quinta-feira, 2 de março de 2017

Juntas Soltas: Dark of the Moon Shockwave

Os filmes de transformers, verdade seja dita, fizeram um desuso absurdo dos Decepticons... e ninguém foi mais desperdiçado do que Shockwave, reduzido de seu papel como "Spock do Mal" e gênio científico dos Decepticons para um capanga glorificado confundido com seu animal de estimação em O Lado Oculto da Lua. Maaas onde os filmes fracassaram como narrativa, tiveram sucesso em algo que me é de mais interesse: produzir brinquedos. E o terceiro filme, por mais que seu gimmick - Mech-Tech, armas com dois modos e proporções dignas de quadrinhos dos anos 90 - fosse um fracasso rendeu algumas das melhores figuras do universo cinematográfico de Transformers. Como seria de se esperar, Shockwave deu as caras na linha de Dark of the Moon (ao contrário de seu clone de duas cabeças, que não apareceu na linha de Age of Extinction) na segunda maior categoria de tamanho, trazendo mais uma modernização do lógico Decepticon. Uma modernização que, logicamente, abandonava sua antiga forma como uma pistola futurista...


Forma de Veículo


Uma crítica comum às formas "cybertronianas" de alguns bonecos dos filmes é que elas não parecem tanto com veículos quanto parecem robôs contorcidos. A crítica definitivamente é válida para gente como o Fallen ou os bonecos do Megatron do primeiro filme... mas claramente não se aplica ao Shockwave. 


O que temos aqui é um tanque alienígena, seguindo a escola dos Shockwaves e Shockblasts de Energon e Animated, sem muitos detalhes da forma humanóide à vista e um imenso canhão laser (algo que era todo o alt-mode dele em G1). Infelizmente, o veículo não rola muito bem. As armas podem ser removidas, o que te deixa com... uma plataforma. 


O maior detalhe da forma de robô a vista nesta forma fica na frente: assim como Megatron nos dois filmes anteriores, Shockwave tem sua cabeça exposta - embora sua blindagem a cubra bem melhor que ocorre com seu líder. Perdão pela foto meio estourada.

Forma de Robô



Enquanto outros Decepticons ficaram quase irreconhecíveis no filme, Shockwave conseguiu preservar os elementos essenciais de seu design. A cabeça com um olho só, o canhão no braço ligado às costas por uma mangueira e o plástico roxo tornam a figura imediatamente reconhecível como um Shockwave, e os detalhes "esqueléticos" dão um perfil visual distinto em meio às figuras dos filmes sem parecer deslocado.



A cabeça conta com um dos melhores light-pipes vistos na linha, e representa com perfeição a cabeça vista no filme. 


Para uma figura dos filmes, as articulações de Shockwave ficam no terreno do "mediano". Juntas firmes em todos os lugares essenciais, mais do que capazes de aguentar o peso de sua imensa arma Mechtech são complementadas por mãos facilmente ocultadas, mas infelizmente falta uma junta na cintura e outra mais importante...


Devido a construção dos braços, Shockwave sofre de um cotovelo que só se move para os lados. A rotação no bíceps faz pouco para resolver o problema, dado que isso resulta nas palmas ficarem viradas para cima. 


Um dos melhores detalhes em termos de design visual - a mangueira presa às costas - também acaba impedindo a articulação do braço com a arma um pouco. Ela pode ser removida caso desejado, ou remanejada para sair do caminho um pouco.

Tailgate sendo meu saco de pancada. Denovo. 

O canhão conta com seus próprios segredos: um botão na parte traseira revela mais dois canhões. Como qualquer arma mech-tech da classe voyager, a arma pode ser travada nesta forma, mas Shockwave leva a vantagem de não parecer que vai quebrar para isso.



Tanto o canhão quanto a lâmina no braço podem ser removidos, deixando um robô um tanto genérico - salvo pelos detalhes de esqueleto - com todo o charme de um mono-eye. As armas também podem ser trocadas de lado, caso seja esse o interesse.

Considerações finais



Como a terceira versão "moderna" do clássico Decepticon de um olho só (não contando Binaltech), Shockwave segue um padrão que já estava começando a ficar cansado, mas o faz com maestria. Sim, a articulação é um tanto limitada e o tanque é meio que um retângulo com esteiras. A cabeça fica visível e o visual não encaixa fora dos filmes, mas tudo que ele se propõe a fazer, faz bem. 

Mais do que isso, Shockwave demonstra que o estilo visual dos Decepticons dos filmes não precisa torná-los massas cinzentas não identificadas (por mais que o filme tenha feito isso, apagando o roxo até ficar azul acinzentado)  e que veículos cybertronianos não precisam ser "robôs estirados". 

Ainda assim, isso é uma figura dos filmes e é um voyager. O tamanho pode ser insuficente para alguns (um problema ampliado pelo uso de material para fazer sua arma) e a estética é inconfundivelmente a da Paramount. Infelizmente, o quarto filme não fez uso de nenhuma das lições aprendidas com ele: a linha só contou com dois decepticons nas categorias tradicionais de figuras, ambos transformando-se em carros. 

Bom e lógico. E lamentavelmente esquecido.

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