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quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Traíras, Traíras por toda parte

 Tem certos tipos de personagem que são recorrentes a ponto de beirarem o clichê. Personas arquetípicas tão universais quanto o ato narrativo em si. Um desses arquétipos, do qual quero tratar aqui, é o subalterno traiçoeiro, uma figura recorrente em histórias de ficção científica, super heróis, desenhos de ação, fantasia medieval, dramas históricos...

Ou seja, em tudo. 


O tipo é bem conhecido, em geral sendo o segundo em comando de sua organização. Sua característica primária é a ambição, a ânsia pela liderança. Por mais que seus superiores confiem (ou não) neles, são personagens que os leitores sabem que estão apenas a espera da oportunidade de derrubar o regente e assumir o trono, apunhalar o general e tomar o controle, depor o presidente e se empossar no lugar e por aí vai. 





Esse arquétipo do subalterno ambicioso e pérfido é antigo - muito antigo, e como quase todo clichê, tem uma base no real. Por exemplo personagens assim servem como o estopim para grande parte dos eventos do romance histórico Sanguoyanyi (O Romance dos Três Reinos, de Luo Guanzhong), do século 14, baseado na guerra de unificação chinesa dos séculos II e III. 


Como muitos outros arquétipos, podemos dividir nossos traíras em alguns subtipos. Eu separei os três “principais”, cada um marcado por como sua falta de lealdade se manifesta, e que meios usam para obter sua posição tão cobiçada. 

O conselheiro traiçoeiro


O primeiro e um dos mais comuns é o “conselheiro traiçoeiro”, frequentemente o líder de fato de qualquer organização que faça parte. Também pode ser chamado de o grão vizir, dado a tendência de vizires em ficção serem canalhas ambiciosos. Como o braço direito do rei/sultão/presidente/primeiro ministro/general, o conselheiro traiçoeiro tem os ouvidos de seu “líder” à sua total disposição. 


Há duas maneiras que esse tipo de traíra se manifesta. O primeiro, e mais “realista”, é como o caso do Cardeal Richelieu nos livros dos Três Mosqueteiros, ou como os Eunucos de Sanguozhi, e Cao Cao como o primeiro ministro no mesmo livro. Ele não é realmente um traídor, mas tem uma agenda própria a seguir, e seus conselhos para seu líder não visam os melhores interesses dele, mas sim seus próprios planos. Não tem a menor intenção de subir ao trono, mas tampouco quer abrir mão do poder - muitas vezes maior que o do rei. 


Um bom exemplo animado é o líder dos Dai Li em Avatar: a lenda de Aang, Long Feng. Como o conselheiro de confiança do rei da terra e o chefe de sua polícia secreta, Long Feng não apenas tem o rei na palma de sua mão, sendo o real regente de Ba Sing Se, como oculta de vossa majestade qualquer ameaça possível ao seu poder. Muito como os eunucos na corte imperial chinesa. 





Alguns desses assessores dissimulados até são personagens “heroicos” à sua maneira, obstruindo o caminho dos protagonistas não por ambição ou por intenções escusas, mas por teimosia ou aderência cega à tradição. À primeira vista parecem serem traiçoeiros, sem o serem; esse tipo de caracterização geralmente é deliberada e feita para gerar suspeita sobre as motivações do vizir/ministro/cardeal/etc. Um exemplo muito bom disso é o Grão Vizir do planeta do Fogo no obscuro desenho Guerreiros das Sombras. Embora seja manipulador. dissimulado e sempre esteja no caminho dos heróis (incluindo seu assessorado, o jovem príncipe Pyrus), o vizir deseja somente o que é melhor para seu regente e seu mundo - mas não consegue se desgarrar de uma cultura de desconfiança e subterfúgio. 


O outro tipo é o que o Cardeal se torna na maioria das adaptações da obra de Alexandre Dumas: o canalha que não quer nada além do poder pelo poder (ou para fins sinistros). Esse tipo está ou guiando seu regente para decisões tolas visando derrubá-lo, ou conspirando com seus inimigos para derrubá-lo. Um grande exemplo é o Vizir de Aladdin. Outro mais obscuro, vendo dos desenhos mercadológicos dos anos 90 é o comandante pirata Barca, de Exo-Squad, mantendo o rei-pirata Simbacca na ignorância quanto a traição sendo fomentada entre os jovens. 


Mas um dos mais ardilosos exemplares dessa categoria é o segundo em comando do Principado de Zeon no clássico Mobile Suit Gundam, Gihren Zabi. Embora o regente “oficial” seja seu pai, Degwin, Gihren não apenas se aproveita da fraqueza do pai para guiar Zeon em uma guerra fútil, como tão logo seu pai demonstra qualquer relutância quanto a continuar o esforço de guerra, Gihren usa de sua posição para “sem querer querendo” matar o pai - assim se tornando o principal antagonista da série. A franquia é cheia desses e se alguém tem um assessor/confidente/conselheiro e está em uma posição de poder em uma série de Gundam... provavelmente será vítima de um desses. Turn A Gundam contou com um desses (Agrippa Maintainer) sendo esfaqueado por outro desses (Gym Gingaham). 



O capanga com segundas intenções


Diferente do conselheiro traiçoeiro, o capanga com segundas intenções geralmente não está em uma posição de poder efetivo. Normalmente está em uma posição do alto escalão, mas não tem o comando das forças. À primeira vista, ele é leal. Não busca depor seu chefe, assumir a liderança ou qualquer outra coisa do tipo. Mas sua lealdade é pragmática, e só vai até onde seu uso para seus “aliados” durar. Enquanto sua organização visa uma coisa, o capanga com segundas intenções tem seus próprios planos. 


Um ótimo exemplo desse tipo de personagem é James McCullen “Destro”, de G.I. Joe. O financista e engenheiro de armas dos Cobra raramente demonstra interesse aberto em depor o Comandante Cobra, mas quando seus interesses - dinheiro e a Baronesa - são ameaçados pelos planos dos Cobra, ele não tem problema em fazer um pouco de sabotagem - ou em assumir o comando. 


A agenda seguida por um personagem desses pode ser paralela ao grupo que serve, como é o caso do sacerdote goblin Redcloak no webcomic Order of the Stick, Bill Cipher na primeira temporada de Gravity Falls, ou as três bruxas em Gargoyles. Se seus “chefes” tenham ou não sucesso é irrelevante. O que importa é que eles possam ser úteis na busca por seus próprios objetivos. E se não forem, que possam ser tirados do caminho. Inhumanoids tem um caso curioso disso, com o vilão Blackthorne Shore - que de alguma maneira acha que poderia “se livrar” dos monstruosos Inumanóides depois que eles deixassem de ser úteis para lhe dar lucro, ignorando que os monstros querem destruír a humanidade


Mas na maioria dos casos, o objetivo deste tipo de personagem ou depende de seus chefes falharem, ou vai diretamente contra eles. Para que possam alcançar o que querem, seus patrões precisam falhar. E portanto, com certa frequência eles precisam sabotar seus planos enquanto mantém uma ilusão de lealdade. Caso este de Slade Wilson na quarta temporada de Teen Titans (cuja lealdade a Trigon é puramente pragmática), visando apenas sua própria sobrevivência. Um caso mais extremo é o do Arquiduke Gorgon em Mazinger Z, ou do Barão Ashura no remake Mazinger Z: The Impact!. Nenhum é abertamente desleal ao seu mestre, Doutor Hell, mas seu objetivo final - a ressurreição do império micênico - depende do fracasso deste. 





Novamente, Gundam é cheio desses, mas dois casos em particular se destacam. Na série original, temos o “Cometa Vermelho” Char Aznable, um ás do principado de Zeon cuja lealdade dura até surgirem as oportunidades certas para seu real objetivo: a morte da família Zabi - e que convence, a mesmo de que "nunca traiu ninguém". A série seguinte, por sua vez, trás o “Homem de Júpiter”, Paptimus Scirocco, cuja aliança com os Titãs e com o Eixo são partes de um grande estratagema que nem o criador da série, Yoshiyukii Tomino, sabe bem explicar. 





Scorpius, da excelente série Farscape, é outro bom exemplo. Líder de uma divisão de pesquisa dos Pacificadores, o desfigurado comandante tem seus próprios objetivos em mente - que podem ou não exigir o “sacrifício” de seus patrocinadores. A série tem um exemplo mais “fracassado” disso na forma de Bialar Krais, outro comandante dos pacificadores que só tem um objetivo em mente: vingança. 


Sendo eu, não poderia não mencionar Transformers aqui, com o caso curioso de Shockwave. Enquanto os desenhos pintam o cientista Decepticon como um dos mais leais seguidores de Megatron, os quadrinhos pintam algo muito diferente: Shockwave tem um mestre apenas, a Lógica. Na série da Marvel, quando seus cálculos apontaram que Megatron era uma liabilidade, Shockwave optou por tomar o comando a força, “pelo bem da causa”. Já em Dark Cybertron, da IDW, o ex-senador bolou um longo plano para “salvar” Cybertron à custa de todo o universo, plano pelo qual serviu os decepticons por milhões de anos. 


Outro caso da mesma franquia, que combina isso com um conselheiro traiçoeiro (pros dois lados!) é Sideways, em Transformers Armada. Seus conselhos para os todos envolvidos no conflito resultaram em grande parte do drama de Armada - e tudo visava o sucesso de seu verdadeiro senhor, Unicron. 


O Starscream


E assim chegamos ao último tipo, que só pode ser definido com seu maior personagem: O Starscream, o auto-proclamado “líder por direito” dos Decepticons na série original de Transformers. Enquanto o capanga com segundas intenções se dá o trabalho de fingir lealdade até que chegue a hora certa, Starscream nem sequer finge ser leal. Traiçoeiro, desonesto e sempre pronto para assumir a liderança, um Starscream perfeito fala abertamente que dada a chance, esfaquearia Megatron nas costas. E no primeiro sinal de vulnerabilidade, tenta assumir a liderança. Toda vez. 





Por motivos óbvios, esse tipo de personagem tende a fazer com que seu chefe pareca um idiota - e justamente por isso, a maioria deles não é tão abertamente desleal. Um Starscream tem um objetivo apenas: ser o líder. Pra que? Para ser o líder, oras. Não sem motivos, esse é um tropo predominantemente de desenhos de ação e histórias infantis, dado o seu maniqueismo e superficialidade,  mas ocasionalmente dá as caras em outras mídias.


Alguns Starscreams, ao invés de demonstrarem desdém por seus líderes, são puxa-sacos recorrentes que os desprezam pelas costas. Um raro exemplo heroico desse tipo de personagem vem de SWAT Kats: O tenente Steel, dos Enforcers, ansioso para provar a incompetência de seu comandante Feral - mas que bajula o mesmo quando este está presente. 


Em G.I. Joe, o Comandante Cobra foi reduzido à um desses na segunda temporada de A Real American Hero, depois que o grupo terrorista foi tomado pelo super-soldado Serpentor.  Enquanto isso, nos quadrinhos o inverso aconteceu. No arco de história “´Fé em Monstros” de Thunderbolts, Moonstone se demonstra uma combinação particularmente eficaz de um Starscream com um conselheiro traiçoeiro - duas coisas que ela sempre foi, na verdade. 


Uma versão particularmente trágica desse arquétipo é a versão de 2003 de Baxter Stockman, de Teenage Mutant Ninja Turtles. Suas tentativas de ascensão à força não apenas terminam em fracasso, mas a cada nova aparição do personagem, mais foi perdido em seu último fracasso. Sua tentativa de esfaquear o governo nas costas e criar um corpo “perfeito” para si mesmo em Insane in the membrane lhe reduziu à um corpo em decomposição e um caso sério de demência (e não foi seu fim). 


Como outro exemplo vindo de um seriado, e outro exemplo heroico, temos Jayne Cobb, em Firefly. Embora nunca concretize sua ânsia por assumir o poder, Jayne nem tenta ocultar sua intenção de depor Malcolm Reynolds e assumir o comando da Serenity. Nem se acanha em esfaquear seus colegas nas costas para benefício próprio. 


Em ZZ Gundam temos um caso curioso, de um personagem que progrediu por todos esses tipos - Glemmy Toto. Surgindo como um “vilão da semana”, Glemmy passou a um capanga com segundas intenções, ascendeu a uma posição de poder onde agiu como um conselheiro traiçoeiro, antes de virar um Starscream completo e tentar “reerguer Zeon” - com ele como líder, é claro. 


Transformers sofre de uma quantidade imensa de Starscreams: além do original, temos Scourge (tanto em The Transformers quanto em Robots in Disguise), Terrorsaur e Tarantulas em Beast Wars, Leozack em Victory (que tem seu próprio Starscream na forma de Hellbat). Thrust em Armada, uma ótima combinação entre isso e um capanga com uma agenda em Sentinel Prime (no geralmente pífio Dark of the Moon)





Starscreams são personagens interessantes - e dão ótimo material para quadrinhos, desenhos e campanhas de RPG. Dos três tipos, certamente são os menos críveis (embora tenhamos alguns Starscreams de verdade por aí, nossa política que o diga) por raramente terem qualquer ambição além de “estar no topo”. Bem escritos, geram ótimas teias de intriga cujo resultado é imprevisível. Quando mal escritos, muitas vezes são acidentalmente hilários. 


Vale lembrar aqui que nem todo Starscream (o personagem) é um Starscream (o arquétipo). Enquanto suas versões de G1, Beast Wars II, dos jogos War for Cybertron e Fall of Cybertron e de Animated são exemplos claros do molde (com apenas uma delas sendo competente nisso). A versão cinematográfica é muito mais um puxa-saco; a versão de Armada um “demônio nobre” que debanda por não ter o respeito que merece; em Prime, é mais um conselheiro traiçoeiro à espera da chance de assumir o poder do que um traidor claro. A versão da IDW, após milênios sendo um Starscream, chegou ao poder via política - e nisso conseguiu seu próprio Starscream, Rattrap.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Baú de Brinquedos: My Little Pony G2, G3 e G3.5

Muito antes de Friendship is Magic, houve isso...
Faz algum tempo, eu falei de uma das mais amadas e odiadas linhas de brinquedos dos anos 80: My Little Pony (no Brasil, Meu Querido Pônei), lançada pela Hasbro entre 1982 e 1993. No texto, comentei brevemente sobre as gerações posteriores da linha, culminando no mega-hit My Little Pony: Friendship is Magic. Antes que possa tratar do imenso sucesso de Lauren Faust, lançado em 2009, temos que discutir como a franquia chegou onde está - e para isso, temos que tratar de sua longa degeneração, que começa com a série de TV My Little Pony Tales, em 1992 e a primeira reestruturação geral da linha, vulgo a geração "1,5" e culmina em New Born Cuties, a terrível série de animação em Flash que promovia a breve "geração 3.5" de equinos grotescamente deformados.

Não há muito a ser dito sobre cada uma dessas fases da linha, então podemos tranquilamente cobrir vinte anos de My Little Pony em um único artigo - ao contrário dos seus irmãos transformáveis ou seus irmãos nas forças armas, pouca coisa realmente mudou na linha depois do fim de My Little Pony & Friends,

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Baú de Brinquedos: a ascensão e queda da Popy

Poucos mercados são tão menosprezados e tão voláteis quanto o mercado de brinquedos. Embora hoje este setor seja quase totalmente controlado por poucas empresas (Mattel, Hasbro, Bandai e Fisher Price, primariamente), as coisas nem sempre foram assim; entre 1960 e 1980, empresas de brinquedos surgiam e desapareciam com a mesma facilidade que lançavam linhas. Empresas do ramo têxtil (como a Hasbro) viravam gigantes dos brinquedos, e na década de 70, uma pequena subsidiária de uma gigante dos brinquedos se tornou uma gigante, apenas para desaparecer na década seguinte. Falo é claro da Popy.

Embora seja lembrada por seus bonecos de alta qualidade,
a Popy surgiu fazendo brinquedos baratos e curiosidades,
como este Getter Robo de 1973. 
Fundada pela Bandai em 1971 para a fabricação de brinquedos voltados à farmácias, lojas de conveniência e lojas de desconto, a Popy começou suas atividades com linhas baratas de veículos e miniaturas. Vendidas na faixa dos 100 aos 600 ienes, os produtos da Popy ficavam de fora do grande mercado - as lojas de brinquedos e de departamentos. Ao invés disso, eram vistos em paradas de estrada, postos de gasolina e pontos turísticos.

O caráter “descartável” da Popy fazia dela uma âncora de segurança para a Bandai, e em 1972, a empresa serviu de “laboratório” para duas licenças nas quais a matriz não tinha muita confiança: Kamen Rider e Mazinger Z.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Gundam 00: o que uma série de robôs tem a nos falar sobre a guerra ao terror?

Os pilotos de 00: três grupos étnicos vitimados pelo terror.
Séries de robôs gigantes tem abordado uma gama diversa de gêneros desde que surgiram com Tetsujin-28 Go, em 1956. Já falei antes de como foram influenciadas pela literatura Graustarkiana, das ligações do gênero com o horror, e de sua forte conexão com literatura de guerra. Mas uma obra específica pode ter muito as nos dizer sobre um dilema contemporâneo: o terrorismo.  Falo de Mobile Suit Gundam 00, a 11ª série de TV da gigantesca franquia Gundam

Gundam sempre teve um elenco diverso, e 00 (apesar de todos os seus problemas em sua segunda temporada, que não tem a ver com representatividade, mas com coesão narrativa) não é exceção. Entre seus quatro personagens principais, temos dois dos grupos étnicos menos vistos em qualquer mídia: o curdo Soran Ebrahim (vulgo, Setsuna F. Seiei, um nome falso tão obviamente falso que viola várias regras de nomenclatura japonesa) e o cazaque Allelujah Haptism (outro nome falso: tomado como cobaia humana desde criança, seu nome verdadeiro jamais foi revelado).

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Baú de Brinquedos: My Little Pony G1 e "G0"

Sim, eu vou falar dos pôneis malditos...
Já digo de cara: o desenho original era horrível.
Mas a franquia conseguiu piorar nesse sentido. 

Não importa qual a sua opinião sobre a encarnação atual da série e o histórico dela (ou seus fãs), My Little Pony está para a divisão de brinquedos para meninas da Hasbro como Transformers e G.I. Joe estão para a divisão de brinquedos para meninos. Assim como seus primos robóticos e seus tios militares, os pôneis contam com uma fanbase fanática, uma longa história de produção, mais reboots que um título da DC e uma briga eterna a respeito de qual linha é a "melhor".

Devido ao quão longa é a franquia, O Baú de Brinquedos tem que reservar mais de uma sessão para essa franquia tão odiada e tão amada. Preparem suas doses de insulina, porque a doçura certamente vai lhes causar diabetes. Hoje, a vez é da geração 1 e sua antecessora, My Pretty Pony. Hora de saber como o pesadelo de alguns e sonho de outros começou.

domingo, 15 de maio de 2016

Robôs gigantes e paradigmas culturais, uma leitura breve.

Sym bionic Titan: uma carta de amor ocidental ao
jeito japonês de fazer robôs gigantes. 
Sim, cá estou eu novamente falando sobre robôs gigantes. Depois de falar das ligações do gênero com o Horror, com a literatura Ruritânia e com a literatura de Guerra, agora a abordagem é outra: como a indústria cultural americana e japonesa lidam com esse conceito - e a acreditem, as diferenças são tão intensas quanto entre a noite e o dia.

Então para melhor entendermos quanto as obras de robôs gigantes dos dois lados diferem, vamos aprender um pouquinho sobre como cada lado do globo lida com o gênero, e aí ver onde que há uma certa mescla entre os dois tratamentos?