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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

6 combatentes (históricos!) feitos de pura "badassery"

Em vista do ressurgimento inexplicável do "meme vivo" que é Chuck Norris, e da aproximação do remake de Robocop dirigido pelo Padilha, eis uma lista de pura "badassery", que botariam Norris, Robocop, Capitão Nascimento (sim, eu ainda lembro dele) e seja lá quem mais quiserem erguer para correr. Seis caras que violam todas as leis do rídiculo, e que deixam nós, homens comuns, com vergonha. É claro que há uma boa dose de exagero por parte dos "registros oficiais" em todos eles - mas o equivalente real pré distorções não é tão longe assim.


6. Lu Bu (China, Século II)


Conhecido pela alcunha de "General Voador", e sujeito de um famoso poema do período Han da história chinesa, "Entre os homens, Lu Bu. Entre os Cavalos, Lebre Vermelha", Lu Bu tacou o terror entre os inimigos do primeiro ministro, Dong Zhuo. Sua reputação era tamanha, que a mera menção de seu nome era o suficiente para fazer com que os guerreiros mais valorosos tremessem de medo.

Lu Bu começou sua carreira servindo Ding Yuan, seu pai adotivo, a quem traiu em troca de um cavalo, mil barras de ouro, duzias de pérolas e um cinto de jade, e a posição de general das tropas de Dong Zhuo. Um homem de temperamento explosivo, Dong Zhuo tinha o hábito de arremessar ALABARDAS contra Lu Bu como forma de "descarregar a tensão". A serviço de Dong, Lu Bu defendeu "sozinho" o portão de Hu Lao contra os exército dos quatro maiores generais do fim da dinastia Han, e, enfurecido matou Dong Zhuo, "sob ordens imperiais".
Como ele aparece na série de jogos Dynasty Warriors

Como o regime imperial era muito pacifico, Lu Bu partiu em busca de "novos desafios", o que na língua de Lu Bu significava "conquistar a China". Ele tinha um plano engenhoso : ajudou Liu Bei, na época a "força menor", a retomar a provincia de Xu. Mantendo sua tradição de trair a todo mundo a quem serviu, Lu Bu enxotou Liu Bei pra fora de Xu, e se declarou o regente. Teve uma morte patética, implorando por misericórdia e estrangulado por seus próprios soldados poucos meses depois, quando Liu Bei retomou Xu, com a ajuda do futuro primeiro ministro, Cao Cao.

Tamanha  fodolência de Lu Bu, que hoje ele figura como "o cara que sempre te dá uma surra" na série de jogos Dynasty Warriors.


5. Simo Häyhä (Finlândia, Guerra do Inverno).

Simo Häyhä, mais conhecido pelo epiteto "A Morte Branca" era um patriota; frente a ameaça soviética na guerra do inverno, Häyhä, que já havia sido dispensado do serviço militar, fez o que qualquer um faria : pos se a caçar o exército soviético por conta própria, tendo apenas suporte logístico do exército finlandês. Armado com um rifle Mosin-Nagant, Häyhä acumulou o maior registro de mortos por um franco atirador : 505 mortes confirmadas, em apenas de 100 dias. E isso só contando as feitas com o rifle! Häyhä tem ainda mais duzentas mortes confirmadas com "armas de apoio".

Vestido completamente de branco, com a boca cheia de neve, e usando um rifle sem mira, a morte branca era completamente invisível meio as paisagens nevadas do inverno finlandês. Com Häyhä derrubando seus soldados a torto e a direito, os soviéticos tentaram de tudo para se livrar da Morte Branca : Organizaram esquadrões de contra atiradores (Häyhä matou todos), equipes de busca (que sumiam no meio do mato), e ataques de artilharia (que erraram o alvo, mas vamos fingir que Häyhä matou os obuses). O terror da morte branca acabaria apenas quando um soldado russo atirando a esmo acertou Häyhä na boca, "arrancado metade de sua cabeça".

Ele morreu certo? Não tem como sobreviver a isso, não é? Mas a vida é uma caixinha de supresas : Embora tivesse perdido boa parte da mandibula, Häyhä estava vivo, e despertou 10 dias depois. A guerra do inverno acabou com a retirada soviética na tarde do mesmo dia. Coincidência? Häyhä passou o resto da vida caçando alces, até falecer de causas naturais em 2002.


4. Walter Cowan (Inglaterra, I e II Guerra Mundial)


Sir Walter Henry Cowan, "o combatente mais velho da segunda guerra mundial". Cowan entrou no serviço militar em 1886, a bordo da HMS Alexandra, no mar mediterrâneo. Com uma brilhante carreira naval, Cowen  serviu na 1ª guerra mundial como Capitão, no comando da HMS New Zealand, e entre as guerras como almirante na HMS Hood. Mas não é o serviço naval de Cowan que nos interessa.

Em 1941, Cowan, aos 70 anos, se ofereceu para treinar os commandos na escócia, e posteriormente no norte da áfrica. Durante a batalha de Bir Hakeim, após perder todos os commandos sob sua égide, o velho oficial investiu sozinho contra um tanque italiano, armado apenas com um revólver. Não se sabe como, mas o resultado desta operação insana foi a captura de Cowan pelos fascistas.

Cowan faleceu aos 84 anos, de causas naturais, em 54. Em sua homenagem, a marinha da Estônia batizou em 2007 um de seus barcos caça-minas de "Almirante Cowan". Resta saber se o Caça minas vai continuar lutando mesmo com a idade avançada como o seu "Xará".


3. Honda "Heihachiro" Tadakatsu (Japão, Período Sengoku).

Um dos "quatro reis celestes de Tokugawa", Honda Tadakatsu é um daqueles casos de "Badass" incarnado; um dos vassalos mais leais de Tokugawa Ieyasu, Tadakatsu, "O general que superou a morte em pessoa", era um general e um guerreiro tão talentoso, que era visto mais como uma relíquia dos Tokugawa do que um simples general. Com uma das carreiras militares mais longas do período Sengoku, Tadakatsu serviu desde Okehazama (1560) até Sekigahara (1600), estando na linha de frente em 55 batalhas, sem jamais receber um ferimento. Durante uma das inumeras "retiradas estratégicas" de Ieyasu, Tadakatsu ficou conhecido como o "Zhang Fei" japonês por bloquear a passagem do exército inimigo com um numero extremamente inferior de tropas.

A reputação de Tadakatsu lhe garantiu elogios dos principais Daimyos do período, incluindo do notório "rei-demônio" Oda Nobunaga, que lhe definiu como "Um Samurai dentre os Samurai", Uesugi Kenshin, que o via como "o luxo de Tokugawa Ieyasu", e até de Toyotomi Hideyoshi, que viria a se tornar o maior inimigo de seu senhor. Em uma de suas anotações, Hideyoshi afirmou que os melhores Samurai eram "Honda Tadakatsu no leste e Tachibana Muneshige no oeste".

Como se não bastasse a reputação de Tadakatsu, a lança que empunhou em boa parte de sua carreira é hoje um dos tesouros nacionais do Japão. Tonbogiri, dita ser tão afiada que seria capaz de cortar uma libélula ao meio, se esta meramente se atravesse a pousar sobre sua lâmina. Tadakatsu sempre tentou projetar uma certa imagem no campo de batalha, com seu famoso elmo com chifres de cervo, sua fiel Tombogiri, e seu cavalo, Mikuniguro. Tadakatsu faleceu de causas desconhecidas, aos 62 anos, em 1610. Assim como Lu Bu virou um fonte de surras na série Dynasty Warriors, Tadakatsu também teve sua imponência homenageada em games: a série Sengoku Basara fez dele um robô gigante armado com uma furadeira.


2. Dian Wei (China, fim do período Han/início do período dos três reinos).

Conhecido como "O Demônio Dian Wei", ou como E Lai (em homenagem à um semi-deus chinês), o guarda costas do Senhor da guerra, primeiro ministro e "herói do caos" Cao Cao era um homem muito violento. Não há muito registro da sua infância, mas o que se sabe é que, em algum ponto de sua juventude, a lenda de Dian Wei começa quando Wei decide matar um homem que está causando problemas para seus companheiros. Invandindo a casa do homem, Dian Wei mata toda a familia dele, e foge da cidade, sem que ninguém tenha coragem de segui-lo.

Um homem de força "sobre-humana", Dian Wei junta-se às forças de Cao Cao em 189, carregando em uma mão um imenso estandarte, que homens comuns não levantavam com as duas. Durante a batalha de Puyang, Dian Wei decidiu que escudos não eram bons o bastante para ele, e, trajando duas camadas de armadura, investiu contra o inimigo portando alabardas, lanças e azagaias. Ignorando as flechas inimigas (que obviamente, eram fracas demais pra ele), Dian Wei matou 12 cavaleiros com 12 azagaias, e foi promovido a guarda costas pessoal de Cao Cao.

Dian Wei também figura na série Dynasty Warriors
Mas Dian Wei ainda não havia mostrado ao mundo o que podia fazer. Durante a batalha de Wancheng, Dian Wei, de acordo com o Romance dos três reinos, retornando de "assuntos de higiene" (leia : banheiro) , vê os soldados inimigos vindo, pega doze soldados, e vai defender o portão, enquanto Cao Cao dá no pé. Treze soldados, defender o portão, contra o exército inimigo... deve acabar rápido.

Com uma alabarda "gigantesca", Dian Wei derrubava os soldados inimigos as dezenas, mas isso não era rápido o bastante para ele. Vendo que a alabarda era lenta demais, Dian Wei pegou dois soldados mortos no chão e pos se a bater nos inimigos com eles, já que OBVIAMENTE, cadáveres são armas melhores... Ferido por todo o corpo e sangrando intensamente, morreu vociferando obscenidades e tentando bater nos inimigos com seus dois caras mortos. Ah, e isso tudo enquanto o forte de Wancheng estava EM CHAMAS!


1. AUDIE MURPHY (SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, EUA)

Ele não parece fodão...
Audie Murphy faz todos esses acima parecerem criancinhas. O soldado mais condecorado da históra dos EUA, Murphy foi rejeitado para o serviço cinco vezes - uma situação que divide com um personagem de HQs, o Capitão América. A primeira por ser menor de idade, Murphy se alistou no ano seguinte com documentos falsos, e foi rejeitado pelo fuzileiros navais e pelos paratroopers por ser "muito baixo", e pela marinha por ser "magro demais". No exército, seu oficial de treinamento tentou fazer dele cozinheiro, pois ele era "pequeno demais" para um soldado, mas Murphy era teimoso, e em 1943, estava a caminho de Casablanca, onde não viu  ação, e depois para Sicilia, onde contraiu malária, o que lhe deixou fora de serviço por boa parte da guerra.

A história de Murphy começa a ser "foda" na França. Após ver a morte do melhor amigo, Murphy toma um ninho de metralhadora alemão sozinho, e usa a metralhadora para destruir várias outras instalações defensivas alemãs, recebendo uma cruz de serviço distinto (a segunda maior honra do exército americano) e uma promoção especial para sargento. Durante as 7 semanas em que serviu na frança, o pelotão de Murphy viu 4.500 baixas.  É, parece que ele é o Capitão América, só sem soro de supersoldado...

Sério ele parece meio... palerma..
Durante a batalha de Holtzwihr, Murphy superaria todos os limites do rídiculo. No comando de uma unidade "aleijada", com apenas 19 soldados em uma formação que exigia 128, e sob um frio de -10º, Murphy foi emboscado por uma brigada alemã. Ordenando que suas tropas se retirassem, Murphy subiu em nos restos de um tanque EM CHAMAS, pegou a metralhadora do tanque, e começou a meter bala nos alemães, matando duzias de alemães, enquanto tentava chamar um ataque de artilharia. Mesmo com pesados ferimentos, a batalha solitária de Murphy só acabou uma hora depois, quando o cabo do telefone para a artilharia foi cortado pelo fogo inimigo. Pouco após sair de cima do tanque, este prontamente EXPLODIU, ao que parece, decidindo que estava sim em um filme de ação.

A essa altura, vocês devem estar certos de que Murphy morreu aí. Mas não, ele foi mandado de volta pra casa, onde, sofrendo de Stress pós traumático, se viciou em anti depressivos e calmantes. Com o sucesso que veio junto com a reputação, como o soldado mais condecorado da história (33 medalhas, oito a mais do que o exército americano realmente tem. Murphy recebeu TODAS as medalhas do exército, sendo que cinco delas repetidas vezes.), Murphy virou ator, atuando em westerns e filmes de guerra, e publicou uma auto biografia, intitulada "To hell and back", sob seu tour de serviço na França. Quando foi chamado para fazer o papel de si mesmo no cinema, Murphy aceitou com a condição de que seriam feitos certos cortes, pois "não queria parecer mentiroso".

O mais perto que as HQs tem de
Audie Murphy.
Murphy morreu em 1971, quando seu avião particular bateu contra Brush Mountain, na Virginia. Baixinho, aparentemente imortal e dotado de coragem mais do que suficiente para a segunda guerra mundial inteira, não me surpreenderia se Murphy tivesse sobrevivido à colisão - Esqueçam as comparação com Steve Rogers: sinceramente, esse cara é o Wolverine! A única coisa que faz a comparação entre os dois não ser perfeita é que... Murphy era texano, e não canadense. Só isso. (Ok, Murphy não tinha garras de adamantium e faro de animal, mas deveria ter tido).

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Amazing Spider-Man tem o melhor extra EVER

Ok, meu interesse pelo jogo do novo filme do Homem-Aranha acaba de quintuplicar... Não bastava o jogo retornar aos bons tempos de Spider-Man 2 e Ultimate Spider-Man, no Playstation 2, e ainda puxar algumas coisas do excelente Arkham City, agora anunciaram o melhor extra da história dos jogos de heróis...

Vocês estão prontos? STAN LEE como um personagem jogável! A ideia é completamente insana, e justamente por isso que eu adorei! A lenda dos quadrinhos é um exclusivo para quem pré encomendar o jogo através da Amazon.com - embora seja bem provável que o velhinho saia posteriormente como um DLC. Além da experiência bizarra de jogar com um senhor de 89 anos (por algum motivo dotado dos poderes do aranha), o conteúdo também envolve um final especial. O site Kotaku especula que tenha algo a ver com o aniversário de 50 anos do cabeça de teia, ainda este ano.

E para quem tem como pré-encomendar o jogo, mas não quer jogar com Stan Lee (como isso!?), os pre-orders da Gamestop tem outro extra: o modo Rhino Challenge, que coloca os jogadores na pele do brutamontes fantasiado de rinoceronte. Ia ser bom se tivesse como botar o Stan Lee para enfrentar o Rhino, mas acho que ai é pedir demais.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Asura's Wrath, ou "Awesome: the Game".

Bem, esse fim de semana eu comecei ( e terminei) a jogar uma das coisas mais absurdas a serem lançadas em toda a história dos videogames: ASURA'S WRATH. Embora no meu ver seja errado chamar Asura's Wrath de jogo. O mais correto seria chamar de "anime interativo". Tanto em estilo, narrativa, visual... até nos DLCs, que estão mais para OVAs do que "extras".

Asura's Wrath (ou "I'm really f****** angry: the game) conta a história de Asura, um semideus muito, mas muito furioso. Parte dos oito generais celestes, o jogo abre com uma batalha totalmente épica contra os Gohma - entidades monstruosas geradas a partir da própria Terra Gaia. Após a vitória contra o "líder" dos Gohma, Vlitla, Asura é traído por seus companheiros, acusado de assassinar o imperador, e demonizado por seus "crimes". Sua esposa é assassinada, sua filha sequestrada, e Asura mandado para o Naraka. Após 12 mil anos, Asura volta em busca de vingança. Isso resumindo muito o começo do jogo.


sexta-feira, 4 de maio de 2012

Seattle ganha super vilão "de verdade".

Bem, parece que de fato super heróis atraem super vilões... Em Seattle, depois da figura bizarra que é o "super herói" local Phoenix Jones, agora surgiu também um super vilão, Rex Velvet. Uma figura tão maligna a ponto de ter uma cicatriz, um tapa olho e um bigodão (santo clichê Batman!) que está ameaçando Jones caso ele não "revele sua identidade e desista de combater o crime para sempre".


Meio atrasado nisso, Rex, já que Jones foi desmascarado no ano passado... Mas isso não vem ao caso, o que é realmente notável é quão "teatral" é a atuação de Velvet, divulgando suas ameaças pelo Youtube, com valores de produção incríveis. Sério, o cara parece ter seguido à letra algum manual de super vilania, e isso já o tornou uma das minhas "web celebrities" favoritas. Até o cenário é digno de uma HQ - parece que ele filmou tudo em um legítimo galpão abandonado ou lar subterrâneo, decorado com crânios e um quadro de Jones para que ele possa tacar coisas no seu "arqui inimigo".


Felizmente, por ora isso é só mais uma parte da comédia que se tornou a carreira de Phoenix Jones. O cara é bem intencionado, mas realmente talvez seja hora de parar, depois que ele quase foi morto por dois traficantes no ano passado. Espero ouvir mais do terrível Rex Velvet, e que ele se mantenha apenas no ambito de vídeos ameaçando Jones, ao invés de, vocês sabem, crimes de verdade. Melhor ainda se a pessoa por trás de Velvet arranjar mais "vilões" para intimidar Jones. Quem sabe combinar com algum empreendimento para encenar um crime e ,sei lá, dar uma apimentada na carreira do herói?

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Axe Cop vai ganhar animação

Bem, para quem acha que webcomics não dão em nada, eis uma prova do contrário: Axe Cop deve ganhar uma série em animação no novo bloco de animação da Fox, Domination. A série baseada na HQ de Malachai e Ethan Nicolle deve estrear no ano que vem com uma série de seis episódios de 15 minutos, um piloto para uma série maior.

Axe Cop é um dos melhores exemplos de como a web deu chance para ideias novas e muitas vezes completamente insanas: o quadrinho surgiu de uma parceria do desenhista Ethan Nicolle com o seu irmão de cinco anos, Malachai, em 2009, e rapidamente fez sucesso devido a lógica infantil e ideias "legais demais para serem ignoradas".  A ideia deu tão certo que foi lançada em forma impressa pela Dark Horse desde 2010. Desde então, o policial do machado recebeu múltiplos prêmios - incluindo ter sido nomeado uma das 10 melhores graphic novels para adolescentes no 2012 Young Adult Library Services Association Awards. Definitivamente vale uma olhada com a mente aberta e preparo para o ridículo.

O que me resta saber é se o outro webcomic totalmente insano e com o qual Axe Cop já fez um crossover terá também uma série animada: Doutor McNinja, a única coisa capaz de superar Axe Cop em "não fazer sentido". Quem sabe com o sucesso de Axe Cop o maluco doutor também ganhe uma série dele. Ou ao menos um Cameo.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Bayonetta

"muito tempo da produção"
Mais uma resenha de jogo do ano RETRASADO, Bayonetta, da Platinum Studios, é um jogo um tanto "polêmico", pelo fortíssimo subtexto, texto, e sobretexto sexual da sua protagonista. Dotada de pernas longineas, traseiro "que consumiu muito tempo da produção", seios fartos e um rosto que lembra o da comediante Tina Fey, é fácil entender porque algumas pessoas vêem a bruxa caçadora de anjos Bayonetta e seu rebolado como um simples objeto sexual.


Ignorando as implicações do design de personagem (de Mari Shimazaki, uma mulher, se isso faz diferença), Bayonetta é facilmente um dos jogos mais divertidos da atual geração de videogames. Dirigido por Hideki Kamiya, o criador de Devil May Cry, Bayonetta guarda traços de seu "irmão" da Capcom, e os eleva ao infinito.  O jogo é estiloso, "camp", e sabe disso. Bayonetta funciona, porque não se leva a sério. Tudo é tão absurdo, que até as tentativas do jogo de fazer a protagonista parecer sensual se tornam hilárias... Intencionalmente.

Bayonetta pode invocar instrumentos de excução para usar contra os anjos.
A jogabilidade é fluída e tranquila, com uma resposta confíabilíssima dos controles, fases variadas, e um senso de humor surreal que permeia o jogo todo. O sistema de combate é em tese simples, usando em tese apenas 4 botões, sem combinações esdrúxulas, triangulo soca/usa a arma das mãos, bola usa a arma dos pés, R2 esquiva, e quadrado atira com a pistola. Como em Devil May Cry, o segredo de um sistema tão "básico" está no uso do timing dos combos, e Bayonetta adiciona a estranha combinação de armas das mãos e armas dos pés : As armas básicas do jogo são dois pares de pistolas, e conforme o jogo anda, as combinações vão ficando mais estranhas. Katana e escopetas? Escopetas nas mãos e Bazucas nas pernas? Manoplas flamejantes e garras elétricas? Nunchakus com pistolas e patins de gelo? Essas são apenas algumas das combinações do sistema de duas partes de Bayonetta. Aumentando o fator "UAU" dos combates, vários finalizadores de combo envolvem punhos e pés gigantes vindos do nada para golpear os inimigos. E para matar os chefes, nada melhor que invocar um monstro gigantesco. Tanto os membros flutuantes quanto os demônios invocados durante os ataques de Climax são feitos do cabelo da "heroína", que também compõe suas roupas.

E monstros gigantes para matar os Chefes.
Em tempos de jogos com mais história do que gameplay, Bayonetta prefere focar nos personagens, em detrimento de uma narrativa sem sentido. Embora a trama não vá a lugar algum, envolvendo uma pedra que nunca aparece, os personagens e os inimigos são a atração principal. Não bastava o elenco excêntrico, as tiradas impossíveis da protagonista, e a infinidade de momentos absurdos que vão lhe deixar de queixo caído, o número de subchefes e chefes bizarros de Bayonetta não apenas é surpreendente, mas quando se tem certeza de que nada mais pode lhe surpreender, o jogo larga algum inimigo novo e esquisito na sua direção. De cabeças flutuantes a strippers celestiais, passando por dragões, cavaleiros e arraias/gafanhotos/escorpiões angelicais, Bayonetta tem de tudo.


Embora seja um jogo muito bonito, os gráficos de Bayonetta são um tanto... retrógrados. Algo nas animações e nas texturas do jogo deixa claro que a engine não é das mais recentes, e isso fica ainda mais claro na versão "cagada" do PS3, que deixou todas as texturas borradas e escurecidas. Algumas das animações de evento do jogo são feitas com cenas estáticas, como se fossem fotografias. Embora seja um efeito muito interessante, é bem incomodo ver uma cutscene convencional seguida de cenas paradas, com apenas a câmera se movendo.

Onde é que eu já te vi antes? Roupa vermelha, armas enormes, cabelo branco... sei que é de algum lugar...
A trilha sonora é uma obra a parte, com pelo menos 3 versões de "In other words (Fly me to the Moon)", musicas muito divertidas que batem com ação do jogo, e várias músicas de clássicos da Sega. Alias, coisa que não falta são referências a outros jogos. Até o item de dinheiro é uma referência a Sonic, que ganha outra em uma das primeiras cenas da trama, o funeral de um criminoso chamado Eggman. Uma fase inteira baseada em Afterburner,  uma rival com um design "Dante Fêmea", e "Wadja Buyin'?", só para começar.

Fortitudo, o Primeiro chefe de verdade de Bayonetta. Um anjo beem estranho, e é uma das coisas mais normais do jogo - e de acordo com um amigo meu, UM PAVÃO.

A versão do PS3 sofre de dois outros problemas, que não estão presentes no 360 : uma frame rate inconstante, que as vezes atrapalha, e tempos de Load absurdos, que beiram o injogável. Esse último problema é consertável com um Patch. Os outros dois, não.



Nota : 9 para o 360, 7,5 para o Ps3. 8 se estiver disposto a baixar o Patch.

Prós :
-Muito Divertido
-Controles ótimos
-Difícil sem ser mentiroso
-Absurdo, de uma maneira boa
-Rápido

Contras :
-Pode ser dificil se concentrar no jogo com tanta coisa absurda acontecendo
-Bem difícil
-História sem sentido
-A protagonista pode não ser do agrado de muita gente
-Um tanto rídiculo, pra quem não gosta de absurdos