sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Coisas que só a DC conseguiu passar...

Todas essas são velhas, mas boas: só para apontar uma coisinha - Como é que os desenhos da DC (e especialmente os do Batman) conseguiram passar tanta coisa pela censura? Raios, a musiquinha das aves de rapina é descaradamente sobre a performance sexual (e o pênis) de vários heróis... e passou no CARTOON NETWORK. Warner Animation, vocês são gênios... E só dos meus exemplos, temos a dança sensual coberta em torta da Harley, a Harley como um todo, e bem, vejam vocês mesmos alguns dos momentos "não acredito que passaram isso" do desenho da Liga da Justiça.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Até as crianças estão fartas de sexismo

Isso é uma das coisas que me deixa esperançoso ao ver: esse vídeo (linkado pelo site Comics Alliance) da pequena Riley, de apenas cinco aninhos, reclamando da maneira como as empresas de brinquedos codificam tudo por gênero, a ponto de que crianças como ela se sentem "forçadas" a gostar dos brinquedos certos, mesmo quando os mais legais para elas são "da cor errada". "Por que toda menina tem que gostar de princesas? Algumas meninas gostam de super heróis!" A indignação dela é compreensível, e um bom sinal de que as coisas devem mudar.

As coisas já foram melhores nesse sentido também. Enquanto este ano a LEGO se envolveu em uma polêmica devido a impossibilidade de se por nomes femininos nos robôs da linha Hero Recon - em especifico, no sistema DesignbyMe, um gimmick do site da linha para se criar personagens - anos atrás, ela fez essa campanha, sem codificação de gênero... e é assim que deveria ser.

Artwork para os 30 anos do He-Man

A Mattel divulgou na semana passada algumas das ilustrações para a coleção de 30 anos do He-Man - sim, ainda existe - mostrando um estilo mais "moderno", mesclando os designs originais, os do revival do herói em 2002 e os da linha Masters of the Universe Classic - produzida pelo grupo Four Horsemen e vendida pelo site MattyCollector.

Para ser franco, eu não dou muita importância, mas o trabalho de Alvin Lee para a linha chama bastante a atenção, com um visual dinâmico e que faz os velhos personagens da Filmation parecerem legitimamente dinâmicos e imponentes - e não acocorados como se tivessem em um vaso sanitário invisível. As imagens devem dar as caras nos produtos do He-Man a partir do ano que vem - e que dificilmente devem aparecer nas lojas brasileiras.

As informações são do site Comics Alliance.







segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Idéias Idiotas que deram certo: Beast Wars


Sim, mais um post sobre Transformers - e sobre o que é provavelmente o ponto mais "polêmico" da franquia - Beast Wars. Dependendo para qual parte da fanbase você perguntar, isso foi ou a salvação de Transformers, ou arruinou Transformers PARA SEMPRE. No meu caso, estou no primeiro grupo, e acho que o segundo são geewunners chatos que ao invés de se darem o trabalho de assistir a porcaria da série, e dar uma olhada nos bonecos, preferiram ficar reclamando de CAMINHÃO, NÃO MACACO, "Vehicles or nothing" e outros mimimis. Também tem o pessoal que é indiferente, mas esse não chama atenção.



Antes de entrar nos detalhes de BW, tenho que fazer uma pequena contextualização de QUANDO surgiu Beast Wars: em 1996, quando os primeiros bonecos de BW chegaram as lojas (e os profiles sugeriam que esses eram os mesmos personagens de geração 1), e o desenho começa a ser transmitido nos EUA, Transformers não ia bem das pernas: Os últimos bonecos de Geração 1 foram lançados apenas na Europa - e com sucesso limitado. Geração 2 foi um grande fracasso, os poucos moldes novos ou dependiam de gimmicks que não deram muito certo, ou eram "muito pouco e muito tarde". o "desenho" se resumia ao clássico (mal) remasterizado, e muitos dos bonecos eram os originais, com mudanças de cor não muito bem vistas. A situação havia chego a tal ponto que a Hasbro passou o selo Transformers para a recém adquirida Kenner, que recebeu a incumbência de salvar a linha de alguma maneira - qualquer maneira.


E a solução veio de maneira acidental pelo designer Chris Goss: em uma reunião criativa, Goss sugeriu mudar do estilo "quadrado" que a linha mantinha (e não se enganem: G2 foi o cumulo do cubismo em TF) para um visual "orgânico" inspirado na série Guyver - o que é perceptível nas "mascaras mutantes" dos primeiros bonecos de Beast Wars. Caiam fora os veículos e as formas bestiais robóticas, entravam animais "reais", robôs menores (em termos de ficção), e linhas arredondadas. E junto com a mudança visual, vieram as mudanças de engenharia: sem superfícies planas, a decoração não poderia mais ser feita com adesivos, e aproveitando o sucesso limitado dos Laser Rods, a maioria das articulações dos bonecos de Beast Wars eram feitas com juntas de bola, com uma posablilidade muito superior ao que se tinha antes - faltava agora vender.





Não vamos nos enganar aqui: por mais bem escrito que fosse, e por mais que inovasse em termos técnicos de animação, Beast Wars, como todo desenho de Transformers (e não venham dizer que G1 não era assim, por que era o mais descarado nisso), foi produzido como um comercial de brinquedos de 21 minutos - e sem muita vergonha, vide a maneira como introduzia novos conceitos e novos personagens "justamente a tempo dos novos brinquedos" - Transmetais e Fuzors, alguém?

E que comercial! Produzido pela Mainframe - a mesma de Reboot, a primeira série de animação completamente em CGI - Beast Wars contava com roteiros bem escritos, ótima animação para a época (e que supera tranquilamente Transformers Energon, de 2004), e um elenco invejável, compondo o que muita gente considera a melhor série de animação de Transformers.

Siiiiiiiimmmmmmmm
Embora o tempo não tenha sido muito gentil com a animação de Beast Wars, a série ainda é bem aproveitável, sem dúvida graças a caracterização: Garry Chalk consegue transmitir bem a "aura de liderança" do Optimus Primal (que não é Optimus Prime), David Kaye está simplesmente ótimo como um dos mais competentes e bem sucedidos Megatrons, e Scott McNeill constantemente rouba a cena, seja como o malandro Rattrap, o impiedoso Dinobot, o cavalheiresco Silverbolt, ou o patético Waspinator (de longe o mais memorável personagem de Beast Wars). Além é claro de Venus Terzo como a "femea fatal" Black Arachnia - a primeira "fembot" a ter um boneco.

O elenco reduzido - não são mais do que 25 personagens ao todo - também ajuda, com mais tempo para cada personagem. E as limitações do CGI evitaram o velho "coloca esses dez caras novos aí, saiu boneco" que marcava G1.


O bate boca entre Rattrap e Dinobot é uma das coisas mais marcantes de Transformers como um todo, e a caracterização do Dinobot, passando de um Predacon desertor - mas que não abandona a velha atitude - até um membro de fato dos Maximals, e posteriormente salvador da humanidade é outra coisa que flui naturalmente, e sua cena de morte é uma das melhores em toda a franquia de Transformers.


Acima: inexperiência.

Porém a maior surpresa de BW é definitivamente Ian James Corlett como o jovem e inexperiente Maximal Cheetor: enquanto toda outra série de Transformers tem um destes, Cheetor se destaca por ter um arco de personagem completo, passando de um jovem impulsivo a um membro competente dos Maximals de maneira natural (ao contrário de seu "Sucessor", Hot Shot, em Armada), até o ponto de assumir a liderança dos Maximals temporariamente em Beast Machines. 

Não achei uma boa imagem do Optimus Prime em BW, então
aceitem o Optimal Optimus - que tem menos que a metade do
tamanho do original. 
E em termos de texto, Beast Wars impressiona pela quantidade de boas referências: Shakespeare na morte do Dinobot, Silêncio dos Inocentes em uma das primeiras cenas do psicótico Rampage, e passagens pseudo bíblicas nos últimos dois episódios da séria. Isso para não mencionar as referências a Geração 1, e o momento épico em que as peças se encaixam, e vemos o quão IMENSOS os Autobots e Decepticons eram em comparação com seus descendentes.

Não que não houvessem alguns probleminhas: a animação é muitas vezes repetitiva, devido a atalhos de produção, o elenco reduzido as vezes cansa, e algumas tramas são dispensáveis. A primeira temporada tem um ritmo vagaroso, enquanto a terceira anda rápido demais. Muitas "piadinhas toscas" estragam algumas cenas, embora a equipe de produção tenha aprendido a maneirar com o tempo, e um dos pontos mais incomodos, a ultima forma do Optimus Primal, Optimal Optimus, é tão ridiculamente poderosa, que precisa ser incapacitada TODO EPISÓDIO.

Beast Wars deixou uma continuação meia boca nos EUA, Beast Machines, e duas "continuações" mediocres no Japão, Beast Wars II e Beast Wars Neo. Enquanto II é na melhor das hipóteses "assistível", com piadas ruins a cada 30 segundos, Neo meio que se salva perto do final, mas até lá, a animação ruim, a falta de ritmo, e o tom "PEGUE TODAS AS CAPSULAS" cansa - sina parecida com a de Transformers Armada, com um final muito bom, mas o resto muito ruim, e que também tinha Unicron como o vilão principal. Já os mangás de BW II e Neo, é melhor nem tocar no assunto.


Tem gente que não gosta de Beast Wars, e algumas vão me xingar por esse artigo... mas vejam por este ponto: gostando ou não, Beast Wars salvou a franquia do completo fracasso. Sem Beast Wars, não teríamos Robots in Disguise, a Trilogia do Unicron, Classics, Animated, Filmes, Prime, ou o que quer que seja: ao contrário, Transformers teria simplesmente acabado no meio da década de 90, deixando um vácuo de NADA, como aconteceu com os Go-bots; quem sabe um revival fracassado na década passada, como ocorreu como o He-man. E para mim, isso é arruinado para sempre. 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Todas as roupas do Batman, uma imagem

O desenhista Benjamin Andrew Moore publicou recentemente esse incrível infográfico com as principais revisões da roupa do Batman ao longo dos anos. Tudo bem, faltaram algumas, como as armaduras atualizadas do Azrael (todas horríveis) e o "Gunbat" Jason Todd - mas as principais, desde a primeira aparição em 1939, até a atual desenhada por Gary Frank em "Batman: Earth One", que deve ser publicada no ano que vem, marcam presença - e com a explicação do ano e mídia em que apareceram!
A versão completa você pode ver abaixo, após o link de leia mais. 

Clique Para Ampliar.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Bane, Batman, e as vozes incompreensíveis...

Como todos já devem saber, saiu o trailer de fato de Dark Knight Rises, mostrando o Bane como o vilão principal do filme - o que me dá esperanças, pois a maioria das vezes que usaram ele, foi como um capanga, coisa que o Bane não é - e uma trama obviamente inspirada em Knightfall. Porém o trailer desagradou em uma coisa bem simples: a voz... bizarra de Tom Hardy como Bane, combinando um sotaque indecifrável com uma modulação de voz abafada, o que junto com a rouquidão exagerada de Bale como o Batman, garante que não vá dar para entender boa parte dos diálogos... como dá para ver nessa paródia simplesmente genial. E que deve ser só a primeira de muitas...


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Marvel Heroes: sem criação de personagem?

Bem, o projeto de MMO da Marvel tem um novo nome, e uma proposta bem diferente da do concorrente: Antes chamado Marvel Universe Online (em contraparte de DC Universe Online), o jogo agora vai se chamar Marvel Heroes - mas isso não é o que importa.

O que importa é que na contramão de todo jogo online baseado em alguma franquia, os personagens jogadores de Marvel Heroes são os heróis icônicos da editora - sou só eu que acho isso uma péssima ideia? Parte da diversão de um MMO é criar o seu personagem (ou ter a ilusão de que está fazendo isso), e outra parte é, no caso de jogos franquiados, ter uma (muito limitada) interação com os personagens daquele cenário - o que não acontece quando se tem um monte de homens-aranha e wolverines correndo por aí. Talvez os icônicos sejam uma opção, não sei - nada foi esclarecido a respeito - mas ainda acho que os personagens pré existentes deveriam ser NPCs, não personagens jogadores... Mesmo com a criação de personagem resultando em um sem número de clones, fruto de pessoas sem muita criatividade, é melhor do que ter 20 Thors ao mesmo tempo.

Com informações do site Comics Alliance

David Fincher e Homem-Aranha: origem na introdução, foco na Gwen Stacy

Cogitado para encabeçar o reboot do cabeça de teia antes do (incrivelmente apropriado) Mark Webb, o diretor David Fincher comentou ao site io9 os seus planos para o Homem-Aranha - entre outros detalhes, contar a origem do herói nos primeiros 10 minutos do filme (YES! Nada de gastar o filme todo com a origem! Alguém bote Fincher para dirigir algum herói, por favor), focar o filme no Duende Verde (de novo?) e em Gwen Stacy (ok, isso é bom) - e matar a Gwen logo no primeiro filme. Não sei se o que Fincher planejava seria bom, mas é obviamente inspirado em uma das melhores histórias do aranha, e dispensa a enrolação das histórias de origem - pena que não vai ser feito assim.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Mais razões para agradecer o cancelamento de "Superman Lives"

Felizmente esquecido, o velho projeto do Tim Burton para o filme "Superman Lives" teve mais algumas peças de arte conceitual "encontradas" na semana passada - Revelando entre outras coisas, um Super-homem de ombreiras e botas até os joelhos, designs pensados para fazer brinquedos, e uma "aura" dos anos 90 que nem o Erradicador conseguiu alcançar.

As imagens foram divulgadas pelo grupo do Facebook "The Superman: Man of Steel", que obteve o material graças aos designers da Hasbro Ben Torres e Brian Eun.

Se Superman Returns foi um filme ruim (e foi), eu não quero saber o que "Lives" seria: além dos designs horríveis, dignos da pior época da Image, o filme também contava com um dos elementos mais odiados de Returns - o filho do Superman - e contaria com Nicolas Cage como o Superman, Chris Rock como Jimmy Olsen, Woody Harrelson como Jor-el, e ouçam essa: TIM ALLEN como Brainiac. Ah, e por motivos desconhecidos, Burton queria por que queria que o Homem de Aço enfrentasse uma aranha gigante. just because.



sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Morre Eduardo Barreto, lendário artista dos Jovens Titãs

E para me entristecer ainda mais... Ontem tivemos mais uma perda entre os artistas de quadrinhos: o desenhista uruguaio Eduardo Barreto - o mais famoso desenhista dos Jovens Titãs. E partiu cedo, aos 57 anos - vítima de meningite - com muita coisa ainda a oferecer: Barreto estava trabalhando em Irredeemable, com o roteirista Mark Waid, ainda não publicado no Brasil. Antes de custar-lhe a vida, a doença já estava prejudicando o seu trabalho, e Barreto estava trabalhando apenas com o projeto de Waid e alguns One shots para a DC - seu ultimo trabalho para a editora foi publicado no começo deste ano, um especial do Superman.




Enquanto Simon fará falta pela memória perdida, a morte de Barreto tem consequências mais diretas - perdemos um artista ainda ativo, de grande talento, e cujo traço marcou toda a memória coletiva a respeito dos Jovens Titãs. Como sempre, fará muita falta.


Além dos Titãs, Barreto trabalhou com vários outros títulos, como a Liga da Justiça, Batman e o Super Homem, além de revistas menos conhecidas como Elvira e The Shadow Strikes. Um dos seus melhores trabalhos fora do gênero fantástico foi Union Station - uma história de crime real passada nos anos 30, e que se emprestou muito bem ao estilo sóbrio e expressivo dele. Barreto deve ser sucedido em Irredeemable pelo seu filho, Diego, que já estava fazendo parte da arte. Vários artistas, fãs e amigos fizeram homenagens ao desenhista no Twitter - você pode ver algumas delas neste link

Com informação do site Comics Alliance







Morre Joe Simon, cocriador do Capitão América

Nesta quarta-feira, perdemos mais um grande - e infelizmente, esquecido - nome dos quadrinhos: o roteirista, desenhista e editor Joe Simon. O cocriador, junto com o lendário Jack Kirby, do Capitão América. Simon faleceu de causas naturais na noite desta quarta-feira, aos 98 anos. Um dos últimos nomes da Era de Ouro dos quadrinhos, deixou na DC, na Timely, na Atlas e na Marvel um legado importante não só no Capitão América, mas também deixou várias obras esquecíveis, como Prez e Brother Power the Geek. Ao mesmo tempo, foi Simon que criou junto com Kirby os quadrinhos de romance - altamente populares nos anos 50 e 60 - e um dos pioneiros nos quadrinhos de horror (gênero infelizmente DESTRUÍDO pela Comics Code Authority).

Embora não tenha produzido nada nos últimos anos em termos de quadrinhos - desde os anos 90, se virou para a pintura, reproduzindo capas da Era de Ouro - Simon vai fazer falta: é mais uma parte da história das HQs que se vai, levando consigo tantos detalhes importantes e muitas vezes despercebidos, como lágrimas na chuva.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Mais de 9000 acessos \o/

Vegeta, o que o scouter diz sobre o número de acessos?


E isso é tudo

Super-heroínas (e Mulher Gato) em campanha contra o câncer

Pois então: as imagens acima são de uma campanha da Associação de Luta Contra o Câncer (ALCC) de Moçambique, retratando algumas "musas" dos quadrinhos fazendo o auto-exame de mama. Mostrando mais uma vez como a mídia de quadrinhos pode ter impacto social de verdade. É uma campanha inteligente, bem bolada, e que tem mostrado difusão nas mídias sociais... Infelizmente, parte dessa difusão tem sido pelo fator "olha, a Mulher Hulk apalpando os seios" - mas bem, um pouco de fanservice bem intencionado é melhor do que a tosqueira de costume.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Relançamentos: Rodimus Prime e Sideswipe

 Para quem gosta de brinquedos vintage, e não releituras dos designs clássicos, uma boa notícia: a Hasbro está relançando dois bonecos de Transformers dos anos 80 - Rodimus Prime e Sideswipe. São os bonecos originais, em toda a sua glória "tijolar". É uma boa notícia para quem busca repor os velhos, ou que gosta do charme retrô dos bonequinhos das antigas - eu pessoalmente prefiro os modernos, com exceção dos Combiners no estilo Scramble City, que não tiveram uma atualização "a altura" (PCC? Maximus? GET OUT OF HERE!). E enquanto a Hasbro e a Takara continuam relançando os bonecos de Geração 1, eu vou ter que pedir: Podemos ter um reissue de Beast Wars, por favor?

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Bayonetta

"muito tempo da produção"
Mais uma resenha de jogo do ano RETRASADO, Bayonetta, da Platinum Studios, é um jogo um tanto "polêmico", pelo fortíssimo subtexto, texto, e sobretexto sexual da sua protagonista. Dotada de pernas longineas, traseiro "que consumiu muito tempo da produção", seios fartos e um rosto que lembra o da comediante Tina Fey, é fácil entender porque algumas pessoas vêem a bruxa caçadora de anjos Bayonetta e seu rebolado como um simples objeto sexual.


Ignorando as implicações do design de personagem (de Mari Shimazaki, uma mulher, se isso faz diferença), Bayonetta é facilmente um dos jogos mais divertidos da atual geração de videogames. Dirigido por Hideki Kamiya, o criador de Devil May Cry, Bayonetta guarda traços de seu "irmão" da Capcom, e os eleva ao infinito.  O jogo é estiloso, "camp", e sabe disso. Bayonetta funciona, porque não se leva a sério. Tudo é tão absurdo, que até as tentativas do jogo de fazer a protagonista parecer sensual se tornam hilárias... Intencionalmente.

Bayonetta pode invocar instrumentos de excução para usar contra os anjos.
A jogabilidade é fluída e tranquila, com uma resposta confíabilíssima dos controles, fases variadas, e um senso de humor surreal que permeia o jogo todo. O sistema de combate é em tese simples, usando em tese apenas 4 botões, sem combinações esdrúxulas, triangulo soca/usa a arma das mãos, bola usa a arma dos pés, R2 esquiva, e quadrado atira com a pistola. Como em Devil May Cry, o segredo de um sistema tão "básico" está no uso do timing dos combos, e Bayonetta adiciona a estranha combinação de armas das mãos e armas dos pés : As armas básicas do jogo são dois pares de pistolas, e conforme o jogo anda, as combinações vão ficando mais estranhas. Katana e escopetas? Escopetas nas mãos e Bazucas nas pernas? Manoplas flamejantes e garras elétricas? Nunchakus com pistolas e patins de gelo? Essas são apenas algumas das combinações do sistema de duas partes de Bayonetta. Aumentando o fator "UAU" dos combates, vários finalizadores de combo envolvem punhos e pés gigantes vindos do nada para golpear os inimigos. E para matar os chefes, nada melhor que invocar um monstro gigantesco. Tanto os membros flutuantes quanto os demônios invocados durante os ataques de Climax são feitos do cabelo da "heroína", que também compõe suas roupas.

E monstros gigantes para matar os Chefes.
Em tempos de jogos com mais história do que gameplay, Bayonetta prefere focar nos personagens, em detrimento de uma narrativa sem sentido. Embora a trama não vá a lugar algum, envolvendo uma pedra que nunca aparece, os personagens e os inimigos são a atração principal. Não bastava o elenco excêntrico, as tiradas impossíveis da protagonista, e a infinidade de momentos absurdos que vão lhe deixar de queixo caído, o número de subchefes e chefes bizarros de Bayonetta não apenas é surpreendente, mas quando se tem certeza de que nada mais pode lhe surpreender, o jogo larga algum inimigo novo e esquisito na sua direção. De cabeças flutuantes a strippers celestiais, passando por dragões, cavaleiros e arraias/gafanhotos/escorpiões angelicais, Bayonetta tem de tudo.


Embora seja um jogo muito bonito, os gráficos de Bayonetta são um tanto... retrógrados. Algo nas animações e nas texturas do jogo deixa claro que a engine não é das mais recentes, e isso fica ainda mais claro na versão "cagada" do PS3, que deixou todas as texturas borradas e escurecidas. Algumas das animações de evento do jogo são feitas com cenas estáticas, como se fossem fotografias. Embora seja um efeito muito interessante, é bem incomodo ver uma cutscene convencional seguida de cenas paradas, com apenas a câmera se movendo.

Onde é que eu já te vi antes? Roupa vermelha, armas enormes, cabelo branco... sei que é de algum lugar...
A trilha sonora é uma obra a parte, com pelo menos 3 versões de "In other words (Fly me to the Moon)", musicas muito divertidas que batem com ação do jogo, e várias músicas de clássicos da Sega. Alias, coisa que não falta são referências a outros jogos. Até o item de dinheiro é uma referência a Sonic, que ganha outra em uma das primeiras cenas da trama, o funeral de um criminoso chamado Eggman. Uma fase inteira baseada em Afterburner,  uma rival com um design "Dante Fêmea", e "Wadja Buyin'?", só para começar.

Fortitudo, o Primeiro chefe de verdade de Bayonetta. Um anjo beem estranho, e é uma das coisas mais normais do jogo - e de acordo com um amigo meu, UM PAVÃO.

A versão do PS3 sofre de dois outros problemas, que não estão presentes no 360 : uma frame rate inconstante, que as vezes atrapalha, e tempos de Load absurdos, que beiram o injogável. Esse último problema é consertável com um Patch. Os outros dois, não.



Nota : 9 para o 360, 7,5 para o Ps3. 8 se estiver disposto a baixar o Patch.

Prós :
-Muito Divertido
-Controles ótimos
-Difícil sem ser mentiroso
-Absurdo, de uma maneira boa
-Rápido

Contras :
-Pode ser dificil se concentrar no jogo com tanta coisa absurda acontecendo
-Bem difícil
-História sem sentido
-A protagonista pode não ser do agrado de muita gente
-Um tanto rídiculo, pra quem não gosta de absurdos

As não aventuras de Wonderella

As Não Aventuras de Wonderella são... estranhas. Um dos melhores e mais dementes quadrinhos de super-heróis disponíveis na web, Non-Adventures trata da "super heroína" Wonderella - ou Dana Price (qualquer similaridade com Diana Prince, a Mulher Maravilha, NÃO é mera coincidência), criada pela cabeça divina para combater o mal - e com mais poderes do que o Superman da Era de Prata. Até aqui, parece uma Super Heroína qualquer, certo?

Bem, não é bem esse o caso: Wonderella é uma das mais irresponsáveis, inconsequentes e imorais "heroínas" que já existiu. Entre outras ações imensamente estúpidas, deixou vilões cometerem crimes ilesos, a sua companheira morrer várias vezes, escravizou até a extinção um grupo de fadas, ligou para Bruce Wayne na noite de natal fingindo ser os pais dele, deixou a cidade ser destruída por um monstro gigante para "dar trabalho ao Aquaman"... e é simplesmente excelente para quem acha que a Mulher Maravilha seria muito melhor se ela fosse completamente irresponsável.

Ou seja, Wonderella é um quadrinho sobre a super-heroína menos digna do título em toda a história - e é aí que está o humor. Quer dizer, aí, e na imensa estupidez de alguém que consegue PINTAR CHAMAS NO SEU ZEPELLIN INVISÍVEL. Recomendo ao menos uma breve visita e uma lida desde o começo - e uma tentativa de ver quantas (poucas) vezes ela realmente é útil.

Trailer: G.I. Joe: Retaliation


Bem, mais um dia e mais um trailer, dessa vez de G.I. Joe: Retaliation, segundo filme adaptando a velha linha de brinquedos da Hasbro (antes conhecida por estas partes como os Comandos em Ação) - e que com sorte deve ser melhor do que o primeiro... que diga-se de passagem, não era exatamente ruim, mas também não era bom.

E uma pequena curiosidade: enquanto na década de 90 (antes de Beast Wars) Transformers era muito mal sustentado em cima das "sobras" dos lucros de G.I. Joe, que na época vendia muitíssimo bem... Hoje, mesmo com o filme, G.I. Joe se reduziu a uma linha para colecionadores, vendida em poucas lojas, e que só existe porque a Hasbro tem dinheiro de sobra de Transformers para manter os Joes. Engraçado como as coisas mudam, não?

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Trailer oficial de Fall of Cybertron


E saiu finalmente um trailer de fato de Fall of Cybertron... Se melhorarem o que já foi feito com o War for Cybertron, teremos finalmente um jogo perfeito de Transfomers - afinal, FoC deve ter aquelas coisinhas legais que WFC não tinha, como Dinobots, Combiners e outras cositas mas. Agora o problema é esperar o lançamento.

Críticos de cinema vivem sob pedras por acaso?

Algumas vezes eu questiono se certos críticos de cinema e certos "comentaristas da cultura pop" tem alguma ideia do que estão falando... digo isso por certas coisas que eu li a respeito de alguns filmes baseados em certas franquias e títulos de quadrinhos ou obras literárias, assim como certos remakes, demonstrando total falta de conhecimento sobre o material de origem - que raramente é obscuro. Todas estas pérolas foram escritas por críticos de cinema profissionais - e muitas apareceram em textos de mais de um crítico, só fraseado de maneira diferente. Só não dou o texto da fonte por não querer dar mais Ibope, mas vocês podem procurar as bombas no Rotten Tomatoes ou os fragmentos mais graves no TVTropes. Isso são só algumas situações muito, mas muito irritantes: tem piores. 

"G.I Joe não é mais um herói americano, e sim uma equipe global de especialistas"
Essa pérola foi proferida a respeito do filme (não o que está no vídeo, mas o Rise of Cobra) dos G.I. Joes - ou Comandos em Ação. Certo que o nome da linha de brinquedos era G.I. Joe - A REAL American Hero - mas nunca houve um boneco que se chamasse G.I. Joe, tirando os velhos bonecos de 12 polegadas (aqui conhecidos como Comandos em Ação Falcon) antes da Hasbro inventar personagens mirabolantes. Mesmo com a linha de brinquedos e o desenho se chamando "A REAL American Hero", muitos dos Joes clássicos já eram de fora dos EUA - o filme só aumentou a proporção. Fracasso duplo.


"Bay reinventa os Transformers como duas raças de robôs em guerra"
Já essa bomba é óbvia a respeito do que ela é... Essa eu realmente tenho que perguntar: que Transformers o autor dessa "genialidade" conhece? Desde o primeiro dia da franquia, sempre foi sobre Autobots e Decepticons (ou Maximals e Predacons, ou Cybertrons e Destrons) levando a guerra deles para a Terra - sempre foi assim, essa guerra não é novidade dos filmes. E não dá nem para dizer que o "gênio" confundiu com os Go-Bots, por que estes também eram duas raças de ciborgues em guerra (os Guardiões e os Renegados). Outra crítica irritantemente comum é que não dá para diferenciar ninguém no filme - tudo bem que no meio da ação é realmente complicado diferenciar, mas se alguém me disser que isso:


é igual a isso:
e isso:

Eu digo que essa pessoa precisa de óculos, urgentemente. Também tem a galera que reclamou da falta de profundidade dos filmes... Tá, o Revenge of The Fallen é um lixo, mas se você espera um filme cabeça de Transformers você tem problemas, sério. Sou um baita fanboy da série, e fui sabendo que os filmes seriam estúpidos. E fizeram o que prometiam (só podiam ter menos foco no Sam).

Acima: um brucutu ignorante?

"O velho brucutu Capitão América é reinventado como um líder carismático e proativo, reflexo do discurso do governo Obama"
Essa eu tenho que dar a fonte: a revista Veja. E novamente eu pergunto: o que vocês andaram lendo? Capitão América, brucutu? Como de praxe em textos sobre o Cap, vêem aquela velha ladainha de "imperialista, ufanista, nacionalista", e blá blá blá que mostram que o autor da pérola nunca leu uma revistinha do Capitão sequer. O Capitão América não é o cara que fica "mimimi, meu país tá certo mesmo quando está errado", ele é o cara que diz que o primeiro (em geral, o Agente Americano) está errado, e por que ele está errado (e eu tenho alguma posição para dizer isso, pois minha monografia é sobre o Capitão).
"Desde quando super-heróis tem histórias de origem tão traumáticas?"
A pergunta foi sobre os filmes dos X-Men  e a discriminação contra os mutantes. Para responder a pergunta idiota, desde 1938 com o Batman - um dos heróis mais populares do mundo. A mesma perguntinha mal informada deu as caras na época do primeiro Homem-Aranha. A esta altura, se tratando destes dois, eu presumiria que TODO MUNDO já soubesse da origem deles. E por isso eu me pergunto se críticos de cinema vivem embaixo de pedras.
"Frodo e seus amigos partem em busca do anel mágico"
Preciso explicar o tem de errado? Isso foi um dos comentários feitos a respeito do primeiro dos filmes do Senhor dos Anéis - o mesmo texto tinha outras pérolas, incluindo confundir o Aragorn com o Boromir. Eu nem vou entrar em detalhes profundos sobre os erros contidos em críticas de SdA, pois são muitos, e muito horríveis.

"Após a morte de um de seus colegas, o vigilante mascarado Rorschach parte em uma missão para matar todos os Super-Heróis"
Por onde começar com essa... A investigação do Rorschach começa após o assassinato do Comediante - que nunca foi seu "colega", no máximo participação da única reunião dos Crimebusters. Em sua paranóia, Rorschach conclui que haja um complô para matar vigilantes, e começa a investigar o culpado - não o contrário. Para adicionar pontos de WRONG para o texto como um todo... O autor parte dessa colocação como se isso fosse o filme todo, ignorando que A: Rorschach está errado e B: a trama central de Watchmen pouco tem a ver com os delírios do vigilante - sim, é o Rorschach que guia a trama, mas 90% do tempo, ele está completamente errado. O mesmo texto julgava que Rorschach era o único personagem legitimamente heroico do filme além do Comediante - o que diz muito sobre o autor, vendo que são um psicopata e um estuprador.


"Ao contrário do original, o remake de Padilha será marcado pela crítica as grandes corporações e a violência policial"
Ah, esse comentário foi bem comum sobre o remake de... ROBOCOP. Sabe, aquele filme com empresários mega corruptos, uma polícia ultra violenta, e uma sociedade decadente ao extremo. Mas quem sou eu para dizer o óbvio? É extremamente claro que o original não tem crítica alguma, e que a OCP são caras bonzinhos, não é?

 "Doutor Who precisa impedir a maligna Cabeça de Boe de destruir a Terra"
 Tá, essa não é sobre filmes, e não é de uma critica, mas de um resumo para um guia de programação - publicado pela BBC, que produz a série. Para decompor o erro da frase, que resume o episódio "End of The World": O nome do protagonista é só O Doutor, não Doutor Who; A FACE de Boe é um aliado, não um inimigo, e não é maligna; o Doutor leva Rose Tyler para o ano 5 bilhões para assistir a destruição da Terra quando o sol explode, e não para impedir a destruição; O vilão do episódio é Lady Cassandra O'Brien.Δ17, que tenta sabotar o evento. TUDO errado, em um guia publicado pelo mesmo canal que produz a série. Aí complica.

Eu sei que eu cometo erros nos meus comentários e meus textos (entre outras coisas, usei uma imagem do Super Patriota ERRADO no meu texto sobre o Agente Americano, e ainda não corrigi), mas o nível que alguns críticos chegam é o cúmulo. E isso por que eu peguei leve: tinha mais uns cinco casos que eu queria comentar, mas não comentei para não ficar ainda mais imenso. Mais exemplos e comentários são muito bem vindos, assim como discussões a respeito dessas gafes.