terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Morre o esgrimista por traz de Darth Vader

E o mundo nerd perde mais uma celebridade: no domingo faleceu o esgrimista olímpico Bob Anderson, mais conhecido para o público em geral como "aquele cara que faz as cenas de luta do Darth Vader". Inglês, Anderson entrou na carreira cinematográfica em 1952, como coreografo, enquanto mantinha carreira olímpica. Faleceu aos 89 anos, de causas naturais.

Longe dos olhos e do conhecimento dos espectadores, Anderson foi o responsável pelas cenas de luta do vilão em "O Império Contra-Ataca" e "O Retorno de Jedi" (o que explica a diferença para o Vader "travado" de "Uma Nova Esperança", onde as cenas de luta foram gravadas por David Prowse). Além disso, foi o coreografo de produções como "A Lenda do Zorro" e "O Senhor dos Anéis".




Anderson foi um dos três homens não vistos a interpretar Darth Vader: enquanto a voz do mais memorável vilão do cinema foi dada por James Earl Jones, o corpo de Vader era o do fisiculturista David Prowse, enquanto Anderson se responsabilizou pelas cenas de luta. Na trilogia original, a única cena em que Vader aparece sob a mascara, ele é interpretado por Sebastian Shaw - parte do "quarteto fantástico" que deu vida ao lorde Negro dos Sith.



Vai fazer falta, mesmo não tendo mais idade para continuar atuando fisicamente. E mesmo sem que grande parte do público soubesse que ele estava lá, marcou a infância, a juventude e a vida de milhões de fãs ao redor do mundo.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A Bee in the City

Não sei o que postar hoje, então aí vai uma série de vídeos da Botcon de 2008 - a leitura do script "A Bee in The City", mais um dos roteiros hilários que são feitos para convenções, e com o memorável vlogger Chris "Vangelus" Ho como o "moralmente ambiguo" Shockwave. Divirtam-se enquanto eu penso em outra coisa para postar. 

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Coisas que só a DC conseguiu passar...

Todas essas são velhas, mas boas: só para apontar uma coisinha - Como é que os desenhos da DC (e especialmente os do Batman) conseguiram passar tanta coisa pela censura? Raios, a musiquinha das aves de rapina é descaradamente sobre a performance sexual (e o pênis) de vários heróis... e passou no CARTOON NETWORK. Warner Animation, vocês são gênios... E só dos meus exemplos, temos a dança sensual coberta em torta da Harley, a Harley como um todo, e bem, vejam vocês mesmos alguns dos momentos "não acredito que passaram isso" do desenho da Liga da Justiça.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Até as crianças estão fartas de sexismo

Isso é uma das coisas que me deixa esperançoso ao ver: esse vídeo (linkado pelo site Comics Alliance) da pequena Riley, de apenas cinco aninhos, reclamando da maneira como as empresas de brinquedos codificam tudo por gênero, a ponto de que crianças como ela se sentem "forçadas" a gostar dos brinquedos certos, mesmo quando os mais legais para elas são "da cor errada". "Por que toda menina tem que gostar de princesas? Algumas meninas gostam de super heróis!" A indignação dela é compreensível, e um bom sinal de que as coisas devem mudar.

As coisas já foram melhores nesse sentido também. Enquanto este ano a LEGO se envolveu em uma polêmica devido a impossibilidade de se por nomes femininos nos robôs da linha Hero Recon - em especifico, no sistema DesignbyMe, um gimmick do site da linha para se criar personagens - anos atrás, ela fez essa campanha, sem codificação de gênero... e é assim que deveria ser.

Artwork para os 30 anos do He-Man

A Mattel divulgou na semana passada algumas das ilustrações para a coleção de 30 anos do He-Man - sim, ainda existe - mostrando um estilo mais "moderno", mesclando os designs originais, os do revival do herói em 2002 e os da linha Masters of the Universe Classic - produzida pelo grupo Four Horsemen e vendida pelo site MattyCollector.

Para ser franco, eu não dou muita importância, mas o trabalho de Alvin Lee para a linha chama bastante a atenção, com um visual dinâmico e que faz os velhos personagens da Filmation parecerem legitimamente dinâmicos e imponentes - e não acocorados como se tivessem em um vaso sanitário invisível. As imagens devem dar as caras nos produtos do He-Man a partir do ano que vem - e que dificilmente devem aparecer nas lojas brasileiras.

As informações são do site Comics Alliance.







segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Idéias Idiotas que deram certo: Beast Wars


Sim, mais um post sobre Transformers - e sobre o que é provavelmente o ponto mais "polêmico" da franquia - Beast Wars. Dependendo para qual parte da fanbase você perguntar, isso foi ou a salvação de Transformers, ou arruinou Transformers PARA SEMPRE. No meu caso, estou no primeiro grupo, e acho que o segundo são geewunners chatos que ao invés de se darem o trabalho de assistir a porcaria da série, e dar uma olhada nos bonecos, preferiram ficar reclamando de CAMINHÃO, NÃO MACACO, "Vehicles or nothing" e outros mimimis. Também tem o pessoal que é indiferente, mas esse não chama atenção.



Antes de entrar nos detalhes de BW, tenho que fazer uma pequena contextualização de QUANDO surgiu Beast Wars: em 1996, quando os primeiros bonecos de BW chegaram as lojas (e os profiles sugeriam que esses eram os mesmos personagens de geração 1), e o desenho começa a ser transmitido nos EUA, Transformers não ia bem das pernas: Os últimos bonecos de Geração 1 foram lançados apenas na Europa - e com sucesso limitado. Geração 2 foi um grande fracasso, os poucos moldes novos ou dependiam de gimmicks que não deram muito certo, ou eram "muito pouco e muito tarde". o "desenho" se resumia ao clássico (mal) remasterizado, e muitos dos bonecos eram os originais, com mudanças de cor não muito bem vistas. A situação havia chego a tal ponto que a Hasbro passou o selo Transformers para a recém adquirida Kenner, que recebeu a incumbência de salvar a linha de alguma maneira - qualquer maneira.


E a solução veio de maneira acidental pelo designer Chris Goss: em uma reunião criativa, Goss sugeriu mudar do estilo "quadrado" que a linha mantinha (e não se enganem: G2 foi o cumulo do cubismo em TF) para um visual "orgânico" inspirado na série Guyver - o que é perceptível nas "mascaras mutantes" dos primeiros bonecos de Beast Wars. Caiam fora os veículos e as formas bestiais robóticas, entravam animais "reais", robôs menores (em termos de ficção), e linhas arredondadas. E junto com a mudança visual, vieram as mudanças de engenharia: sem superfícies planas, a decoração não poderia mais ser feita com adesivos, e aproveitando o sucesso limitado dos Laser Rods, a maioria das articulações dos bonecos de Beast Wars eram feitas com juntas de bola, com uma posablilidade muito superior ao que se tinha antes - faltava agora vender.





Não vamos nos enganar aqui: por mais bem escrito que fosse, e por mais que inovasse em termos técnicos de animação, Beast Wars, como todo desenho de Transformers (e não venham dizer que G1 não era assim, por que era o mais descarado nisso), foi produzido como um comercial de brinquedos de 21 minutos - e sem muita vergonha, vide a maneira como introduzia novos conceitos e novos personagens "justamente a tempo dos novos brinquedos" - Transmetais e Fuzors, alguém?

E que comercial! Produzido pela Mainframe - a mesma de Reboot, a primeira série de animação completamente em CGI - Beast Wars contava com roteiros bem escritos, ótima animação para a época (e que supera tranquilamente Transformers Energon, de 2004), e um elenco invejável, compondo o que muita gente considera a melhor série de animação de Transformers.

Siiiiiiiimmmmmmmm
Embora o tempo não tenha sido muito gentil com a animação de Beast Wars, a série ainda é bem aproveitável, sem dúvida graças a caracterização: Garry Chalk consegue transmitir bem a "aura de liderança" do Optimus Primal (que não é Optimus Prime), David Kaye está simplesmente ótimo como um dos mais competentes e bem sucedidos Megatrons, e Scott McNeill constantemente rouba a cena, seja como o malandro Rattrap, o impiedoso Dinobot, o cavalheiresco Silverbolt, ou o patético Waspinator (de longe o mais memorável personagem de Beast Wars). Além é claro de Venus Terzo como a "femea fatal" Black Arachnia - a primeira "fembot" a ter um boneco.

O elenco reduzido - não são mais do que 25 personagens ao todo - também ajuda, com mais tempo para cada personagem. E as limitações do CGI evitaram o velho "coloca esses dez caras novos aí, saiu boneco" que marcava G1.


O bate boca entre Rattrap e Dinobot é uma das coisas mais marcantes de Transformers como um todo, e a caracterização do Dinobot, passando de um Predacon desertor - mas que não abandona a velha atitude - até um membro de fato dos Maximals, e posteriormente salvador da humanidade é outra coisa que flui naturalmente, e sua cena de morte é uma das melhores em toda a franquia de Transformers.


Acima: inexperiência.

Porém a maior surpresa de BW é definitivamente Ian James Corlett como o jovem e inexperiente Maximal Cheetor: enquanto toda outra série de Transformers tem um destes, Cheetor se destaca por ter um arco de personagem completo, passando de um jovem impulsivo a um membro competente dos Maximals de maneira natural (ao contrário de seu "Sucessor", Hot Shot, em Armada), até o ponto de assumir a liderança dos Maximals temporariamente em Beast Machines. 

Não achei uma boa imagem do Optimus Prime em BW, então
aceitem o Optimal Optimus - que tem menos que a metade do
tamanho do original. 
E em termos de texto, Beast Wars impressiona pela quantidade de boas referências: Shakespeare na morte do Dinobot, Silêncio dos Inocentes em uma das primeiras cenas do psicótico Rampage, e passagens pseudo bíblicas nos últimos dois episódios da séria. Isso para não mencionar as referências a Geração 1, e o momento épico em que as peças se encaixam, e vemos o quão IMENSOS os Autobots e Decepticons eram em comparação com seus descendentes.

Não que não houvessem alguns probleminhas: a animação é muitas vezes repetitiva, devido a atalhos de produção, o elenco reduzido as vezes cansa, e algumas tramas são dispensáveis. A primeira temporada tem um ritmo vagaroso, enquanto a terceira anda rápido demais. Muitas "piadinhas toscas" estragam algumas cenas, embora a equipe de produção tenha aprendido a maneirar com o tempo, e um dos pontos mais incomodos, a ultima forma do Optimus Primal, Optimal Optimus, é tão ridiculamente poderosa, que precisa ser incapacitada TODO EPISÓDIO.

Beast Wars deixou uma continuação meia boca nos EUA, Beast Machines, e duas "continuações" mediocres no Japão, Beast Wars II e Beast Wars Neo. Enquanto II é na melhor das hipóteses "assistível", com piadas ruins a cada 30 segundos, Neo meio que se salva perto do final, mas até lá, a animação ruim, a falta de ritmo, e o tom "PEGUE TODAS AS CAPSULAS" cansa - sina parecida com a de Transformers Armada, com um final muito bom, mas o resto muito ruim, e que também tinha Unicron como o vilão principal. Já os mangás de BW II e Neo, é melhor nem tocar no assunto.


Tem gente que não gosta de Beast Wars, e algumas vão me xingar por esse artigo... mas vejam por este ponto: gostando ou não, Beast Wars salvou a franquia do completo fracasso. Sem Beast Wars, não teríamos Robots in Disguise, a Trilogia do Unicron, Classics, Animated, Filmes, Prime, ou o que quer que seja: ao contrário, Transformers teria simplesmente acabado no meio da década de 90, deixando um vácuo de NADA, como aconteceu com os Go-bots; quem sabe um revival fracassado na década passada, como ocorreu como o He-man. E para mim, isso é arruinado para sempre. 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Todas as roupas do Batman, uma imagem

O desenhista Benjamin Andrew Moore publicou recentemente esse incrível infográfico com as principais revisões da roupa do Batman ao longo dos anos. Tudo bem, faltaram algumas, como as armaduras atualizadas do Azrael (todas horríveis) e o "Gunbat" Jason Todd - mas as principais, desde a primeira aparição em 1939, até a atual desenhada por Gary Frank em "Batman: Earth One", que deve ser publicada no ano que vem, marcam presença - e com a explicação do ano e mídia em que apareceram!
A versão completa você pode ver abaixo, após o link de leia mais. 

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