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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Oh shit: Ursinhos Carinhosos estão de volta...

Depois do sucesso da My Little Pony: Friendship is Magic, a Hasbro parece estar decidida a reviver franquias esquecíveis - e parece não ter notado o que levou MLP: FiM a dar tão certo... Mês que vem estreia no The Hub o desenho novo dos... Ursinhos Carinhosos. E bem, de acordo com o release de imprensa da Hasbro, a ideia é de fato "seguir o sucesso de MLP".


De acordo com a Hasbro, "Care Bears" tem o "mesmo espírito de amizade e o visual reimaginado em computação gráfica que fizeram de MLP: FiM um sucesso cult". Mas o pouco que foi demonstrado do desenho (francamente indesejado) contam outra história. Começando pela parte visual, como isso:


Remete a isso:

Eu realmente quero saber. Mas a parte mais importante: enquanto MLP:FiM é essencialmente um "Slice of Life", o pouco que foi exibido de Care Bears parece ser a mesmíssima coisa que era o desenho original, incluindo os companheiros humanos desnecessários, e que tornavam o desenho intolerável mesmo quando eu era pequeno. Para ter uma ideia: a cena acima é que o Grumpy (o urso azul) está irritado por que o Tenderheart prefere demonstrar suas "habilidades de rima" a comer o cereal que ele fez. E por algum motivo, eu aposto na total ausência de referencias obscuras, ao contrário de MLP, que chegou a ter um pseudo cameo do elenco de O Grande Lebowsky. Por melhor que seja MLP, eu nem vou dar uma chance para essa abominação. Isso é do nível de chamar o seriado do Arqueiro VERDE só de "Arrow", porque Green Lantern e Green Beetle fracassaram.

E ainda assim, o The Hub parece ter apostado pesado em conquistar a mesma fanbase de MLP:FiM, incluindo pré criar um termo para a fanbase... Enquanto os fans de MLP criaram o termo "brony", Care Bears já vem com um apelido "pronto", demonstrando como o pessoal de marketing não sabe que não se força um meme: Belly Bros. Ninguém vai usar esse termo, pra começar que não vai haver fanbase. E mesmo que houvesse... eles criariam outro apelido, o site Comics Alliance sugeriu jocosamente "Care Dudes", como Bill S. Preston e Theodore Logan chamariam um enfermeiro... Alguém tem ideias melhores?


quarta-feira, 16 de maio de 2012

E a saga das torradeiras continua...

E eu que achava que a fronteira do ridículo tinha sido alcançada com o combo de esmalte e torradeira do Homem-Aranha... Mas não, para a minha surpresa, a falta de noção do merchandising cruzou uma nova barreira. Estão prontos? Porque a bomba é grande...


Lá vai então: a Dynamic Forces está lançando uma linha de torradeiras (claro) de vários filmes e séries da Warner. Assim como a torradeira do cabeça de teia, a coleção (não acredito que estou falando em coleção de torradeiras)é feita de maneira a marcar as torradas com algo da série ou filme. Até aí, tudo bem, exceto que um dos filmes "agraciados" com o eletrodoméstico é Watchmen. Sim, senhoras e senhores, conheçam a torradeira do Rorschach!

Antes que comece o festival de ódio a DC Comics por essa, dessa vez eles não tem culpa alguma, o problema é a companhia mãe, a Warner. Entre as outras obras que vão receber torradeiras, estão O Mágico de Oz, Friends, e Os Goonies. E bem, se alguém não vê problema em um produto nível "Japão" (vendo que é o país onde há até bares de Gundam, por exemplo) de merchandising, então aproveitem as torradas do Rorschach.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Segundo Pentágono, Vingadores "não faz sentido".

Eu morro e não ouço tudo... A história até parece uma piada, mas é séria: segundo uma entrevista dada pelo representante do Departamento de Defesa em Hollywood, Phil Strub (e isso é um cargo de verdade), à revista Wired, os Vingadores foi um dos poucos filmes de ação feitos sem o suporte do Pentágono.

Até aí, é só uma curiosidade, o que me deixou pasmo foi o motivo: o Departamento de Defesa retirou a ajuda na produção porque o filme "não era realista o bastante" (lembrem-se, esse é o órgão governamental que ajudou a fazer REVENGE OF THE FALLEN), e porque os militares não conseguiam entender a burocracia por trás da S.H.I.E.L.D.. Com vocês, a declaração bombástica de Strub.

We couldn't reconcile the unreality of this international organization and our place in it. To whom did S.H.I.E.L.D. answer? Did we work for S.H.I.E.L.D.? We hit that roadblock and decided we couldn't do anything [with Avengers].
É para rir ou para chorar? A história fica ainda mais engraçada depois que a Marvel tentou explicar para o DoD a relação da S.H.I.E.L.D. com o governo americano, o fato de que a versão dos filmes não é uma organização internacional (a sigla nos filmes significa Strategic Homeland Intervention, Enforcement and Logistics Division), e que está submetida ao controle do Departamento de Segurança Nacional, não o de Defesa. Mas segundo Strub, isso chegou ao ponto em que "não fazia sentido". Aí vem duas coisas... primeiro, Strub... os filmes de Transformers faziam sentido? Porque vocês apoiaram eles até os portões do inferno... E segundo: Sabe, eu não espero que a política de um filme estrelando um deus nórdico, um super-soldado, o Hulk e o Homem de  Ferro sejam ultra realistas...

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Asura's Wrath, ou "Awesome: the Game".

Bem, esse fim de semana eu comecei ( e terminei) a jogar uma das coisas mais absurdas a serem lançadas em toda a história dos videogames: ASURA'S WRATH. Embora no meu ver seja errado chamar Asura's Wrath de jogo. O mais correto seria chamar de "anime interativo". Tanto em estilo, narrativa, visual... até nos DLCs, que estão mais para OVAs do que "extras".

Asura's Wrath (ou "I'm really f****** angry: the game) conta a história de Asura, um semideus muito, mas muito furioso. Parte dos oito generais celestes, o jogo abre com uma batalha totalmente épica contra os Gohma - entidades monstruosas geradas a partir da própria Terra Gaia. Após a vitória contra o "líder" dos Gohma, Vlitla, Asura é traído por seus companheiros, acusado de assassinar o imperador, e demonizado por seus "crimes". Sua esposa é assassinada, sua filha sequestrada, e Asura mandado para o Naraka. Após 12 mil anos, Asura volta em busca de vingança. Isso resumindo muito o começo do jogo.


sexta-feira, 4 de maio de 2012

Crítica: Blindsight

Eu tenho um gosto realmente estranho em livros... Mês passado eu terminei de ler Blindsight, do Peter Watts, e minha primeira reação foi "o que raios eu estou lendo?". Como um todo a obra de Watts prova o dilema clássico da Ficção Científica: "soft" demais e você afasta os leitores por ser muito "viajão". "Hard" demais, e o problema é que ninguém vai entender direito, e Blindsight leva esse lado ao extremo - e com uma elevada dose de cinismo para tornar a leitura ainda mais "pesada".

"Como você diz que vem em paz, quando meras palavras são um ato de guerra?". A pergunta, aparentemente tola, é a maneira mais sucinta de definir o horror existencial envolvido em Blindsight. Essa é uma história de "contato", mas sob uma perspectiva muito mais assustadora do que a de um embate com uma civilização hostil: Rorschach, a embarcação (ou organismo) alienígena que é o centro do livro não é maligno, belicoso, ou qualquer outra coisa do gênero. Também não é uma entidade amistosa, é simplesmente algo com o qual é completamente impossível de se comunicar.

Isso porque Rorschach e seus tripulantes/anticorpos/componentes (não é claro) são totalmente desprovidos do que nós conhecemos por consciência - não no sentido moral, mas de personalidade, anseios, criatividade. Identidade. Mas ao mesmo tempo, é dotada de uma inteligência muito superior a humana. Consciência não é um componente da inteligência, é um erro de programação, uma deficiência - este é o horror por traz de Blindsight, um horror que é muito bem pautado na neurologia.

Ao mesmo tempo, Rorschach - reagindo violentamente ao "virus memetico" que é a humanidade, com suas transmissões de "futilidades" como linguagem, música, poesia, e conversas banais consumindo valioso tempo de processamento do alienígena - ainda não é tão perturbador quanto os tripulantes da Theseus, a nave enviada para investigar o organismo. Ou a atrocidade envolvida na expedição em si.

Boa sorte tentando manter paralelos com algo "atual" quando se envolve pessoas como uma linguista que voluntariamente dividiu sua mente em várias personalidades (procedimento ao que tudo indica normal no futuro horrendo de Blindsight), um biólogo tão entupido de implantes cibernéticos que ele é literalmente desprovido de tato, um vampiro "real" (dotado de capacidades mentais sobre humanas, e nenhuma compaixão ou empatia), e o nosso "protagonista", o homem sem consciência.

Essa talvez seja a melhor maneira de definir Siri Keeton. Desprovido de metade do cérebro, após um procedimento experimental na infância, Keeton é incapaz de ter emoções próprias, mas é perfeitamente capaz de replicar as emoções dos outros. O empata absoluto, ou um completo sociopata, possivelmente as duas coisas. Keeton levanta a segunda parte da premissa de Watts: não apenas a consciência não é obrigatoriamente parte da inteligência, sequer ela é parte da inteligência humana, e a sociedade moderna beneficia esses "simulacros" de consciência, a ponto de ser impossível distinguir se o que está na sua frente é uma "mente humana", ou um intelecto "puro" fingindo ser humano - um sociopata completo, assim por dizer.

A formação científica de Watts é muito bem aproveitada em todo o livro, mas especialmente ao imaginar o interior ambiguamente "vivo" de Rorschach, e os "organismos" que nele habitam - claramente inspirados em estrelas do mar - Watts é biólogo marinho, fator que transparece em todos os seus livros. Eles, ou Rorschach, por se "comunicarem" magneticamente podem influenciar e ler as correntes elétricas do cérebro, desligando sentidos, se movendo "entre os quadros" da visão (e ficando invisíveis), provocando alucinações e outras coisinhas do gênero. Tudo sem que eles sejam minimamente compreensíveis. O título em si vem desses "cortes" de sentido - Blindsight se refere a capacidade de uma pessoa cega de ainda reagir a certos estímulos visuais, sem que a visão esteja funcionando.

Como uma obra de licença Creative Commons, Blindsight pode ser obtido gratuitamente em epub - eu consegui o meu via Feedbooks. Recomendado... e provavelmente o texto está tão confuso quanto o livro em si.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Conan O'Brien e os vingadores rejeitados.

Bem, é hoje a estréia oficial de Os Vingadores no Brasil, e deve ser hoje ou amanhã que eu vou ver o filme. até lá, não posso realmente opinar sobre o filme, mas achei muito boa (como quase sempre) a zoação do Conan O'Brien e o esquete bizarro sobre os "vingadores rejeitados". Claro, nem todos foram engraçados, mas eu me matei de rir com "Ciclista Fantasma das Antigas" e o Flash Gordon... Ramsey (de Hell's Kitchen).


quinta-feira, 26 de abril de 2012

Como não fazer um filme, com Tommy Wiseau


Infame pelos incidentes envolvendo o site That Guy With The Glasses, The Room, do diretor de Origem desconhecida Tommy Wiseau é um caso... delicado. De certa forma, é uma verdadeira obra de arte, em toda a sua espetacular initelegibilidade. Mas é melhor definido como o "Manos : As mãos do destino" do século XXI, ou talvez até como o "The Beast of Yucca Flats" dessa geração. Ou como o "anti Cidadão Kane".



Com um orçamento incompreensível de 6 milhões de dólares, gastos em não se vê o que, The Room conta a hitória de Johnny (Wiseau), um homem que está sendo "FEITO EM PEDAÇOS" pela traição de sua noiva com seu melhor amigo. Poderia ser uma trama interessante, não fossem todas as subtramas largadas, os diálogos imcompreensíveis, e as atuações horríveis, especialmente a de Wiseau.

Aos problemas, um por um : Johnny é infalivel, perfeito, rico, carinhoso, inteligente, só não é promovido por políticagem do ambiente de trabalho. Um perfeito "Marty Stu". Lisa, sua noiva, o traí... por que ele não é promovido? É isso? O filme nunca dá motivação alguma para Lisa, que "deixa de amar" Johnny de um dia pro outro, sem explicação. O "protegido" de Johnny, Denny, em uma cena é ameaçado por um traficante, e é revelado que ele está viciado em drogas. O assunto nunca mais é mencionado. A mãe de Lisa está com cancer, mencionado uma vez, e nunca mais. Os diálogos são sofríveis, repetitivos, e mecânicos. As duas coisas mais repetidas no filme são "Oh, Hi *insira nome aqui*" e "Lisa é minha futura esposa/Você é minha futura esposa, Lisa".

Em um certo ponto, temos algo que pode ser a pior fala da história do cinema :
Johnny, após discutir com a mãe de Lisa, a respeito de ter batido na noiva : "Eu não bati nela, eu não fiz isso, eu não bati nela, eu não bati, isso é besteira, eu não bati... Oh, oi Mark!"
Isso tudo com uma mudança súbita de ânimo, ao Johnny ver Mark, de "irritado" para "feliz", de um segundo para o outro. A pessoa com quem Lisa o esta traindo! Para bagunçar mais as coisas, Mark tenta repetidas vezes contar para Johnny sobre o caso (porque? Não se explica), ou ao menos que Lisa lhe está chifrando, mas ele sempre o ignora.

ESTOU ATUANDO!!!!
Nenhuma das cenas parece ter importância para o desenvolvimento das outras. Mark, Denny, Johnny e um cara que nunca aparaceu antes vão jogar "catch" num beco, usando smokings. Nunca é explicado. Um casal entra no apartamento, come chocolate, dá uns amassos, e... some do filme. A cena com o traficante, é completamente esquecida. The Room parece ser um anti-filme, de tão mal construido que é o andamento do roteiro.

E, por ultimo, das coisas horríveis nesse filme : Tommy Wiseau é um homem muito, muito feio, e o filme nos força a vê-lo pelado umas 3 vezes. Sinceramente, ele parece um homem das cavernas depilado, ou como o Nostalgia Critic definiu : O "FABIO BIZARRO". Ambos são de origem desconhecida, tem um sotaque incompreensível, mas onde Fabio é, de acordo com editoras de romances baratos, "o homem mais bonito do mundo", Wiseau... faz Ron Pearlman parecer belo.

A essa altura, vocês devem estar achando que The Room é um filme horrível, e que deve ser evitado a qualquer custo. Mas a verdade, é que eu até gostei do filme. É uma obra tão mal feita, mal atuada, e sem sentido, que juntando com o sotaque misterioso de Wiseau, é simplesmente hilária. Wiseau mutila falas que ele mesmo escreveu, nada parece fazer sentido, e as expressões são um caso à parte. O filme é tão incrivelmente RUIM que ele transcende todas as fronteiras lógicas, e cai devolta em "bom", por algum processo incompreensível. Não é pra todo mundo, e as vezes parece que foi mal feito de propósito, tanto que os Trailers posteriores o vendem como uma "comédia de humor negro", belo saving throw aí Wiseau.

Aguardo anciosamente pela próxima "obra prima" de Wiseau, não são muitos os diretores tão "talentosamente ruins", os poucos que chegam perto do grau de "incompetência" de Wiseau são Uwe Boll e a dupla Freitzer e Seltzberg, mas estes são simplesmente ruins, não conseguem quebrar o medidor de ruindade a ponto de fazer o ruim ser bom, sendo ruim. Wiseau é o novo Ed Wood, ou assim espero.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Espuma de barbear de Eva, torradeiras do Homem-Aranha... Onde vamos parar?

Bem, como todo mundo deve saber, o mundo das mercadorias associadas é um lugar estranho. Mas essas duas que eu achei online hoje ganham o prêmio: primeiro temos a torradeira do homem-aranha. Que faz torradas com o símbolo do herói, e que me parece a coisa menos confiável do mundo. Se bem que o que se recusa a calar é "o que raios torradas tem a ver com o Homem-Aranha?". O que vale lembrar é que vender comida associada a filmes sempre leva a situações... inusitadas, como o cereal do Batman.


Mas o segundo item é o que realmente adentra nos reinos da insanidade: Creme de barbear e barbeadores de Neon Genesis Evangelion. EVA já é notório por mercadorias nonsense e pela incongruência de uma série brutal e altamente psicológica ter uma linha de produtos marcada primariamente por... estatuetas eróticas. Mas creme de barbear? Schick e Gainax, o que raio se passou pela cabeça de vocês, e porque raios destruíram uma das mais icônicas neckbeards da animação japonesa para isso? E me perturba ver a expressão de... deleite da Rei, da Asuka e da Mari com o Kaji e o Gendo sem barba... Aparentemente, meninas de 14 anos sexualmente excitadas são fair game no Japão (o que deve ser óbvio pelo número de figuras quase pornográficas das três...)


quarta-feira, 11 de abril de 2012

EA: pior empresa de 2012. Sério?!

Ao que parece, a Electronic Arts é a pior empresa do Mundo - ou ao menos esse foi o resultado de uma pesquisa do site Consumerist, cujo resultado foi publicado na semana passada, o que me deixou um tanto... estarrecido. Certo que várias políticas empresariais da EA são de fato execráveis - DLC no primeiro dia me vem em mente de imediato - mas fazer dela o "grande satã" do meio empresarial quando temos verdadeiras abominações como a Fox News - que se a justiça americana tivesse colhões, teria que trocar de nome; O sistema bancário como um todo, responsável direto pela série de crises mundiais que estão deixando gente sem empregos, seguradoras e planos de saúde que negaram tratamento n vezes, ou o complexo militar industrial, lucrando cacetilhões com conflitos armados em que financiam ambos os lados.

Mas é claro, isso não diz respeito ao consumidor, não é? Sinceramente, é um dia muito triste quando as pessoas acham que a prática escrota de cobrar extras por partes dos jogos (sim, é escrota pra cacete) é a pior coisa que companhias tem feito. Mas não é só nesse aspecto que as pessoas tem reclamado da EA não: também envolve razões "profundas" como o final ruim do Mass Effect 3, o Single Player meia boca do Battlefield 3, o patch mal visto do mesmo jogo - que resultou em algumas pessoas ao menos aqui em Joinville querendo entrar com uma ação conjunta no Procon. Porque nerfaram os tanques. E por isso eles queriam o dinheiro de volta e indenização por danos morais. Ao que parece, a EA também é a única culpada pelos passes online de jogos - aquela coisa introduzida pela THQ, e que foi aderida primeiro pela Activision - e pela falta de "grandes jogos independentes". SÉRIO? Não brinca que é responsabilidade do conglomerado de games lançar jogos INDIE.

Mas o que me mais me deixa confuso é o seguinte: Se a EA é tão "monstruosa", horrível, danosa, perversa, maligna, e insira mais adjetivos aqui, a ponto de merecer o troféu de pior empresa de 2012... Porque vocês ainda dão dinheiro para ela? É isso que me surpreende em Nerds em geral: as pessoas reclamam da EA, reclamam de Hollywood, reclamam das editoras de quadrinhos -e continuam comprando, achando que fazer reviews negativas online vai afetar elas em alguma coisa. E sinceramente? Acho que se a pesquisa tivesse sido feita por um instituto de pesquisas, e não via votação online no Consumerist, nunca que a EA estaria no primeiro lugar - até porque a votação final se resumia a EA e o Bank of America, este sim um horror cósmico de proporções lovecraftianas. Ela pode ser ruim, mas não causou a morte de ninguém - se alguém morreu por causa de DLC, por causa do sistema online da EA (de fato, horrível), ou por causa de jogos "apressados", é sinal de que a espécie não está mais apta a sobreviver.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Literamente, "Iron man"

Tá aí: o mais criativo cosplay de "Homem de Ferro" que eu já vi... essa imagem já tem rondado a Web a um tempinho, e eu achei ela isolada no site ComicsAlliance... Sério, essa é uma das coisas mais engraçadas que eu já vi, um ótimo trocadilho com "Iron Man". Único Cosplay que eu vi melhor que esse foi o Cosplay de QWOP na Comic Con do ano passado. Criatividade e nonsense sempre são bem vindos.

Nota: Acabo de ser informado que a pessoa por traz dessa imagem bizarra é uma mulher. Não sei se a intenção dela foi o trocadilho, ou se foi uma crítica ao machismo abundante entre Nerds, mas tá aí.

terça-feira, 6 de março de 2012

Eis o novo Capitão Marvel... ou melhor, Shazam!

Bem, depois de mudar o nome do herói de Capitão Marvel para Shazam, a DC Comics decidiu mudar radicalmente o visual do queixudo para sua aparição no Novo 52: ontem, o jornal New York Post divulgou a primeira imagem do herói pós reboot.

"Shazam" (eu não vou chamar ele assim NUNCA, DC!) fará sua estréia este mês, em Justice League #7, com roteiro de Geoff Johns e traço de Gary Frank. E eu temo pelo que está por vir...


Por um lado... ao menos não deram uma armadura pra ele, como ocorreu com o Superman. Mas ainda assim... pelo pouco que se vê da nova roupa, não me agradou. A primeira imagem também não ajuda, com o capuz cobrindo quase todo o rosto - contorcido em uma expressão de ira que não condiz com o personagem (mas vai saber, quem sabe agora ele não sorria mais...) - enquanto os relâmpagos e as sombras obscurecem quase todos os detalhes... A minha esperança é que o capuz não seja algo constante, mas pela primeira imagem, parece ser um caso de "deixar ele fodão", como se o Capitão Marvel precisasse disso.

E o editor do título, Brian Cunnigham tentou explicar a queda de uma das mais clássicas roupas dos quadrinhos ao blog da DC, The Source... E ao meu ver, acabou insultando o design clássico: a explicação dele é que eles "removeram os elementos de 'homem forte do circo' da roupa", trocando a capa tradicional por um manto com capuz para "dar um tom mais místico, de fantasia". E a escolha da imagem para divulgar essa nova roupa diz muito: sombrio, furioso, imerso na escuridão, nada nela grita "Capitão Marvel" - então talvez seja bom que tenham trocado o nome, já que parece ter sobrado muito pouco do original. E para completar meu temor: Geoff Johns quer focar no "Shazam" não como um super-herói, mas como um "herói místico",e em Billy Batson como um "adolescente perturbado". Sinto cheiro de quadrinho ao estilo dos anos 90...

quinta-feira, 1 de março de 2012

Mercadorias insanas: esmalte de unha do Homem-Aranha

 Bem, eu já vi muita mercadoria Tie-In estranha na minha vida (Cereal do Batman, por exemplo), mas a última coisa anunciada ligada a Amazing Spider-Man definitivamente ganha o troféu: esmalte de unha "temático" do filme. Com cores como verde "Lagarto" e branco "teia"...

Nota: não é o único filme a ganhar uma linha de esmalte, não... Hunger Games também terá sua própria linha, então acho que cosméticos de filme são uma coisa agora - faça sentido ou não...

Obviamente, é aquela velha coisa: queremos o público feminino, mas temos uma visão caricata do mesmo público - então o que vamos fazer para elas? "ahm... mulheres gostam de cosméticos", diz o gerente de Marketing, e lá saí mais uma bomba dessas. Não são poucos os produtos assim, "largados" ao púbico feminino, e que vão desde cosméticos mal relacionados com a franquia, até armas e coletes a prova de balas cor-de-rosa e barbies do Spock e do Capitão Kirk. Acreditem, essas coisas são produtos de verdade! É parecido com o raciocínio ignóbil que leva todo filme de ação hoje em dia a ter um jogo de videogame muito meia boca: "Queremos aumentar o lucro, façam um jogo!" - e nada de pensar direito no jogo, simplesmente se faz um rehash ruim de algo que já existe, um roteiro meia boca, e no fim das contas, temos um Iron-Man 2 ou um Green Lantern: curtos, mal feitos e quase injogáveis. Ao menos com cosméticos não dá para falhar tanto, certo? Certo?! (Tenho certeza de que de alguma maneira vão deixar isso pior, sei lá, vai que é tóxico...)


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

WTF DC: Voltamos para os tempos pré-Crise das Infintas Terras?

Ok, alguém pode me explicar o que anda rolando com a DC? A ideia por traz do "Novo 52" era relançar e reinventar os velhos heróis, simplificando e podando o passado deles para que ficasse mais fácil de atrair novos leitores, certo? Então porque levaram apenas QUATRO MESES para que retomassem a continuidade de antes da Crise Final, Crise Infinita, e até de antes da Crise das Infintas Terras?

O causo: "Earth's Finest", parte da "nova leva" do Novo 52 (ou seria parte do Novo Novo 52?, e com mais uma leva, o Novo Novo Novo 52 a caminho?) se passa na Terra 2 e protagoniza a velha velha Caçadora - Helena Wayne, a filha do Batman e da Mulher Gato. Sabe, a Caçadora pré crise das infinitas terras?! (Ah, e se importa: a Terra 2 não tinha sido apagada de existência tipo, três vezes já?)


Só para resumir um pouco:  A Caçadora em publicação desde 1987 era Helena Bertenelli - a filha de um mafioso que por n motivos se tornou uma vigilante, e posteriormente membro das Aves de Rapina e da Liga da Justiça. Porém a Caçadora "original", pré-crise, era uma reciclagem de uma heroína da Era de Ouro dos quadrinhos, recriada como a filha do Batman e da Mulher Gato da Terra 2 - onde a linha do tempo da DC começou na Era de Ouro, ao contrário da Terra 1, que partia dos quadrinhos da Era de Prata.
Ok, esse tipo de clima estranho já rolava antes... mas que diabos DC?
Talvez por isso a Caçadora original fosse o caso mais extremo da "Bat-Família": Não era apenas uma personagem profundamente associada ao morcegão, mas era de fato "Família" (o que resultou em algumas cenas... estranhas em Justice Society of America - depois do 52 -  em que parece rolar um clima entre ela e o Robin - o irmão adotivo dela). Aí decidiram manter ela pós Crise das Infinitas Terras, mas sem Terra 2, tinha que reescrever tudo - e agora decidiram ligar o "foda-se" e trazer de volta a bagunça toda. Com a palavra, o autor, Paul Levitz:
We will ultimately know that she's Helena Wayne of Earth 2, but whether Bruce will know that she's Helena Wayne, or how Bruce or Selina Kyle will come to know that and react to that, we'll see. I"m still working out all the dramatic potential in it. Obviously, there's enormous pent up possibility in those moments, and you want to make all that drama work. And you don't want to do all that in issue #1, panel #1.
E para que vocês possam ter certeza de que eu não estou delirando, tá aí a explicação do roteirista - e criador da personagem - que antes dava a entender que Earth's Finest seria com a Helena Bertenelli. Sabe, eu pensei que o Novo 52 fosse para por ordem na DC, não para bagunçar tudo ainda mais... ao invés disso, voltamos a bagunça pré-crise? Ah, e a Poderosa ainda é prima do Superman, de outra realidade - problema é que toda a caracterização dela pré-reboot se baseava no fato da Terra de onde ela veio não existir mais. 
Com informações do site Comics Alliance. E frustração minha. 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Rob Liefeld: mais três títulos - COMO ISSO DC?!

E a DC acaba de fazer a pior coisa possível: a partir de maio, o desenhista mais odiado da indústria de quadrinhos, o lendário e infame Rob Liefeld passa a assumir TRÊS títulos do novo 52. Enquanto o merecidamente mau recebido Hawk&Dove vai pro saco (embora não fosse, como alguns comentaram, sequer perto de "a pior HQ EVER"), Liefeld passa a trabalhar em Deathstroke, com a arte E o roteiro (tomando o lugar de Joe Bennet e Kyle Higgins); Savage Hawkman, com o roteiro (antes de Tony Daniel); e The Grifter, com desenho e roteiro.

Ao contrário de muitos, eu não tenho aquele ódio visceral pelo trabalho de Liefeld - é ruim, muito ruim, mas tem muito desenhista pior por aí, alguns dos quais copiaram Rob, e outros ruins por conta própria. Gente como Frank Milkovich e o "superstar" Pat Lee, que além de ruins, conseguem ser babacas muito maiores do que o Liefeld (e que no caso do Pat Lee, ainda ferraram cavalarmente outros artistas). Ao menos Liefeld teve a decência de admitir que faz muita merda, e sejamos francos: embora ainda seja RUIM, ele tem melhorado - não o bastante, mas dá pra ver que ele tenta. Raios, os personagens dele até começaram a ter OLHOS e pés que não são diamantes!



Ainda parece um babaca, no entanto...
E como feito pelo site Comics Alliance, faço questão de publicar o release de imprensa da DC por completo, com as anotações em negrito feitas pelo colunista Andy Khouri - e se preparem, porque é de ficar estarrecido...




This May, writer/artist Rob Liefeld will take on an expanded role in DC COMICS-THE NEW 52. He will be joining three titles – DEATHSTROKE, GRIFTER and THE SAVAGE HAWKMAN – beginning with their ninth issues.
One of the key artists who helped to the define a generation of comic books, Liefeld is perhaps best known for helping to found Image Comics – along with Jim Lee, Todd McFarlane, Erik Larsen, Whilce Portacio, Jim Valentino and Marc Silvestri. Most recently, he was the writer and artist for HAWK AND DOVE in DC COMICS-THE NEW 52.
"It's great to have Rob contributing to DC COMICS-THE NEW 52 in such a major way," said Eddie Berganza, DC Entertainment Executive Editor. "Rob's always been seen as edgy, both within the comic book industry and by his fans. That's a great vibe to bring to these particular books. We really want to push boundaries, and Rob's the guy to do it."
Liefeld will be writing and illustrating DEATHSTROKE, a perfect pairing of the edgy industry bad boy and the baddest bounty hunter on Earth. Raising the ante on the action for Slade Wilson, Liefeld kicks off his run in issue 9 by pitting Wilson against fan-favorite mercenary Lobo – who will be making his first appearance in DC COMICS-THE NEW 52. But Lobo is just the beginning, and Liefeld shared some of his plans for the series.
"Deathstroke is tasked with the greatest challenge of his life, taking on the most dangerous prey in the galaxy...LOBO!" said Liefeld. "The galactic criminal has escaped from his terrestrial prison where he has been housed for years. He is free and ready to settle the score! And what is the secret of the OMEGAs and what role will they play in the deadly showdown?"
Liefeld will be plotting THE SAVAGE HAWKMAN, catapulting the story into the intergalactic arena and pitting the Thanagarian warrior against alien foes in extreme gladiatorial combat. HAWKMAN fans can look forward to a cosmic mystery with plenty of action. Liefeld shared a hint of what's to come.
"He wields the powerful Nth metal and, as Carter Hall is about to find out, it is a weapon coveted by the deadliest players in a game that plays across the ages," said Liefeld. "New enemies and allies emerge as Carter Hall travels across the globe in pursuit of the answers to his heritage and the Thanagarian connection."
Liefeld will also be plotting GRIFTER. He shared his plans to tighten the screws on Cole Cash, expanding on the cosmic consequences of his battle against the Daemonites. Liefeld even hinted at the possible inclusion of a fan-favorite WildStorm character, newly re-imagined and re-introduced as part of DC COMICS-THE NEW 52.
"Grifter has been targeted for extermination! The time is now for Grifter to embrace his destiny and lead the insurgence against the impending Daemonite threat," said Liefeld. "He has spent his life running from his true destiny, but he must embrace his role in the coming conflict or worlds will fall. Familiar faces emerge warning Grifter that nothing can prepare him for what is coming. His true destiny is revealed and a reluctant hero emerges to lead a strike force of human allies that will deliver the ultimate DEATHBLOW to the impending invasion."
Liefeld will be joining DEATHSTROKE, GRIFTER and THE SAVAGE HAWKMAN with their ninth issues is May, but we've got a first look at the cover to DEATHSTROKE #9 right here on THE SOURCE.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

AXE planeja HQ - e parece horrível

Pois então: todo mundo conhece a estratégia por traz dos comerciais do desodorante AXE, certo? Sempre passando a ideia de que qualquer mané, usando AXE, vai instantaneamente virar um imã de mulheres - nada melhor exemplificado do que pelo bizarro e mal aproveitado desenho "Citiy Hunters".

Bem, conforme estarreceu Chris Sims, do Site Comics Alliance, parece que agora eles voltaram os olhos para o público nerd, com a mais nova campanha definitivamente insana - AXE Anarchy, uma Graphic Novel escrita com base em sugestões dos consumidores, e a ambiciosa ideia de ser a primeira HQ escrita em "tempo real" (seja lá o que isso significa em termos de quadrinhos).

Sério, o que raios é um quadrinho em tempo real? É algo que vai sendo desenhado na sua frente conforme você lê? Algo que vai sendo atualizado aos poucos? Por que sério, todo quadrinho, por ser uma mídia que depende de ilustração, texto, e a combinação dos dois, depende automaticamente de edição. Tenho certeza de que em algum lugar alguém fez uma HQ fora do tempo, que chegava "em andamento" ao leitor, mas isso já é loucura... (nota: isso pode ter sido um sonho).


E como não poderia deixar de ser em qualquer coisa da publicidade do AXE, temos uma "boa" dose de sexismo partindo já da proposta: a "trama" trata de um trio de policiais gostosonas que "não seguem as regras" - e em tramas inspiradas pelos leitores! Eu já posso ver onde isso vai parar... Ah, e visualmente: LENS FLARE, LENS FLARE PARA TODOS OS LADOS, junto com todos os filtros que uma fonte do Blambot pode usar! Ah, e é claro: PEITOS.


Ou já começou a parar, a julgar pelas sugestões dadas no preview da ideia de jerico... Mas bem, se você achou que isso tudo parece uma boa ideia, melhor ficar de olho no canal do Youtube do AXE (Pois aparentemente, por quadrinho, eles querem dizer 'vídeo') e esperar pra ver no que dá.

Lembrando que a mesma propaganda gerou ISSO.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A Bee in the City

Não sei o que postar hoje, então aí vai uma série de vídeos da Botcon de 2008 - a leitura do script "A Bee in The City", mais um dos roteiros hilários que são feitos para convenções, e com o memorável vlogger Chris "Vangelus" Ho como o "moralmente ambiguo" Shockwave. Divirtam-se enquanto eu penso em outra coisa para postar. 

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Coisas que só a DC conseguiu passar...

Todas essas são velhas, mas boas: só para apontar uma coisinha - Como é que os desenhos da DC (e especialmente os do Batman) conseguiram passar tanta coisa pela censura? Raios, a musiquinha das aves de rapina é descaradamente sobre a performance sexual (e o pênis) de vários heróis... e passou no CARTOON NETWORK. Warner Animation, vocês são gênios... E só dos meus exemplos, temos a dança sensual coberta em torta da Harley, a Harley como um todo, e bem, vejam vocês mesmos alguns dos momentos "não acredito que passaram isso" do desenho da Liga da Justiça.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Marvel Heroes: sem criação de personagem?

Bem, o projeto de MMO da Marvel tem um novo nome, e uma proposta bem diferente da do concorrente: Antes chamado Marvel Universe Online (em contraparte de DC Universe Online), o jogo agora vai se chamar Marvel Heroes - mas isso não é o que importa.

O que importa é que na contramão de todo jogo online baseado em alguma franquia, os personagens jogadores de Marvel Heroes são os heróis icônicos da editora - sou só eu que acho isso uma péssima ideia? Parte da diversão de um MMO é criar o seu personagem (ou ter a ilusão de que está fazendo isso), e outra parte é, no caso de jogos franquiados, ter uma (muito limitada) interação com os personagens daquele cenário - o que não acontece quando se tem um monte de homens-aranha e wolverines correndo por aí. Talvez os icônicos sejam uma opção, não sei - nada foi esclarecido a respeito - mas ainda acho que os personagens pré existentes deveriam ser NPCs, não personagens jogadores... Mesmo com a criação de personagem resultando em um sem número de clones, fruto de pessoas sem muita criatividade, é melhor do que ter 20 Thors ao mesmo tempo.

Com informações do site Comics Alliance

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

As não aventuras de Wonderella

As Não Aventuras de Wonderella são... estranhas. Um dos melhores e mais dementes quadrinhos de super-heróis disponíveis na web, Non-Adventures trata da "super heroína" Wonderella - ou Dana Price (qualquer similaridade com Diana Prince, a Mulher Maravilha, NÃO é mera coincidência), criada pela cabeça divina para combater o mal - e com mais poderes do que o Superman da Era de Prata. Até aqui, parece uma Super Heroína qualquer, certo?

Bem, não é bem esse o caso: Wonderella é uma das mais irresponsáveis, inconsequentes e imorais "heroínas" que já existiu. Entre outras ações imensamente estúpidas, deixou vilões cometerem crimes ilesos, a sua companheira morrer várias vezes, escravizou até a extinção um grupo de fadas, ligou para Bruce Wayne na noite de natal fingindo ser os pais dele, deixou a cidade ser destruída por um monstro gigante para "dar trabalho ao Aquaman"... e é simplesmente excelente para quem acha que a Mulher Maravilha seria muito melhor se ela fosse completamente irresponsável.

Ou seja, Wonderella é um quadrinho sobre a super-heroína menos digna do título em toda a história - e é aí que está o humor. Quer dizer, aí, e na imensa estupidez de alguém que consegue PINTAR CHAMAS NO SEU ZEPELLIN INVISÍVEL. Recomendo ao menos uma breve visita e uma lida desde o começo - e uma tentativa de ver quantas (poucas) vezes ela realmente é útil.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Críticos de cinema vivem sob pedras por acaso?

Algumas vezes eu questiono se certos críticos de cinema e certos "comentaristas da cultura pop" tem alguma ideia do que estão falando... digo isso por certas coisas que eu li a respeito de alguns filmes baseados em certas franquias e títulos de quadrinhos ou obras literárias, assim como certos remakes, demonstrando total falta de conhecimento sobre o material de origem - que raramente é obscuro. Todas estas pérolas foram escritas por críticos de cinema profissionais - e muitas apareceram em textos de mais de um crítico, só fraseado de maneira diferente. Só não dou o texto da fonte por não querer dar mais Ibope, mas vocês podem procurar as bombas no Rotten Tomatoes ou os fragmentos mais graves no TVTropes. Isso são só algumas situações muito, mas muito irritantes: tem piores. 

"G.I Joe não é mais um herói americano, e sim uma equipe global de especialistas"
Essa pérola foi proferida a respeito do filme (não o que está no vídeo, mas o Rise of Cobra) dos G.I. Joes - ou Comandos em Ação. Certo que o nome da linha de brinquedos era G.I. Joe - A REAL American Hero - mas nunca houve um boneco que se chamasse G.I. Joe, tirando os velhos bonecos de 12 polegadas (aqui conhecidos como Comandos em Ação Falcon) antes da Hasbro inventar personagens mirabolantes. Mesmo com a linha de brinquedos e o desenho se chamando "A REAL American Hero", muitos dos Joes clássicos já eram de fora dos EUA - o filme só aumentou a proporção. Fracasso duplo.


"Bay reinventa os Transformers como duas raças de robôs em guerra"
Já essa bomba é óbvia a respeito do que ela é... Essa eu realmente tenho que perguntar: que Transformers o autor dessa "genialidade" conhece? Desde o primeiro dia da franquia, sempre foi sobre Autobots e Decepticons (ou Maximals e Predacons, ou Cybertrons e Destrons) levando a guerra deles para a Terra - sempre foi assim, essa guerra não é novidade dos filmes. E não dá nem para dizer que o "gênio" confundiu com os Go-Bots, por que estes também eram duas raças de ciborgues em guerra (os Guardiões e os Renegados). Outra crítica irritantemente comum é que não dá para diferenciar ninguém no filme - tudo bem que no meio da ação é realmente complicado diferenciar, mas se alguém me disser que isso:


é igual a isso:
e isso:

Eu digo que essa pessoa precisa de óculos, urgentemente. Também tem a galera que reclamou da falta de profundidade dos filmes... Tá, o Revenge of The Fallen é um lixo, mas se você espera um filme cabeça de Transformers você tem problemas, sério. Sou um baita fanboy da série, e fui sabendo que os filmes seriam estúpidos. E fizeram o que prometiam (só podiam ter menos foco no Sam).

Acima: um brucutu ignorante?

"O velho brucutu Capitão América é reinventado como um líder carismático e proativo, reflexo do discurso do governo Obama"
Essa eu tenho que dar a fonte: a revista Veja. E novamente eu pergunto: o que vocês andaram lendo? Capitão América, brucutu? Como de praxe em textos sobre o Cap, vêem aquela velha ladainha de "imperialista, ufanista, nacionalista", e blá blá blá que mostram que o autor da pérola nunca leu uma revistinha do Capitão sequer. O Capitão América não é o cara que fica "mimimi, meu país tá certo mesmo quando está errado", ele é o cara que diz que o primeiro (em geral, o Agente Americano) está errado, e por que ele está errado (e eu tenho alguma posição para dizer isso, pois minha monografia é sobre o Capitão).
"Desde quando super-heróis tem histórias de origem tão traumáticas?"
A pergunta foi sobre os filmes dos X-Men  e a discriminação contra os mutantes. Para responder a pergunta idiota, desde 1938 com o Batman - um dos heróis mais populares do mundo. A mesma perguntinha mal informada deu as caras na época do primeiro Homem-Aranha. A esta altura, se tratando destes dois, eu presumiria que TODO MUNDO já soubesse da origem deles. E por isso eu me pergunto se críticos de cinema vivem embaixo de pedras.
"Frodo e seus amigos partem em busca do anel mágico"
Preciso explicar o tem de errado? Isso foi um dos comentários feitos a respeito do primeiro dos filmes do Senhor dos Anéis - o mesmo texto tinha outras pérolas, incluindo confundir o Aragorn com o Boromir. Eu nem vou entrar em detalhes profundos sobre os erros contidos em críticas de SdA, pois são muitos, e muito horríveis.

"Após a morte de um de seus colegas, o vigilante mascarado Rorschach parte em uma missão para matar todos os Super-Heróis"
Por onde começar com essa... A investigação do Rorschach começa após o assassinato do Comediante - que nunca foi seu "colega", no máximo participação da única reunião dos Crimebusters. Em sua paranóia, Rorschach conclui que haja um complô para matar vigilantes, e começa a investigar o culpado - não o contrário. Para adicionar pontos de WRONG para o texto como um todo... O autor parte dessa colocação como se isso fosse o filme todo, ignorando que A: Rorschach está errado e B: a trama central de Watchmen pouco tem a ver com os delírios do vigilante - sim, é o Rorschach que guia a trama, mas 90% do tempo, ele está completamente errado. O mesmo texto julgava que Rorschach era o único personagem legitimamente heroico do filme além do Comediante - o que diz muito sobre o autor, vendo que são um psicopata e um estuprador.


"Ao contrário do original, o remake de Padilha será marcado pela crítica as grandes corporações e a violência policial"
Ah, esse comentário foi bem comum sobre o remake de... ROBOCOP. Sabe, aquele filme com empresários mega corruptos, uma polícia ultra violenta, e uma sociedade decadente ao extremo. Mas quem sou eu para dizer o óbvio? É extremamente claro que o original não tem crítica alguma, e que a OCP são caras bonzinhos, não é?

 "Doutor Who precisa impedir a maligna Cabeça de Boe de destruir a Terra"
 Tá, essa não é sobre filmes, e não é de uma critica, mas de um resumo para um guia de programação - publicado pela BBC, que produz a série. Para decompor o erro da frase, que resume o episódio "End of The World": O nome do protagonista é só O Doutor, não Doutor Who; A FACE de Boe é um aliado, não um inimigo, e não é maligna; o Doutor leva Rose Tyler para o ano 5 bilhões para assistir a destruição da Terra quando o sol explode, e não para impedir a destruição; O vilão do episódio é Lady Cassandra O'Brien.Δ17, que tenta sabotar o evento. TUDO errado, em um guia publicado pelo mesmo canal que produz a série. Aí complica.

Eu sei que eu cometo erros nos meus comentários e meus textos (entre outras coisas, usei uma imagem do Super Patriota ERRADO no meu texto sobre o Agente Americano, e ainda não corrigi), mas o nível que alguns críticos chegam é o cúmulo. E isso por que eu peguei leve: tinha mais uns cinco casos que eu queria comentar, mas não comentei para não ficar ainda mais imenso. Mais exemplos e comentários são muito bem vindos, assim como discussões a respeito dessas gafes.