terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

5 inimigos (muito) frustrantes da geração atual

Todo gamer já passou por isso: os inimigos absurdamente irritantes e frustrantes que pipocam a torto e a direito por games. Quem nunca sofreu nas mãos das cabeças de medusa de Castlevania, caiu em um buraco devido aquele um morcego que você não viu na hora de saltar, perdeu eras vendo "Pikachu has hurt himself in his confusion" por causa de um Zubat, ou foi jogado em um buraco por causa de um maldito Metool que se recusou a se levantar até a hora em que você decidiu "dane-se, vou pular"? O tempo passou, os jogos evoluíram... mas os inimigos torturantes não foram embora. Para você que ainda sofre com isso, cinco "aranhas demoníacas", como muito bem definiu o TVTropes, dessa geração de games que agora chega ao seu fim.


# 5: Gracious&Glorious (Bayonetta)


Não... não esses - esses são a versão normal

Sério, a própria Bayonetta deve ter comido mais recursos
do que o resto do jogo.
Ah... Bayonetta - jogabilidade de Devil May Cry com esteroides, acompanhada de pernas longilíneas e um traseiro espetacular... não parece algo difícil, não é? Ou assim disse alguém que nunca jogou qualquer jogo do Hideki Kamiya. Por si só Bayonetta já é um jogo infernalmente difícil, até que você chega no terceiro capítulo e encontra dois inimigos desgraçados chamados Grace e Glory. Sempre aparecendo em duplas, eles vão rapidamente fazer da sua vida um inferno, mas ao menos eles podem ser afetados por Witch Time - e todos os ataques deles são bem telegrafados, fazendo de desviar deles no tempo certo algo bem simples. E não é como se eles fossem muito resistentes, sabe...


Esses desgraçados
Aí chega o capítulo IX, e você se dá de cara com uma versão branca e dourada da duplinha... Você já decorou o timing dos ataques deles, sabe quando estão telegrafando cada especial, conhece os dois... ou assim você pensa: Na sua frente estão Gracious e Glorious, uma versão turbinada dos dois inimigos mais chatos até então. Mais fortes, com quase tanta vida quanto os inimigos gigantes que servem de subchefes, e rápidos demais para se telegrafar os ataques, sua única esperança é Witch Time. Você desvia na hora H e... nada... Achando que errou o timing, você desvia perfeitamente do ataque de outro inimigo - e a velocidade deles continua a mesma... OS DESGRAÇADOS SÃO IMUNES A WITCH TIME.

Eis a imensa crueldade de Gracious e Glorious, e o que faz eles merecerem uma posição nessa lista: até este ponto, todos os inimigos dignos de nota (ou seja, tudo menos os inimigos mais básicos) em Bayonetta eram facilmente derrotados com uma esquiva bem utilizada e um combo devastador enquanto o tempo estava lento. Mas esses dois? Imunes a Witch Time, mesmo em uma esquiva perfeita - se você conseguir uma, isso é. Uma garantia de perder meia barra de vida no caso do menor erro, Gracious e Glorious são a maior ameaça que existe em um jogo que já é naturalmente difícil - mesmo as Joys se multiplicando infinitamente não são tamanha fonte de game overs quanto esses dois. 

Gracious e Glorious: porque tudo que você aprendeu até esse ponto não vale nada.

# 4: Wyverns (White Knight Chronicles II)

Wyvern Rex, o pior deles.
O primeiro White Knight Chronicles era um jogo facílimo, então o segundo não deve ser diferente, certo? Ao que parece, alguém alertou a Level 5 de que o jogo era uma piada, e por isso todos os inimigos novos do WKC 2 merecem ser chamados de aranha demoníaca. Mas nada merece mais que essas bestas aéreas que são os Wyverns.

Com dezenas de milhares de HPs, defesa alta e ataques fortes, esses vastos lagartos predatórios já seriam o bicho mais nojento do jogo por si só - adicione a habilidade de voar, ficando longe de qualquer forma de ataque corpo a corpo com exceção de alguns ataques que normalmente seriam parte de um combo... Mas isso não é tudo: enquanto a criatura filha de uma p**** está no ar, ela usa somente dois ataques:   uma girada que dá dano em área e derruba...e um sopro que dá dano em área, derruba e dá stun. Já no chão, além de bater muito forte, eles reduzem precisão, dão ataques em área, se dão haste...

Outros inimigos gigantes em WKC podem ser derrubados com ataques contra as suas pernas, mas não os Wyverns - os malditos só podem ser tirados do ar quando estão voando, mas nunca ficam totalmente vulneráveis, ao contrário do que ocorre com gigantes, trolls, dragões, entes, robôs gigantes, golens, demônios... E como qualquer inimigo gigante em WKC, eles ficam muito mais fáceis quando alguém usa um incorruptus (um robô gigante, para quem não conhece a série) para dar um stun lock no bicho.

Mas o que coloca eles nessa lista não é só a inerente dificuldade deles - como eles abundam em quests online, com uma boa party eles não são tão difíceis assim, embora ainda sejam o inimigo mais escroto possível. Não, o que dá a esses répteis nojentos uma posição na lista é o single player de White Knight Chronicles 2: No meio da segunda parte da história, em uma situação em que você não tem acesso a nenhum Incorruptus, e com os aliados burros de jogos da Level 5, você precisa enfrentar dois deles ao mesmo tempo.


A batalha contra esses dois em Van Haven Wastes é simplesmente uma tortura - não há medida de estratégia, planejamento ou o que quer que seja contra esses dois. É apenas esperar que eles não usem o sopro até que você derrube um deles do ar, e rezar para que ele não decole novamente muito cedo. Como se isso não bastasse, a parte em que você vai ter que fazer essa luta desagradável envolve na sua party apenas aqueles personagens que até então eram ignorados justamente por não ter um Incorruptus... Bem jogado Level 5 - me faça usar meus piores e mais mal equipados personagens no chefe mais escroto do jogo. Se você não passou eras grindando online (ou jogando primariamente online) é improvável que tenha  o que usar aqui - e sem dúvida um dos membros da sua party vai estar mal equipado, simplesmente por não haver como equipar outra armadura no Scardine.

Wyverns: Porque as vezes, o jogo simplesmente é injusto.

E eu mencionei que várias das melhores armas e armaduras do jogo exigem drops dos Wyverns - com uma drop rate minúscula?

# 3: Cockatrice (Dragon's Dogma)

Não parece tão ameaçador...
Se tem algo que Dragon's Dogma faz com perfeição, são lutas contra inimigos grandes, e nada serve de melhor exemplo disso do que qualquer encontro com um grifo ao longo do jogo - derrubar a fera do ar queimando as penas de suas asas, subir nas suas costas para continuar atacando, tudo isso é em uma palavra, glorioso. Cada inimigo novo, um novo aprendizado - Dragon's Dogma seria perfeito nesse aspecto, não fosse uma presença sombria...

Imagine a seguinte cena: você está viajando por uma área selvagem ou por uma caverna, quando você ouve o som familiar do bater de asas de um grifo, mas a criatura a sua frente definitivamente não é um grifo. Coberta de penas negras, a besta em sua frente não tem a aparência graciosa das feras aladas que você já dominou como matar... ao invés disso, ela parece doentia, com uma cabeça que remete mais a um peru leproso que qualquer outra coisa - deve ser fácil, não é? Até que ela te envenena, transforma seus peões em pedra, e vai embora sem nem explicar a que veio, isso é....

A sua frente se encontra um dos inimigos mais frustrantes de Dragon's Dogma: a cocatriz. Não apenas ela tem a mesma mania de "voar para longe" que os seus primos bonitões, o peru do mal conta com o dobro da vida dos grifos, e mais que o dobro da defesa - isso tudo é só para "equalizar os níveis", assim por dizer. Se agarrar nelas não adianta - fácil fácil o desgraçado te joga pra longe. Queimar as asas, o que sempre funcionou com os grifos? Boa sorte conseguindo isso com a resistência que elas tem.

Raramente são tão visíveis. 
O verdadeiro problema delas é a sua forma favorita de ataque: uma nuvem de petrificação. Isso junto com garras e um bico venenoso, só pra deixar tudo "nos trinques". Além de lidar com um dano imenso a cada golpe da criatura, agora vem a preocupação com não virar pedra - e levar um game over imediato - e não deixar seus peões virarem pedra - e perde-los.

Se você tiver sorte, só vai enfrentar uma delas durante o jogo - felizmente muito mais fraca que de costume, sem "fugir voando" ou mais bichos para lhe distrair. Mas Dragon's Dogma não é gentil, e na maioria dos casos, além da luta obrigatória contra uma cocatriz enfraquecida, você vai tomar surras de outras. Em áreas selvagens, elas preferem aparecer em cavernas e durante a noite. Ou pior, na Everfall onde a plumagem escura faz com que elas sejam quase invisíveis mesmo sob a luz da lanterna. Melhor ter mira boa se for lidar com elas a distância...


Mas a verdadeira frustração vem na última dungeon do jogo, a Everfall: aqui, se encontram salas com cocatrizes acompanhadas de liches, cocatrizes guardadas por cães do inferno, cocatrizes enamoradas com quimeras, cocatrizes juntas de beholders, duplas de cocatrizes, cocatrizes cercadas de fantasmas - tudo em salas escuras e repletas de inimigos que muitas vezes dão respawn constantemente, só para deixar tudo mais difícil. Mesmo com personagens fortes, cada uma dessas galinhas malditas vai te comer um monte de itens de cura.

Mas hey... ao menos você pode cancelar o sopro delas, se conseguir acertar a "papada" enquanto elas estão preparando o sopro... se tiver muita sorte, isso é. Obrigado Capcom...

Cockatrice: Porque difícil não é o bastante. 

# 2: Smough&Ornstein (Dark Souls)

Dark Souls é um título que poderia estar mais de uma vez nessa lista - ou francamente, poderia comer a lista inteira. Mas como eu não quis repetir jogos, ninguém melhor que a dupla Smough e Ornstein para dar as caras. Encontrados no finalzinho de Anor Londo, esses dois farão da sua vida um inferno. Se há algo que compensa nessa desgraça, são os inúmeros apelidos que a fanbase tirou sabe-se lá de onde.

Se fossem enfrentados um de cada vez, Snorlax e Pikachu já seriam difíceis, mas a FROM Software adicionou um nível extra de crueldade com um chefe feito explicitamente para ser enfrentado com ajuda de outros jogadores. E mesmo nessa situação, a ofensiva incessante de Trinidad e Tobago pode resultar em uma luta completamente unilateral, sem oferecer qualquer abertura para que eles passem a tomar dano. Tem como fazer sozinho? Tem. É difícil? Um pouco acima disso...

Enquanto Kenan garante sua imobilidade com ataques em área e uma legitima sentada da morte, sendo muito mais rápido do que se esperaria, Kel faz o seu já rápido parceiro parecer uma lesma, e fecha o combo com brutais ataques elétricos a distância. Um páreo duro a ser enfrentando com ajuda, sozinhos Ren e Stimpy beiram o impossível. Como tudo em Dark Souls, você vai morrer de novo, e de novo, e de novo... mas ao contrário do resto, esses dois você não vai aprender como fazer - vai aprender como lidar com cada um, mas a dupla pode depender de dar sorte de dar certo e a AI deles dar folga, ou de encontrar uma equipe que já tenha feito o esquema abaixo contra Mario e Luigi.

Ou isso, ou passar eras memorizando cada padrão de ataque deles, frames de animação e aberturas para ataque e esquiva, descobrindo como fazer com que seja possível lidar com um e escapar dos ataques do outro. Para não depender de sorte, a solução pede uma dedicação muito maior do que um jogo deveria exigir - nesse ponto, sinceramente, já começou a chegar perto de ser trabalho. Mas como diria o Kennedy... Dá pra fazer. É só não errar.

E como se isso já não fosse o bastante... Na hora que um deles morrer, o outro além de recuperar toda a vida, vai ficar mais forte. Derrote Timão antes do Pumba, e prepare-se  para lidar com um balofo ainda mais rápido e com ataques elétricos; Mate Sancho Panza antes do Dom Quixote, e agora o lanceiro do capeta é gigante e ainda mais forte. Isso é... se você chegar a matar um deles.

Smough e Ornstein: porque como diria o pessoal do Jovem Nerd, Dark Souls é o jogo mais fácil do mundo.

# 1: Banshee (Mass Effect 3)

O horror... o horror!!!
Mas nada do que está nessa lista se compara as Banshees de Mass Effect 3. Gracious e Glorious? Chatos. Wyverns e Cocatrizes? Durões, mas enfrentáveis. E em qualquer caso, são inimigos raros ou subchefes. Smough e Ornstein? Estressantes a beça, mas ao menos é só uma vez que você tem que lidar com eles. Essas abominações abundam perto do final de Mass Effect 3, aparecendo como um inimigo quase normal no modo multiplayer, e vão lhe deixar a beira de um infarto.

Todas as criaturas ligadas aos Reapers tem como merecer lugar nessa lista, com exceção do Husk básico (que é só um zumbi do espaço, sinceramente) - mas nenhuma merece o lugar mais do que essas aberrações criadas a partir das Asari. Como qualquer uma das "blue skinned space babes" de Mass Effect, elas tem um arsenal biótico considerável - um warp forte o bastante para te matar em um ou dois hits e um grito digno do nome Banshee que te força pra fora de cobertura. O que já seria um problema se elas aparecessem sozinhas... Mas elas sempre estão acompanhadas de outros inimigos.

Mas hey, essa coisa não parece muito resistente, não é? Ledo engano - além de terem barreiras longas pra cacete essas coisas são difíceis de acertar, teleportando e dando charges constantemente. Nas raras ocasiões em que elas andam, ainda bem que é devagar... mas de novo... elas nunca estão sozinhas, e essa abertura raramente é longa o bastante para evitar que você morra.

Isso vai assombrar seus pesadelos.
A essa altura, a solução poderia parecer dar umas porradas na desgraça, mas se a distância elas são difíceis, de perto... elas dão morte instantânea. Yep, instant kill, in this day and age. Legal Bioware... E como se nada disso bastasse, ainda há o fator "nervoso" da aparência medonha e os gritos dignos de pesadelo das Banshee - sabe, pra te acalmar. 

Banshee: porque Fuck you, that's why.

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