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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

As 5 melhores e 5 piores histórias de Doctor Who moderno

Ao longo de seus 52 anos, Doctor Who já teve de tudo: aventuras históricas, suspenses sobrenaturais (que no fim eram aliens), épicos de fantasia espacial, histórias de horror e dramas humanos. Também teve sua boa soma de episódios excelentes e de histórias que jamais deveriam ter saído do papel. Aqui vão as cinco melhores e as cinco piores histórias do senhor do tempo desde seu reviva em 2005. A lista é opinião pessoal (obviamente) e muitos episódios excelentes não couberam, são só cinco, afinal.... Sintam-se a vontade para discordar.

As melhores

V - The Magician’s Apprentice/The Witch’s Familiar (Série 9, episódios 1 e 2)


O 12º Doutor (Peter Capaldi) reluta em salvar uma criança nos campos de batalha de Skaro após ouvir seu nome - Davros - e desaparece, cabendo a Clara Oswald (Jenna Coleman) e a Mestra (Michelle Gomez) encontrá-lo. Tudo parece indicar que o Doutor planeja morrer. Em Skaro, Davros (Julian Bleach) está morrendo e parece arrependido de sua maior criação, os Daleks. Depois de uma temporada medíocre, Doctor Who reabriu com uma história densa sobre até onde o Doutor está disposto a ir, seu modus operandi e seus arrependimentos. A excelente atuação de Bleach convence de que Davros esteja morrendo e arrependido - e surpreende quando o óbvio acontece - ou alguém realmente achou que Davros seria bonzinho?

IV - Human Nature/The Family of Blood (Série 3, episódios 8 e 9)

John Smith: uma vida que nunca seria

John Smith (David Tennant) é um um pacato professor em um colégio interno em 1913, seus sonhos assolados por visões de criaturas alienígenas, mundos distantes e uma caixa azul que viaja pelas estrelas. Enquanto floresce um romance com a viúva Joan (Jessica Hynes) os monstros de seus pesadelos se revelam reais, e sua criada Martha (Freema Agyeman) insiste que seus sonhos são reais e ele não é John Smith, mas O Doutor. Pesado e dramático, o episódio duplo aborda outro lado do Doutor: sua irresponsabilidade. Nem seu alter-ego humano John Smith, nem as pessoas ao seu redor tiveram qualquer escolha quanto a se envolver na guerra pessoal do Doutor contra a “Família de Sangue”, e menos ainda Martha foi consultada antes de ser arremessada em uma charada cruel e dolorosa, e as atuações fortes enfatizam o quão horríveis foram as ações do Doutor desta vez

III - Partners in Crime (Série 4, episódio 1)


Enquanto o 10º Doutor (David Tennant) investiga a “pilula milagrosa” da Adipose Industries, pouco imagina ele que Donna Noble (Catherine Tate) esteja fazendo o mesmo, após abrir seus olhos para o que há além de nosso pálido ponto azul após seu primeiro encontro com o Doutor. Enquanto os outros episódios dessa lista são demonstrações do quão boa a série pode ser quando é Dramática, a abertura da quarta temporada de Doctor Who é um dos melhores exemplos de como a série pode ser excelente quando mira em comédia. O timing de Tate e Tennant é impecável, a história é sólida e já estabelece as raízes para o conflito maior da tempora, e os aliens da semana são simplesmente adoráveis. Impossível não rir com o “diálogo silencioso” dadupla quando um nota a presença do outro.

II - Blink (Série 3, episódio 10)


Sally Sparrow (Carey Mulligan) teve um dia muito estranho: sua melhor amiga desaparece, conversas pré gravadas e pichações (deixadas pelo 10º Doutor) parecem conversar com ela, um homem dizendo ser o neto de sua melhor amiga sabia onde ela ia estar, e fora do seu campo de visão, as estátuas parecem se mover... Blink é horror em forma pura, introduzindo um dos monstros mais aterrorizantes de Doctor Who (os anjos lamuriantes) e um terror sutil e eficiente, sem depender de jump scares. A maioria dos episódios da série usam viagem no tempo para estabelecer cenário - desta vez, ela é um genial recurso de trama, resultando em um paradoxo de predestinação surpreendente. Que as cenas mais dramáticas sejam bem escritas e bem atuadas apenas reforça um dos melhores episódios da série. Não pisque.

I - Vincent and the Doctor (série 5, episódio 10)


Os episódios de Doctor Who envolvendo figuras históricas tendem a ser ruins, mas o encontro de Amelia Pond  (Karen Gillam) e o 11° Doutor (Matt Smith) com Vincent van Gogh (Tony Curran) não apenas escapa dessa sina, como se demonstra um dos melhores episódios de toda a franquia. Van Gogh é retratado com desenvoltura, e seu próprio sofrimento é refletido na “tristeza inexplicável” de Amy. O “monstro da semana” não distrai da história com o pintor holandês, e a reforça. Com uma trama sólida e uma homenagem de chorar ao pintor, não há candidato melhor ao primeiro lugar nesta lista.

As piores

V - The Lazarus Experiment (Série 3, episódio 6)


Richard Lazarus (Mark Gatiss, que escreveu o episódio) desenvolve uma maneira de rejuvenescer o corpo humano, a família de Martha Jones desconfia do Doutor (David Tennant), e tragédia acontece quando o procedimento milagroso de Lazarus o transforma em um monstro após a revelação de sua “regeneração”. The Lazarus Experiment é um episódio marcado por ciência ruim (o monstro seria “uma evolução perdida da humanidade”), uma trama formulaica (cientista faz o que não devia, tragédia acontece. Doutor inverte a polaridade do fluxo de neutrons, monstro morre. Monstro não morreu de verdade, monstro é morto de novo, pra valer) e efeitos especiais terríveis: Lazarus, em sua forma monstruosa, parece saído diretamente de uma abertura de videogame.

IV - Kill the Moon (Série 8, episódio 7)


Para compensar as consequências de sua falta de tato no episódio anterior, o 12° Doutor (Peter Capaldi) leva Clara Oswald e Courtney Woods (Ellis George) para a lua, no distante ano de 2049, quando a humanidade deve tomar uma decisão crucial: matar ou não o misterioso embrião dentro da Lua. Com uma ciência atroz, o Doutor de Capaldi sendo mais abrasivo, manipulador e prepotente que de costume e uma tentativa extremamente forçada de um discurso sobre aborto e sobre exploração espacial, esse episódio só levanta uma pergunta: por quê você existe? Cada idéia boa nele é desperdiçada em um final inconsequente (com um dos piores "conselhos profundos" já vistos). E quase que completamente ignorado pelo episódio seguinte.


III - In the Forest of the Night (Série 8, episódio 10)



A primeira temporada de Peter Capaldi simplesmente não foi boa, e o último episódio antes do clímax (que começou excelente e teve uma segunda parte mediana). Em uma trama que só poderia ter saído de alguém com cérebro de pudim, o planeta é instantaneamente coberto por uma vegetação densa, e o Doutor tem que encontrar Clara, Danny e um grupo de crianças em meio a floresta que Londres se tornou, antes que a Terra seja atingida por uma tempestade solar e a vida chegue a seu fim. In the Forest of the Night é quase um manual de como fazer Doctor Who ruim: ciência horrível para os padrões da série, uma trama simplória, um Deus ex Machina como solução, e uma mensagem ambiental dada com a delicadeza de um Dalek. E do nada, Fadas.

II- Love and Monsters (série 2, episódio 11)



O primeiro episódio que não foca suas atenções no Doutor, Love and Monsters tinha uma premissa interessante (o desenvolvimento de laços de amizade entre várias pessoas por suas próprias obsessões com o Doutor) mas a desperdiça em uma história incoerente, personagens monótonos, atuações ruins de bons atores, defeitos especiais e um vilão que pareceria ridículo em um episódio de Power Rangers. Mas para adicionar insulto a injúria, o episódio inteiro conta com uma quantidade absurda de insinuações sexuais com nosso irritante narrador, Elton Pope (Marc Warren), se encerrando em uma piada desagradável sobre sexo oral com o que sobrou do seu interesse romântico, Ursula Blake (Shirley Henderson): seu rosto ainda vivo em uma laje de cimento. E o 10º Doutor tem precisamente duas cenas nesse desastre, não passando de um Deus ex Machina no último segundo.

I - Sleep No More (série 9, episódio 9)

O ataque da remela assassina...

O primeiro episódio de Doctor Who no estilo “found footage”, Sleep No More é outro episódio cunhado por Mark Gatiss com uma trama ridícula e ciência abismal até para os padrões de Doctor Who. A bordo de uma estação espacial em órbita de Netuno, uma equipe de resgate encontra o monstro mais terrível de todos: remela assassina! Essa narrativa absurda nos é apresentada como um vídeo editado por Gagan Rasmussen  (Reece Shearsmith), criador do sistema “Morpheus”, uma máquina que substitui o sono - e que induz a alterações neurológicas que induzem a evolução da remela a um predador mortal (?!). Com personagens desagradáveis, atuações fracas, o Doutor contribuindo em nada para a trama, um estilo de filmagem desorientador e uma única cena decente destruída pelo que se sucede, Sleep no More é tranquilamente o pior episódio de Doctor Who, e não só das séries modernas.


segunda-feira, 19 de março de 2012

É hoje: Doctor Who na Cultura! Fantástico! Allons-y! Geronimo!

Só um grande lembrete: é hoje a estreia nacional de Doctor Who, na TV cultura. A única TV pública do país adquiriu as seis temporadas "atuais" do mais antigo seriado de FC em produção, produzido pela BBC desde 1963 - são quase cinquenta anos, com uma "pausa" entre 89  e 96, e outra ente 96 e 2004.

Mas indo ao que interessa... o bom Doutor chega as telas brasileiras às 20h20, e será exibido de segunda a sexta. Quem não gostar da dublagem (que nem eu) pode usar a tecla SAP para ver com o áudio original. Resta agora saber se a série será bem recebida por aqui, mas no meu ver... qualquer coisa que leve as pessoas a assistirem a Cultura ao invés da Globo, Record, SBT ou Rede TV é boa notícia. Allons-y!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Doctor Who a caminho das TVs brasileiras

Bem, as lendas são verdadeiras, e para a felicidade geral, dia 19 de março Doctor Who finalmente chega a televisão brasileira. Com a estréia da série pela TV Cultura, o público brasileiro finalmente tem acesso a série que tem encantado fãs na Inglaterra e no mundo desde 1963. (mais sobre a série aqui - ou no site TARDIS Index File)

Por motivos que devem parecer óbvios, o que a TV Cultura vai passar é o pós revival de Doctor Who, começando pela série um, com Christopher Eccleston como o nono Doutor, e Billie Piper como a companheira de viagens,  a jovem Rose Tyler. Além das questões estéticas quanto a série antiga, há também a degradação de muitos dos episódios originais - incluindo a perda de boa parte das histórias dos dois primeiros doutores.

Como deve ter dado para notar, a dublagem infelizmente não é das melhores. Porém, para quem tem acesso a função SAP, o canal também vai passar com o áudio original e legendas. A decisão de passar dublado foi da própria BBC, antes que nerds esquentadinhos comecem a pular na garganta da TV Cultura.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Continuidade feita direito: Doctor Who séries quatro e cinco

Esta é bem breve, mas é só um comentário sobre como introduzir elementos novos na trama sem correr o risco de estragar nada. Por motivos óbvios, o texto está CHEIO de Spoilers.


Os finais de temporada de Doctor Who de 2008 e de 2010 batem perfeitamente um com o outro, apesar de ter mudado o diretor, a equipe de roteiro, o ator principal, e o produtor executivo! No final da serie dois de Doctor Who (2006), a então companheira do Doutor, Rose Tyler, foi "exilada em uma realidade alternativa (vulgo, o mundo do Pete). Na série quatro (2008), ela retorna a realidade normal aproveitando "uma brecha entre as realidades" - e em "Journey's End", o final da série quatro, é revelado que ela veio de um mundo do Pete dois anos no futuro, em que as estrelas estão se apagando.

Bem, vendo os eventos de "Stolen Earth" e "Journey's End", é de se imaginar que as estrelas estão se apagando como resultado da "bomba de realidade" do Davros, que iria apagar TODAS as realidades... mas o final da série cinco, "Pandorica Opens" e "The Big Bang" sugere diferente... Rose revela que veio de dois anos no futuro em "Journey's End" - em novembro de 2008. Em "Pandorica Opens", é revelado que a destruição da TARDIS faria com que "o silêncio caísse", e destruiria... todas as realidades (nossa, gostam de reaproveitar ameaças...) - o legal é que isso levou a aliança mais improvável da história de Doctor Who, quer dizer Daleks, Cybermen e Sontaranos trabalhando juntos? MADNESS!. Quando isso ocorre? 20 de novembro de 2010. Como a BBC faz o possível para evitar plot holes em Doctor Who, de alguma maneira Steven Moffat conseguiu encaixar as coisas perfeitamente... E é basicamente isso que eu queria spoilerar.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Doctor Who: Fantástico, absolutamente Fantástico.

 /Bem, creio que não seja nenhum segredo o fato de eu ser fã do seriado britânico Doctor Who. E como um bom fã, vou aproveitar para fazer um pouco de "propaganda extra", assim por dizer. Perto de completar 50 anos (!!), Doctor Who não é nenhum "peixe pequeno" da Ficção Cientifica televisiva, e é lamentável que não passe aqui no Brasil. Então só por fazer, aí vai um "artigão" sobre o bom Doutor, e suas encarnações. Allons-y!

Enquanto tantos outros seriados de FC estão cercados por uma narrativa militarista (e não se enganem: por mais que a federação de Star Trek seja pacífica, a Enterprise ainda é uma estrutura militar), Doctor Who parte por um viés raramente explorado pela FC em vídeo - na literatura é outra história -: o herói quase que puramente intelectual. Sim, temos cenas de ação, mas é raro que o Doutor escolha a violência como solução. Isso quando ele não tenta salvar o inimigo da vez - mesmo quando este não mereça piedade, caso como o do Mestre

Nada de armas ou resolver as coisas com lutas empolgantes aqui, todas as soluções do Doutor dependem do cérebro, do ambiente ao seu redor, e de uma boa dose de improviso - não que uma chave de fenda sônica não ajude 90% das vezes (e quem que olha para uma chave de fenda e pensa "isso precisa ser sônico"?). Também ajuda o fato do Doutor - embora seja um alienígena do espaço que viaja em uma cabine telefônica (longa história, para resumir, a TARDIS tem problemas no sistema de camuflagem) - ser um dos poucos personagens céticos da televisão retratado de maneira consistentemente positiva no seu ceticismo.
Sim, temos alienígenas aos montes em Doctor (todo episódio, na verdade), mas nada de espíritos, assombrações, feitiços e outros elementos sobrenaturais. Até as coisas que parecem mágicas (tipo as Carrionitas de "The Shakespeare Code) são casos da terceira lei de Clarke (qualquer tecnologia avançada o bastante é indistinguível de magia). E isso não apenas mantém a consistência da série, mas passa uma mensagem muito rara hoje em dia: a realidade é bela o bastante vista pelos olhos da ciência, sem ter que meter magia no meio "para ficar fantástico". 

E mesmo sem "magia", não são poucos os seres incríveis encontrados pelo Doutor: dos malignos Daleks e desumanos Cybermen, até a bizarra consciência Nestena, passando pelos Sontaranos e os Senhores do Tempo. Combustível de pesadelo puro nos Anjos Lamuriantes e nos Vashta Nerada, até o trash do trash com os Guerreiros do Gelo e os Raxicollafalapatorios. O Doutor já enfrentou de tudo.

São 49 anos de aventuras do Doutor, passando por até agora 11 atores, cada um com uma leitura levemente diferente do personagem - e sem que a série tivesse um "reboot" a cada novo ator. Muito pelo contrário: em uma sacada genial da BBC, quando tiveram que trocar o ator pela primeira vez, por ser um "Senhor do Tempo", o Doutor pode se regenerar, com um novo rosto, um novo ciclo de vida completo e uma personalidade levemente diferente. Junte isso a um elenco extremamente longo de companheiros, e tem material para agradar a quase todo mundo.

O primeiro Doutor: William Hartnell (1963-1966)

One day, I shall come back. Yes, I shall come back. Until then, there must be no regrets, no tears, no anxieties. Just go forward in all your beliefs and prove to me that I am not mistaken in mine
Ranzinza, excêntrico, e misterioso, o Doutor original começou como um velho rabugento com ares de intelectual. Com o tempo, foi se tornando mais amigável e mais gentil, embora como qualquer encarnação do Doutor tivesse seus momentos de fúria que ressaltavam o quão "além" da humanidade ele está. Hartnell sofria de arteoesclerose, e não consegui lembrar de muitas das falas (o que resultava em muitos "hmmmm..." e "eh"). Vendo que não conseguiria continuar no papel, pediu para ser substituído - a ideia da regeneração foi dele - e ao final de "The Tenth Planet", o Doutor "morria", aparentemente em função da idade. No seu lugar surge...


O segundo Doutor: Patrick Troughton (1966 - 1969)
There are some corners of the universe which have bred the most terrible things. Things that act against everything we believe in. They must be fought! 
Muito mais "leve", o segundo Doutor era um personagem mais bem humorado, e muito mais "rebelde" e contrário a autoridades do que o primeiro. Embora Hartnell tenha dado "vida" ao personagem, é com Troughton que o Doutor assume forma: excêntrico, distraído, vestido de maneira ridícula, sempre preparado para o que seja (graças a bolsos maiores por dentro do que por fora), Troughton codificou o que é o Doutor. Sua despedida foi mais dramática do que a de Hartnell: condenado pelos senhores do tempo por sua interferência em outros mundos, foi forçado a assumir outra identidade, e ficou ilhado na Terra sem sua Tardis por um tempo, dando lugar à...

O terceiro Doutor: John Pertwee (1970-1974)

You know, Jo, I sometimes think that military intelligence is a contradiction in terms.
Mais voltado para a ação, o terceiro Doutor trabalhou junto com a U.N.I.T (United Nations Inteligence Taskforce) no combate às ameaças extraterrestres contra a Terra. De certa maneira, a passagem de Pertwee pelo papel é um longo filme de ação, com cenas de luta marcadas pelo "Aikido Venusiano", apetrechos fantásticos, e perseguições automobilisticas com o 'Whomobile". Um verdadeiro "dândi", o Doutor de Pertwee é marcado por um figurino exótico, um apreço por bons carros, e por uma arrogância sem igual, se considerando superior a todos os membros da UNIT - talvez com razão. É com Pertwee que a chave de fenda sônica vira um instrumento comum. O terceiro caí vitima de envenenamento radioativo e dá lugar para...

O quarto Doutor: Tom Baker (1974-1981)

You may be a doctor, but I'm the Doctor. The definite article, you might say.
Sem dúvidas o mais famosos e icônico dos doutores "Clássicos", Baker manteve o papel por sete anos - mais do que qualquer outro Doutor - e de certa maneira é o Doutor "definitivo" para muitos fãs. Otimista, boêmio, e com uma mentalidade muito mais "alienígena" do que os anteriores, e uma vestimenta facilmente reconhecível, com o imenso cachecol, Baker é também o mais amigável dos Doutores clássicos.

Embora nos seus primeiros seriais fosse tão "herói de ação" quanto Pertwee, com o tempo foi se tornando mais disposto a negociar com o monstro da semana - ou oferecer uma jujuba - do que "cair na porrada". Apesar disso, foi Baker que protagonizou a maior e mais brutal cena de luta de Doctor Who, em "The Deadly Assassin".  O quarto morreu ao cair de uma torre de satélite, salvando todo o universo de ser dominado pelo Mestre, e deu espaço para...

O quinto Doutor: Peter Davison (1981 -1984)

Fifth Doctor: When was the last time you smelt a flower, watched a sunset, ate a well-prepared meal?Cyberleader: These things are irrelevant.Fifth Doctor: For some people, small, beautiful events is what life is all about!

Então o mais jovem ator a assumir o papel (aos 29 anos), título que só perdeu com a entrada de Matt Smith no papel, em 2009 (!!), o Doutor de Davison era um personagem mais vulnerável, de coração nobre e gentil, facilmente chocado pelos acontecimentos. Embora o quinto fosse o Doutor menos violento, suas histórias foram as com as maiores contagens de corpos - e foi o gentil, pacato e pacifico quinto que ficou sem fazer nada para ajudar enquanto o Mestre queimava até a morte.
Como de costume, o figurino de Davison também era marcado por esquisitices, mais do que os anteriores: isso inclui o detalhe de interrogação no colarinho, os óculos puramente estéticos, tênis junto com o que é essencialmente um traje eduardiano, e o mais bizarro: um talho de aipo preso a lapela, por algum motivo. isso foi escarnecido pelo décimo em um especial, em 2007.
Tenth Doctor: (Mocking his fifth self, to his face.) Hey! I'm the Doctor, I can save the Universe using a kettle and some string and look at me, I'm wearing a vegetable!
Novamente, o Doutor morreu vitima de envenenamento, usando a ultima dose de antidoto para salvar a então companheira, Peri, e no seu lugar tivemos que aguentar...

O sexto Doutor: Colin Baker (1984-1986)

This is a situation that requires tact and finesse. Fortunately, I am blessed with both.
O mais rejeitado dentre os Doutores - uma tentativa muito mau feita da BBC de deixar o personagem mais "sombrio" e mais "polêmico", o segundo Baker (sem parentesco com o Quarto Doutor) trouxe uma personificação instável, muitas vezes violenta, e que fazia o terceiro parecer extremamente humilde. Com o pior figurino da série (sério, ele parece um palhaço do inferno), nenhuma consideração pelos seus companheiros, métodos brutais de se livrar dos inimigos (incluindo jogar dois guardas em um tanque de ácido, e escarnecer em seguida) e um vocabulário digno de alguém que engoliu um dicionário, Colin Baker foi o primeiro - e único - Doutor a sair do papel por ser demitido pela BBC. Com uma morte indigna, deu espaço para...

O sétimo Doutor: Sylvester McCoy (1987-1989)

You can always judge a man by the quality of his enemies.
Depois de uma regeneração ingrata, basicamente "dando de cara no chão dentro da TARDIS", o sexto deu lugar ao sétimo em uma da mais patéticas cenas de regeneração da história de Doctor Who. Colin Baker se recusou a gravar a "sua" cena de morte, então o sexto foi feito de maneira pouco convincente por McCoy com uma peruca...

Dado a planos intricados, e usando do cérebro para manipular e ludibriar tanto inimigos quanto aliados, esta foi a encarnação mais intelectual - e mais insensível - do Doutor. Embora se recusasse a matar, não via problemas em traumatizar, ou em usar pessoas como ferramentas. McCoy retornou ao papel em 1996 para o filme de Doctor Who, onde é baleado no meio de uma briga de gangues, e é morto por uma médica incompetente que tenta retirar um dos seus corações, regenerando no...

O oitavo Doutor: Phil McGann (1996)

I love humans. Always seeing patterns in things that aren't there.
A versão mais breve do Doutor, protagonista de um filme para a TV que deveria ter relançado a série, sem sucesso. McGann trás um Doutor romântico, fascinado com a vida, a humanidade e o universo. McGann infelizmente não teve tempo de explorar o personagem, embora tenha retornado ao papel para algumas histórias em áudio. Depois de enfrentar o Mestre no que parecia a última vez, o Doutor ficou fora das telas até 2005, com...

O nono Doutor: Christopher Eccleston (2005)

Time travel is like visiting Paris. You can't just read the guidebook, you've gotta throw yourself in! Eat the food, use the wrong verbs, get charged double and end up kissing complete strangers - or is that just me?
As vezes cínico, marcado pela culpa, e dado a acessos de euforia, o retorno do Doutor após nove anos sem episódios novos o mostrava como o último sobrevivente da Guerra do Tempo, após a completa extinção dos Senhores do Tempo - por suas próprias mãos. Muito mais "urbano" e malandro do que seus antecessores, o Nono teve apenas uma única temporada, marcada pelo início da relação do Doutor com a jovem Rose Tyler, e a lenta revelação dos eventos horríveis por trás da Guerra do Tempo. Por vezes cruel, adorava explosões (praticamente explodindo ao menos uma coisa por episódio) e era muito seletivo com seus companheiros - o nono foi o primeiro Doutor a expulsar  alguém de dentro da TARDIS. Após absorver a radiação do vórtice do tempo, virou...

O décimo Doutor: David Tennant (2006-2010). 

You need to get yourself a better dictionary. When you do, look up "genocide". You'll find a little picture of me there, and the caption'll read "Over my dead body"!
Para os fãs "modernos", o Doutor definitivo: empolgado, eufórico e ao mesmo tempo impiedoso e misericordioso, o Doutor de Tennant abusava de referências a cultura pop, e a discursos longos - e extremamente acelerados. Embora sempre oferecesse uma chance para o vilão da vez de ir embora sem problemas, para quem recusava a oferta, reservava um destino pior  do que a morte. Foi o primeiro Doutor a se mostrar explicitamente apaixonado: embora tenha conquistado o coração de muitas mulheres, seus sentimentos eram focados apenas em Rose Tyler. Depois de perder Rose duas vezes, afastar vários outros companheiros, ganhar e perder uma filha, e apagar a mente de Donna Noble, além de causar a morte do único outro Senhor do Tempo vivo - o Mestre - o décimo se tornou um tanto suicida, e obcecado em evitar mortes a qualquer custo. Essa atitude lhe levou a se declarar acima das leis do tempo, e acima de qualquer autoridade - passando da linha. Depois de absorver uma dose imensa de radiação - e resistir a sua regeneração para se "despedir' de todos seus antigos companheiros - relutantemente regenera...

O décimo primeiro Doutor: Matt Smith (2010 - atual)

Amy Pond, there's something you better understand about me, 'cause it's important and one day your life may depend on it: I am definitely a madman with a box!
Ainda misterioso, o 11º Doutor tem um ar de "homem velho em um corpo jovem". Aos 26 anos, Matt Smith tomou o título de ator mais jovem a fazer o Doutor - e certamente, a versão mais excêntrica do personagem. Com gostos estranhos (empanados de peixe com creme de ovos?!), uma estranha obsessão por chapéus, e um grande apreço por gravatas borboleta, essa encarnação também consegue ser a mais imatura - a ponto do papel psíquico ser incapaz de virar alguma prova de que ele é um adulto responsável, pois a mentira seria grande demais. Resta agora saber até quando Smith ficará no papel - ao menos até 2013, está confirmado.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Muppets+Doctor Who: Awesome

A desenhista Amy Mebberson fez em julho essa imagem excelente, escalando os muppets como personagens de Doctor Who. E é isso por ora.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Doutor quem?

Pois então, este fim de semana eu finalmente comecei a assistir a série inglesa Doctor Who - com muito tempo de atraso, pois tem oito anos que eu quero assistir isso, e se eu for ver a série toda, tenho 48 anos para acompanhar. Por mais "trash" que Doctor Who possa parecer, como toda boa série da Inglaterra, os baixos valores de produção são compensados pelo roteiro e a atuação - e pelo que é provavelmente o único caso, ter uma justificativa perfeita para as trocas de ator do protagonista, o misterioso "Doutor", um senhor do tempo do planeta Gallifrey, que como todos de sua espécie, ao chegar perto da morte regenera com uma nova aparência e caráter. Abaixo tem um pequeno infográfico sobre as até agora 11 regenerações do bom doutor. Recomendo muito a série, embora tenha começado pelas histórias do 10º Doutor - algum dia eu acompanho os anteriores.