Ontem perdemos mais um dos grandes nomes da indústria de quadrinhos: Jerry Robinson, criador do mais memorável inimigo do Batman - O Coringa - e junto com o lendário Bill Finger, cocriador do Robin. Robinson faleceu enquanto dormia na noite de ontem, aos 89 anos. Além de escritor, era também desenhista e ativista na defesa dos direitos dos autores de quadrinhos - que como todo mundo deve saber, são constantemente ferrados pelas editoras, a exemplo da palhaçada épica envolvendo as famílias de Jerry Siegel e Joe Shuster, os criadores do Super Homem.
Embora já não escrevesse há muitos anos, Robinson ainda trabalhava para a DC Comics, como um dos consultores criativos da editora - não a toa, vendo que foi Robinson, e não Bob Kane, quem definiu a personalidade e o tom das histórias do Batman durante a era de ouro dos quadrinhos.
Além do ativismo pela defesa dos seus direitos e de seus colegas de profissão, Robinson ajudou a preservar muito do trabalho da era de ouro dos quadrinhos, com numerosas exposições de quadrinhos dos anos 30 e 40 - exposições que eu queria ter visto, e que já tiveram ajuda da Organização das Nações Unidas.
E com a morte de Robinson, mais um dos pioneiros da indústria de quadrinhos se foi. Já perdemos Kirby, Simon, Shuster, Siegel, Kane e Eisner: agora perdemos também Robinson. Como diria Shakespeare, bons sonhos, doce príncipe. E que em sua ausência os editores da DC não destruam ainda mais a essência do Batman.
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