incrível história da mulher duckface!

 Me desculpo pelos excesso de 40k do Fábio, pela súbita politização do podcast, e antes que alguém me ataque: não sou Lulista, achei o governo Lula acanhado e omisso em muitas questões. A questão que discordo é a teoria de conspiração da Veja de que o Lula tivesse sido ditatorial. Muito pelo contrário, o que faço é uma crítica também. Ao invés de ser mão pesada, o que o Lula fez foi afagar a oposição e ceder vezes demais.

O porque da súbita incursão no tema política? Bem, não dá para falar de distopias sem entrar em política. Não dá mesmo.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

As feras de batalha voltaram!

Alguém lembra de uma linha velha da Hasbro chamada Battle Beasts? Com animais antropomórficos usando armaduras cibernéticas e poderes elementais, parece que as Feras de Batalha estão tendo um revival duplo este ano: Enquanto a IDW comics e a Diamond Select estão revivendo o cenário americano com uma nova linha de brinquedos e uma nova série em quadrinhos, a Takara está trazendo de volta a versão "original", Beastformers - quando essa linha inexplicavelmente fazia parte da continuidade japonesa de Transformers - na forma de um jogo de miniaturas, como o original havia sido pensado.

Eu pessoalmente não tenho muito interesse na linha. Apesar de serem miniaturas bem legais (e quem pode achar que uma morsa cibernética não é legal?), o preço atual da linha japonesa (US$ 8 por figura) já é uma facada, adicione frete, e simplesmente não vale apena, ao meu ver. Mas para os fãs das feras de batalha, acho que ambas as notícias devem ser muito bem vindas.

A única coisa que me fica realmente de dúvida é o seguinte: o relançamento japonês de Beastformers ainda fará parte de Transformers? E afinal, quem achou que isso fazia sentido?

Transform Away, quem se interessa?


Bem, o carinha do vídeo acima (não sou eu não), o Brent, teve uma ideia genial para promover a integração entre a fanbase de transformers, e convencer a galera a fazer uma pseudo-caridade interfãs. Para o mês de maio, ele propôs uma ação bem... criativa: você tem algum tf que não quer mais, que não pode mais guardar ou que não lhe traz mais interesse? Conhece alguém que está atrás do boneco, mas não consegue encontrar? Dê para ele, sem esperar nada em troca. Simples assim. Ele até criou uma conta de e-mail para ajudar a galera a encontrar quem queira seus bonecos velhos (transformaway@gmail.com). Quem tiver interessado, mas não sabe para quem dar o boneco, ou tiver algo que esteja atras e que alguém possa estar a fim de doar, é só mandar pro e-mail o que tem para doar, informação de contato, e o que está atrás. Ou dê o boneco para alguém que já conhece.

Mais alguém interessado? Eu vou doar meu Universe Cheetor - não tenho mais nenhum interesse nele, e espero que traga alegria para outro fã. E para quem dúvida das boas intenções do Brent: esse cara é praticamente o rei das doações, doando trocentilhões de bonecos para outros colecionadores ao longo dos anos, incluindo duas levas imensas de Beast Wars doadas para o Thew. Obviamente, o cara gosta de repassar os bonecos dele.

E para ver como a ideia já começou a dar algum efeito, eu postei o vídeo da campanha do Brent no grupo da Aliança Transformers Brasil no Facebook, e o pessoal já surgiu com uma ideia melhor: para o dia das crianças, a fanbase se juntar para doar TFs para crianças carentes. Eu estou dentro dessa também.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

DINO VINGADORES ROOOOOOOOAAAAAAARRRR!!!!!!

A desenhista Terryl Whitlach - uma das responsáveis pelo design de criaturas do episódio I de Star Wars - recentemente aproveitou o conhecimento adquirido quando estudava zoologia para fazer essa série excelente de imagens dos Vingadores como... dinossauros. Ou de dinossauros como os Vingadores, é difícil definir. de qualquer maneira, ela preparou um textinho explicando as escolhas, e isso só torna os desenhos ainda melhores, leiam e riam:

It was fun deciding what dinosaurs should be what characters. I ended up with an Ankylosaur as Iron Man (a no-brainer, as this animal is naturally armored), a Parasaurolophus as Captain America, just because I thought with that crest it would look really funny, a Triceratops as Thor, especially since when it grows up it is actually a Torosaurus, hence "Thor"-osaurus, and a T-rex as the Hulk so I could give it really muscularly odd little arms. It's a breath of fresh air to do fan art, and any excuse to draw dinosaurs is a good one!


Os desenhos você confere inteiros abaixo. O meu preferido pessoalmente foi o Hulkasaurus, nada mais hilário do que bracinhos minúsculos e bombados... O Capitão Paramerica também ficou engraçado por causa da crista, que deixou as asinhas e o A ainda mais "chamativos. Mais alguém acha que a ideia, por mais boba que seja, merecia uma minissérie?












Beware the Batman tem teaser.

Sabe, eu me surpreendo com a capacidade de certas pessoas de extrapolarem "fatos" sem informação nenhuma... Esta semana saiu o primeiro teaser de "Beware the Batman", um vídeo de apenas 23 segundos que se resume a uma tomada do Batmóvel em um túnel, e um close na cara do Batman, com a seguinte narração: "A todos aqueles que feririam os inocentes, eu lhes dou um único aviso: Temam minha ira." Não diz muito, só para chamar a atenção para o desenho, que deve estrear ano que vem no Cartoon Network.

Mas de alguma maneira a partir dessa narração e do pouco de cena, de alguma maneira certos "fãs" conseguiram "deduzir" que o desenho será: infantilizado, sem ação, com um Batman "amigável", cheio de "Biff" "Soc" e "Pow", entupido de piadinhas, e um remake do seriado do Adam West. Como que chegaram a essa conclusão, eu nunca vou entender. Certo que o casting de vilões está bizarríssimo, com mais inimigos do Dick Grayson do que do Bruce Wayne, mas a equipe por traz de Beware é competente - eu pessoalmente confio na capacidade do Glen Murakami (Teen Titans, Batman Beyond) e Mitch Watson (Scooby-Doo: Mystery Incorporated) em fazer algo bom, especialmente depois do Watson ter feito uma série legitimamente boa de Scooby-Doo. But Haters gonna hate anyway...

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Quadrinho entregue, pagamento cancelado...

Segundo o site Comics Alliance, uma transição de quadrinhos pelo ebay pode ter terminado em uma baita enganação. Um cidadão da Carolina do Norte comprou uma edição #1 dos X-men pelo preço de US$ 3000, e se vocês acham que sabem onde essa história vai terminar, estão muito enganados...

Transações fraudulentas em que o vendedor manda outra coisa no lugar são bem comuns, infelizmente, mas o que aconteceu dessa vez foi o oposto: tão logo a revistinha chegou na casa do comprador, este cancelou o pagamento. Sintam o nível da picaretagem: o cara se compromete a pagar via paypal, e tão logo o vendedor enviou o item e ele chegou em casa, ele decide "Nah, nem vou pagar mais". Se isso não é roubo, eu não sei o que é.

De acordo com o vendedor, o motivo do cancelamento ter sido aprovado é que ninguém assinou o recibo da encomenda - embora o serviço postal americano garanta que o item foi entregue. Ao menos a polícia já tem um endereço para começar a investigar, caso não decidam "meh, são só quadrinhos". Porém há de se reconhecer que o comprador pode ter cancelado o pagamento e não assinado o recibo por outro motivo: o quadrinho pode não ter chego e ter se perdido ou ter sido "surrupiado" no sistema postal. Então, o que vocês acham?

terça-feira, 17 de abril de 2012

Coisas novas: SkullGirls

Como todos devem saber (ou ao menos quem acompanha o que tem saído de games), dia 10 saiu pela PSN um título muito aguardado e muito... inusitado: Skullgirls, um jogo de luta em 2d com sprites desenhadas a mão e uma jogabilidade "das antigas". Definitivamente algo incomum nessa era de jogos "2d com gráficos 3d", rehashes da SNK, e bem, Blazblue, a única coisa atual parecida com Skullgirls. E bem, eu estava precisando de algo assim, um jogo de luta ao estilo "clássico".




Skullgirls também tem o fator não tão incomum de ser um jogo de luta com elenco puramente feminino - e qualquer um que conhece como a industria de games funcionam sabe o que isso significa... FANSERVICE! Porém até que conseguiram manter num nível decente - o jogo tem suas doses absurdas de erotismo, mas os designs acabam se voltando mais para o bizarro do que o sensual na maioria dos casos, e o visual como um todo é bastante... "fofinho", assim por dizer, ao mesmo tempo em que é perturbador ao extremo (vide a Peacock ao lado).

Como jogo em si, Skullgirls é ótimo: eu pessoalmente jogo MUITO MAL, mas os comandos respondem de maneira fluída, a variedade de estilos de jogo é enorme - mesmo com apenas 8 personagens - e o jogo oferece três formas diferentes de jogar em equipe. A única coisa que eu realmente tenho a reclamar é a AI: na maior parte dos personagens, ela joga absurdamente bem. O problema é quando se tem que enfrentar a Ms. Fortune controlada pela AI... prepare-se para combos infinitos. O tempo todo.

Combustível de pesadelo puro
E em termos de personagem, mesmo com um elenco reduzido (e que será expandido via DLC) Skullgirls tem material para agradar a todo mundo - da referência a desenhos antigos (bem a lá Tex Avery e Gato Felix) na Peacock, ao estilo "séria e sensual" da Parasoul, ao ridículo que é a enfermeira ninja Valentine, alguma coisa vai lhe agradar no elenco de Skullgirls. Caso contrário, se nada lhe agradar, algo está garantido para lhe horrizar: A sub-chefe do jogo, Double, uma massa disforme de carne e órgãos que usa golpes "não implementados" das outras personagens. Skullgirls está disponível na PSN e na XBOX Live.


quarta-feira, 11 de abril de 2012

Ben Kingsley em Homem de Ferro 3?

E parece que o excelente Ben Kingsley fará o vilão do tereceiro filme do Homem de Ferro - ou ao menos é que saiu no site Hollywood Reporter na segunda-feira. O ator estaria em negociações para o vilão principal do filme, que deve estrear em 2013 - sem a direção de Jon Favreau, responsável pelos dois primeiros filmes do playboy mais popular da Marvel.

Embora a Marvel não tenha comentado sobre os rumores da participação de Kingsley, tudo parece apontar para aquele vilão chave do cabeça de lata, o Mandarim, ausente nos dois primeiros filmes. Apesar disso, segundo a revista Variety, Kingsley não será o conflito principal do terceiro filme, e nõa deve interpretar o Mandarim - se isso significa um quarto filme em potencial, ou que quem quer que Kingsley interprete ficará para um filme dos Vingadores, eu não faço ideia.

Se Kinglsey não será o Mandarim, quem pode ser? Que outro vilão do Homem de Ferro ficaria apropriado nas mãos abeis dele? Dinamo Escarlate? Conde Nefária (nem em sonhos)? Homem de Titânio? Nenhum desses faz muito sentido na pele de um veterano como Kingsley... alguém tem algum palpite?

EA: pior empresa de 2012. Sério?!

Ao que parece, a Electronic Arts é a pior empresa do Mundo - ou ao menos esse foi o resultado de uma pesquisa do site Consumerist, cujo resultado foi publicado na semana passada, o que me deixou um tanto... estarrecido. Certo que várias políticas empresariais da EA são de fato execráveis - DLC no primeiro dia me vem em mente de imediato - mas fazer dela o "grande satã" do meio empresarial quando temos verdadeiras abominações como a Fox News - que se a justiça americana tivesse colhões, teria que trocar de nome; O sistema bancário como um todo, responsável direto pela série de crises mundiais que estão deixando gente sem empregos, seguradoras e planos de saúde que negaram tratamento n vezes, ou o complexo militar industrial, lucrando cacetilhões com conflitos armados em que financiam ambos os lados.

Mas é claro, isso não diz respeito ao consumidor, não é? Sinceramente, é um dia muito triste quando as pessoas acham que a prática escrota de cobrar extras por partes dos jogos (sim, é escrota pra cacete) é a pior coisa que companhias tem feito. Mas não é só nesse aspecto que as pessoas tem reclamado da EA não: também envolve razões "profundas" como o final ruim do Mass Effect 3, o Single Player meia boca do Battlefield 3, o patch mal visto do mesmo jogo - que resultou em algumas pessoas ao menos aqui em Joinville querendo entrar com uma ação conjunta no Procon. Porque nerfaram os tanques. E por isso eles queriam o dinheiro de volta e indenização por danos morais. Ao que parece, a EA também é a única culpada pelos passes online de jogos - aquela coisa introduzida pela THQ, e que foi aderida primeiro pela Activision - e pela falta de "grandes jogos independentes". SÉRIO? Não brinca que é responsabilidade do conglomerado de games lançar jogos INDIE.

Mas o que me mais me deixa confuso é o seguinte: Se a EA é tão "monstruosa", horrível, danosa, perversa, maligna, e insira mais adjetivos aqui, a ponto de merecer o troféu de pior empresa de 2012... Porque vocês ainda dão dinheiro para ela? É isso que me surpreende em Nerds em geral: as pessoas reclamam da EA, reclamam de Hollywood, reclamam das editoras de quadrinhos -e continuam comprando, achando que fazer reviews negativas online vai afetar elas em alguma coisa. E sinceramente? Acho que se a pesquisa tivesse sido feita por um instituto de pesquisas, e não via votação online no Consumerist, nunca que a EA estaria no primeiro lugar - até porque a votação final se resumia a EA e o Bank of America, este sim um horror cósmico de proporções lovecraftianas. Ela pode ser ruim, mas não causou a morte de ninguém - se alguém morreu por causa de DLC, por causa do sistema online da EA (de fato, horrível), ou por causa de jogos "apressados", é sinal de que a espécie não está mais apta a sobreviver.

domingo, 8 de abril de 2012

Scooby Doo: E começou a segunda temporada

Semana passada "vazou" o primeiro episódio da segunda temporada do genial Scooby Doo: Mystery Incorporated - algo pelo qual eu estava muito ansioso, após o extremamente tenso climax da primeira temporada. E "The Night the Clown Cried" não decepciona: após os eventos desastrosos da temporada anterior, com a partida de Freddie em busca dos seus pais verdadeiros, Salsicha mandado para a escola militar, Scooby em uma fazenda (que mais lembra um gulag), sobra a Welma a tarefa ingrata de desvendar o último mistério a assolar Crystal Cove: os ataques do pertubador Man Baby Clow, tarefa inviável sem o resto da turma.

E o tempo indefinido que se passou entre uma temporada e outra não foi gentil com nenhum deles - ou com Crystal Cove: enquanto Scooby certamente passou a ser um personagem mais "ativo" - e que espero que se mantenha menos acovardado durante toda temporada, ao invés do pano de fundo que foi na primeira - os tempos de andarilho de Freddie deixaram ele parecendo um mendigo, Salsicha não foi mudado em nada pela escola militar, e Welma, bem ela teve que apelar para imitar o Rorschach para convencer a nova Prefeita de Crystal Cove a buscar os outros para deter o bebezão palhaço do mal...

E quanto a Daphne? Bem, depois que o Freddie partiu no final da temporada anterior, enquanto Welma tentou continuar o que eles faziam, só que por conta própria, a "beldade" da mistérios limitada seguiu em frente em mais uma das referências aleatórias e hilárias de Mystery Incorporated: está namorando com o astro da série de filmes "Ocaso" e "Ocaso 2: Ainda Ocaso" Baylor Hotner. A série já havia ridicularizado crepúsculo na temporada anterior - e a piada fica ainda melhor agora com a imitação descarada do sempre descamisado Taylor Lautner.

Para um início de temporada, "The Night the Clown Cried" escalou bastante a situação: não bastasse o vilão principal da primeira temporada, Professor Pericles, ter escapado com as peças do disco planisférico - o mcguffin da série - agora Crystal Cove está sob ataque de um bebê palhaço demoniaco - qeu também é um homem. E que ataque: enquanto nas séries velhas os vilões se resumiam a assustar as pessoas, Man Baby Clown tem um prazer enorme em bombardear Crystal Cove - em uma das primeiras cenas, explodiu uma lanchonete... lotada (as pessoas fugiram, mas ainda assim).

Porém o ponto maior é o Cliffhanger em que este início de temporada se encerra: o vilão vence, Daphne continua fora, Crystal Cove está em chamas, a turma é odiada, e nada foi resolvido. E esta situação é agravada pela expressão de desespero do Freddie ao perceber que a Daphne nunca (o que significa três episódios, no máximo) vai voltar, e é tudo culpa dele por ter adiado o noivado*. Independente das suas opinões sobre as séries velhas de Scooby Doo, se você gosta de animação, Mystery Incorporated é uma obrigação -e esta segunda temporada parece prometer muito. Se o nível dela for metade do primeiro episódio, já é uma das melhores séries de animação atualmente.