segunda-feira, 30 de abril de 2018

Juntas Soltas: Titans Return Blaster

Tem certas figuras que não se espera que sejam atualizadas - quer por serem obscuras demais, estranhas demais, redundantes, ou por terem altmodes datados demais - e o Autobot Blaster se encaixa em todas as categorias - seu altmode é seriamente datado - um boombox nos dias de hoje? Seu papel é redundante - ou ele é um Soundwave para os autobots, ou só mais um "especialista genérico". O conceito de um robô gigante que vira um aparelho de som é simplesmente insólito. O design é um dos mais genéricos entre todos os autobots - e o personagem, salvo pelos fãs dos quadrinhos da Marvel, é essencialmente um Jazz de pobre.

As parcas tentativas de modernizá-lo antes de Titans Return - que finalmente trouxe um Blaster como ele costumava ser - tentaram desligá-lo de seu altmode absurdo - e o aproximaram ainda mais de um "Soundwave do bem": em Universe, usando do molde do Soundwave de Cybetron, ele foi um jato. Em Fall of Cybertron, foi literalmente um Soundwave vermelho e menos agressivo. Na obscura Device Label, foi um laptop-que-na-verdade-era-um-roteador. E em Binaltech, foi um retool do Autobot Skids - uma van, alt mode que depois viria a ser usado por Soundwave em Animated.



ALT MODE



Como em G1, Blaster é um boombox, com uma alça para segurá-lo e botões moldados na parte dianteira. Não é um boombox perfeito, mas há uma grande atenção para detalhes.


A começar pelo botão de ejetar na parte superior, que revela... um controle remoto? Um trio de canhões? Ok, ele não é perfeito e isso não é uma fita (nem está na posição certa para uma), mas dá para o gasto. O compartimento também pode ser ocupado pela forma de tablet de alguns legends de Titans Return.


Apesar de algumas frestas, a parte traseira conta com vários detalhes para melhorar a ilusão (as fotos são da forma de base), como a entrada para fones de ouvido, o botão de liga e desliga e entradas para cabos.



O controle remoto conta com um bom nível de detalhes, apesar de ser oco quando visto por baixo e ter um imenso BURACO  na parte superior.


A face inferior oca também pode ser usada para armazenar seu Titanmaster, Twincast.

Titan Master: Twincast



Há uma tendência entre os Mestres Titãs em serem uma versão pequena de seus parceiros - e Twincast, batizado em homenagem ao "upgrade" do Blaster em The Headmasters, exemplifica isso muito bem: ele é literalmente um Blaster diminuto.


Como todo Mestre Titã, ele conta com ball joints no pescoço e ombros e dobras nos quadris e joelhos. Além disso, ele pode usar o controle remoto como um tanque a jato. Weeee

Forma de Base




Como todo Leader Class de Titans Return que não se chama Sixshot, Blaster conta com uma terceira forma como um base ou fortificação. Em seu caso, é de se presumir que seja um centro de comando fortificado, marcado por um par de helipontos, várias antenas de comunicação e guerra eletrônica e um imenso conjunto de armas na parte superior.


O deck da "fita" passa a ser um terminal de controle para um mestre titã, operando o rifle da forma de robô - não tem nada que "prenda" o mini-robô no lugar, mas ele fica bem sentadinho.


A fortificação conta com vários pontos para encaixar armas e para prender minifiguras, junto com duas rampas para conectar em outras bases.

MC HARDHEAD E DJ TWINCAST!

Outra maneira de interpretar isso é... um palco, com o terminal servindo como a cabine do DJ. Pra quem prefere algo mais pacífico.


O antigo controle remoto/minitanque vira um trio de canhões para acompanhar as armas montadas sob o que serão seus antebraços.


No geral, é uma das bases mais funcionais da linha.

Forma de Robô



Blaster passa de um boombox quadradão e uma base bem planejada (que lembra um pouco o Centro de Comando de G.I. Joe)  para um robô retrô e extremamente parecido com seu boneco original, com linhas retas e um peito largo que destoa do padrão mais "animesco" de outros bonecos da linha e das linhas mais dinâmicas dos designs da IDW.


Como em todo líder,o Mestre Titã por si só resulta em uma cabeça diminuta. Ao contrário de Revolver, do Sixshot, ele não é só um rosto, mas ainda assim parece uma cabeça incompleta - no caso, parece ter um capacete "faltando"...


O capacete fica armazenado nas costas do robô, e seu visor alinha com o escalpo do Mestre Titã, gerando a ilusão de "óculos escuros" - a técnica é engenhosa, pena que só funciona com Twincast.



Com o capacete, ele parece um tanto "cabeçudo", mas antes isso do que a cabeça liefeldiana sem ele...


Em termos de articulações, nada excepcional, mas nada a desejar: ratchets nos ombros, qudris e cotovelos, dobras nos joelhos, rotações nos bíceps, coxas e pescoço, e uma inclinação nos calcanhares. Nada na cintura e nada de rotação nos pulsos - o que é uma pena. 


Em termos de armamento, Blaster conta com seu rifle eletro-misturador, mais detalhado e melhor proporcionado do que sua versão original...


...um conjunto de canhões que se desdobram de seus antebraços - são cinco canhões ao todo, dois no braço esquerdo e três no direito...


E os canhões do controle remoto, se o compartimento não estiver sendo usado por um legends. Um arsenal que fica aquém de outros leaders da linha, mas não é nada mal para um oficial de comunicações. 



Considerações finais



Blaster foi uma das maiores surpresas de uma linha feita de surpresas - e uma surpresa muito positiva. Ele poderia contar com mais pontos de articulação e com mais armas ou mais gimmicks, mas o mero fato de termos um Blaster ao estilo de G1, com seu altmode original preservado já é ótimo - que seja uma figura funcional, posável e dinâmica, ainda por cima? DAYUMN.

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