Mostrando postagens com marcador Robôs. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Robôs. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Juntas Soltas: Super Build Tiger

No começo dos anos 90, a decadência da linha Transformers levou a Takara a abandoná-la em prol de uma nova série de robôs transformáveis: Yuusha (ou "Brave"). Com designs do renomado Kunio Okawara e animação pela Nippon Sunrise - ambos envolvidos na maxi-série Gundam - a série irmã de Transformers desempenhou no Japão o mesmo papel que G2 desempenhou no ocidente: desenvolver novos conceitos de brinquedos. Com uma ênfase muito maior em Combiners, Yuusha aperfeiçoou vários dos conceitos de combinação estabelecidos em Transformers Victory, além de dar origem a vários outros - posteriormente utilizados em Transformers. Essa relação indireta com Transformers deu origem a ideia erronea porem recorrente de que eles tenham sido remoldados e relançados como Transformers - quando o oposto é verdade: vários Braves são reaproveitamentos de conceitos não utilizados, e o infame Deathgarrygun de Brave of Gold Goldran é um redeco simples do transformer Sky Garry enquanto o Thunder Dagwon de Brave Command Dagwon é um retool de Galaxy Shuttle de Transformers Victory.

É dessa era dos robôs transformáveis que vem nosso alvo do dia, Super Build Tiger, da quinta série Yuusha, Brave Police J-Decker. Com um tom mais leve do que sua antecessora, The Brave Express Might Gaine, J-Decker focava nas desventuras do departamento de polícia da cidade de Nagamari e seu jovem "Chefe", Yuuta Tomonaga no comando dos bravos robôs da Brave Police. A segunda unidade da Brave Police a ser introduzida na série, o Build Team forma o obrigatório grupo secundário de combinadores de qualquer série da franquia, o eterno apoio para o robô principal e seu parceiro de upgrade. Então, vamos por partes, ok?

quarta-feira, 8 de março de 2017

O medo dos robôs e o medo de uma revolução

O medo da revolta da máquina: acima de tudo,
o medo de uma revolta do proletariado.
No clássico cinematográfico Blade Runner, adaptado do livro Androids Dream with Electric Sheep, de Phillip K. Dick, um pequeno grupo de replicantes liderados por Roy Batty se revolta contra seus criadores em busca de seu direito à vida. Em Ghost in the Shell, de Mamoru Ohshii com base em Masamune Shirow, uma inteligência artificial passa a roubar corpos em busca não apenas do sentido de sua existência, mas de seu direito de existir. Já no conto All the Troubles of the World, de Isaac Asimov, o super computador Multivac manipula a humanidade para levar à sua própria desativação. E na canção Saviour Machine, de David Bowie, a epônima "máquina salvadora" tenta futilmente convencer a humanidade a destruí-la. 

Em comum as quatro histórias citadas tem a objetificação e escravização de mentes inteligentes - mesmo que artificiais - como motor de seus conflitos.   Embora o tópico seja abundante nos anais da ficção científica, é raro que saia do básico "computadores/robôs do mal contra a humanidade". Este temor pelo que nossas criações fariam conosco foi apelidado por Asimov de "Complexo de Frankenstein": a ideia obsessiva e irracional de que a humanidade esteja fadada a ser substituída por suas criações, assim como temia o doutor Frankenstein no livro homônimo.