Como a maioria dos fãs já devem estar sabendo, o Homem-Aranha do universo Ultimate não é mais o bom e velho Peter Parker. Ao invés do clássico, temos agora o novato Miles Morales, um rapaz negro, filho de uma porto-riquenha, e que assume o "cargo" após a morte de Parker.
Morales é o protagonista do novo título do herói, Ultimate Comics: Spider-Man, que chega as bancas americanas no mês que vêm, mas não é o único personagem tentando fechar o buraco deixado pelo cabeça de teias.
Mas porque eu apoio Miles? A única coisa que eu consigo ver como uma critica válida ao personagem, que parece ter causado chiliques na blogosfera, é o fato dele não ser Peter Parker. Olhando todo o subtexto do Homem-Aranha - a vida no subúrbio de classe média-baixa, as dificuldades financeiras, a eterna posição de "underdog" na vida social - o personagem me parece muito mais condizente com a realidade dos jovens negros e latinos - e me atrevo a dizer que o único motivo pelo qual o original não era negro é por que os quadrinhos dos anos 60 não aceitavam nenhum personagem negro que não tivesse "negro" no nome ou uma temática africana ou do gueto.
Então digo o seguinte: parabenizo a Marvel pelo novo Homem-Aranha - só lamento que o personagem não esteja no novo desenho do herói, que estréia em 2012 no Disney XD (embora a série seja baseada no universo Ultimate), e temo que em alguns anos Parker seja ressucitado e Morales caia no esquecimento. E mais: a forte rejeição ao personagem mostra bem o porque as HQs precisam de um Homem-Aranha negro - agora, Marvel, podemos ter Runaways e Young Avengers de volta, ou é muito pedir que os únicos grupos onde minorias não eram caricaturas voltem ao mercado?
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