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terça-feira, 1 de março de 2016

Não, não há nada de apolítico quanto a super heróis.

À cada mudança progressista no status quo de quadrinhos de super heróis, uma certa reclamação reverbera entre as redes sociais: a de que “nos velhos tempos” política e quadrinhos de super heróis não se misturavam. Que os quadrinhos eram “isentos de ideologia” e “apolíticos”. Um dos mais notáveis exemplos dessa reclamação é um texto muito divulgado de Darin Wagner, How Liberalism may be hurting comic book sales”. Mas será que essa mentalidade confere com a realidade?


Para responder de forma curta, não. Quadrinhos de super heróis nunca foram apolíticos, assim como ficção científica (onde esse choro recentemente deu as caras) jamais foram desconectadas da política do mundo real. O site quadrinheiros já escreveu sobre isso. Mas olhemos isso de uma forma um pouco mais longa e aprofundada.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Recomendado: Spinnerette

Mais uma recomendação de Webcomic de minha parte, e um que eu tenho que acompanhar mais (parei de ler na sexta edição, e não lembrei mais): Spinnerette, um dos melhores quadrinhos de super-heróis feitos para a Web, e que consegue obter aquele raro equilíbrio entre humor e drama, sem que uma coisa estrague a outra.

Começando como uma simples paródia do Homem-Aranha, Spinnerette é centrado na estudante de biologia Heather Brown, uma típica nerd socialmente retraida, que após um acidente de laboratório ganha poderes de aranha... incluindo quatro braços extras e a capacidade de soltar teias da... bunda (ou "da base das costas"). Como qualquer bom nerd com super-poderes, ela decide usar os novos dons para combater o crime, inicialmente sem muito sucesso - e ainda por cima com um processo contra ela por usar uma roupa parecida demais com a da Aracne/Mulher Aranha II, da Marvel!


Isso tudo enquanto tenta ocultar seus poderes (e braços extras) da população em geral, do seu professor orientador, e do governo. E como ela faz para esconder quatro braços a mais? Ora, com um traje de gorda, origem de uma parcela considerável do humor de Spinnerette. Outra grande parte do humor vem da imprudência e inexperiência da heroína, junto com a relação conturbada com a companheira de quarto e guardadora de segredos, a estudante de moda Sahira (responsável também pelo uniforme e a roupa de gorda).

 Tem pouco que dê para dizer de Spinnerette que não vá envolver spoilers consideráveis - o que pode ser dito tranquilamente é que o quadrinho envolve um elenco exótico e excêntrico, com heróis como o Tigre (que não é o Tigre Negro, só o Tigre, e que não usa anabolizantes!), Mecha Maid (parte máquina e parte empregada! Ou assim ela quer que pareça...), Green Gable (título passado entre as mulheres da sua família, pela primeira vez assumido por um homem! que não mudou a roupa!) e o meu preferido, o Lobisomem de Londres... Ontario.

A arte é fenomenal, com traço de Walter Gustavo Gomez (e duas edições de Fernando Furukawa), enquanto o roteiro não deve em nada - pudera, o quadrinho é do já veterano dos webcomics Sean Lindsay, vulgo Krazy Krow, que não perde nenhuma chance de referenciar outras HQs, webcomics, filmes e até coisas de RPGs (uma das primeiras vilãs era uma drider. De Dungeons&Dragons). Spinnerette no mínimo vale uma olhada, só para ver se agrada. Como dá para ver pela imagem ao lado, uma das edições só está disponível em forma impressa, e o livro já está esgotado... Também vale checar os outros quadrinhos de Sean Lindsay, todos em http://www.krakowstudios.com/. A arte é mais primitiva (até porque eram desenhados por ele mesmo), e o humor é mais bizarro, mas valem uma bisbilhotada.


sexta-feira, 4 de maio de 2012

Seattle ganha super vilão "de verdade".

Bem, parece que de fato super heróis atraem super vilões... Em Seattle, depois da figura bizarra que é o "super herói" local Phoenix Jones, agora surgiu também um super vilão, Rex Velvet. Uma figura tão maligna a ponto de ter uma cicatriz, um tapa olho e um bigodão (santo clichê Batman!) que está ameaçando Jones caso ele não "revele sua identidade e desista de combater o crime para sempre".


Meio atrasado nisso, Rex, já que Jones foi desmascarado no ano passado... Mas isso não vem ao caso, o que é realmente notável é quão "teatral" é a atuação de Velvet, divulgando suas ameaças pelo Youtube, com valores de produção incríveis. Sério, o cara parece ter seguido à letra algum manual de super vilania, e isso já o tornou uma das minhas "web celebrities" favoritas. Até o cenário é digno de uma HQ - parece que ele filmou tudo em um legítimo galpão abandonado ou lar subterrâneo, decorado com crânios e um quadro de Jones para que ele possa tacar coisas no seu "arqui inimigo".


Felizmente, por ora isso é só mais uma parte da comédia que se tornou a carreira de Phoenix Jones. O cara é bem intencionado, mas realmente talvez seja hora de parar, depois que ele quase foi morto por dois traficantes no ano passado. Espero ouvir mais do terrível Rex Velvet, e que ele se mantenha apenas no ambito de vídeos ameaçando Jones, ao invés de, vocês sabem, crimes de verdade. Melhor ainda se a pessoa por trás de Velvet arranjar mais "vilões" para intimidar Jones. Quem sabe combinar com algum empreendimento para encenar um crime e ,sei lá, dar uma apimentada na carreira do herói?