sexta-feira, 8 de julho de 2016

Juntas Soltas: RotF Superion Maximus

Antes de abordar a versão de Combiner Wars do guerreiro aéreo dos Autobots, eu gostaria de dar uma olhada em outra tentativa de atualizar alguns dos combiners clássicos. Em 2004, durante Transformers Energon, a Hasbro e a Takara fizeram a primeira tentativa de atualizar o esquema de Scramble City: os Maximus - Constructicon Maximus, Bruticus Maximus e Superion Maximus.

O esquema era o mesmo das velhas equipes especiais: um robô maior servindo de tronco e quatro menores como os membros. Onde Combiner Wars usa um voyager e quatro deluxes, Energon usava um deluxe e quatro scouts. Limitações de orçamento forçaram as empresas a decidir entre duas equipes com cinco moldes únicos cada, ou três com três moldes únicos - opção tomada, para aumentar o número final de combiners. No lugar das peças servindo como mãos e como pés que vinham com os combiners de G1, os Maximus usavam suas armas de energon como mãos e pés "improvisados".

Em 2009, como parte das linhas Universe e Revenge of the Fallen, duas das equipes de Energon foram relançadas com esquemas de cor novos, representando simultaneamente uma atualização dos personagens de Geração 1 e suas versões cinematográficas: Bruticus Maximus e nosso tópico do ia, Superion Maximus. Vamos?


Comecemos pelo líder, Silverbolt, um redeco bem extensivo de Storm Jet, da linha de Energon. A moda dos líderes de equipes aéreas dos Autobots, este Silverbolt é um enorme jato. Mas onde seus antecessores e seu sucessor são variantes do Concorde, o Silverbolt de RotF é uma variante fictícia do SR-71 Blackbird.



A transformação é bem envolvente e resulta em um robô um tanto atarracado. A cabeça é demasiadamente pequena para o corpo e os braços tem mais sugestões de mãos do que mãos de fato.  


Silverbolt não peca em termos de articulação: juntas universais e rotações nos braços, cotovelos duplos e rotações na cabeça e nos quadris. O único - e GRANDE - problema está nos joelhos: devido a um erro de fabricação (ou de projeto) onipresente, os joelhos só dobram como deveriam para a frente. Dobrá-los do jeito certo exige força extra - ou uma remontagem.


Próximo na lista estão os caças: Air Razor (branco) e Air Raid (cinza), dois pequenos caças meio-que-baseados no F-22 Raptor.


Ao contrário do líder, eles vem cada um com uma arma de energon, um canhão com duas pontas, que faz com que eles pareçam ainda mais com algo saído de um jogo de nave. A peça que junta as duas para a combinação simplesmente... fica lá. 


A transformação deles é rápida, simples, e extremamente funcional, resultando em uma dupla de robôs enxutos e bem articulados: ball joints nos ombros, cotovelos, quadris e joelhos, além de uma rotação na cabeça. O essencial para o seu tempo.


Se a como um canhão longo as armas não lhe agradam, elas podem virar um... diapasão?


Encerrando a equipe temos os aviões de ataque, Fireflight (marrom) e Skydive (lavanda e azul), que se transformam em aviões A-10 "Warthog". Novamente, fora ter um trem de pouso móvel (mas que não rola), essa forma alternativa não tem muito que ser dito a respeito.


A arma de energon encaixa no topo do avião como um.. chapéu? Sério, isso é um chapéu para aviões. Um chapéu com armas. Infelizmente, por motivos de degradação do molde, essa peça fica completamente bamba.


A transformação é interessante: as pernas são compostas por toda a frente do aeroplano, enquanto o ventre e as asas viram ao contrário para formar a cabeça e a mochila. As turbinas formam os braços - com rotores como um "soco inglês". O resultado é um robô muito mais "agressivo" que a outra dupla, mas igualmente posavel.


Os "chapéus aeronáuticos" agora formam canhões duplos. Não muito diferente das mãos pé armas de Combiner Wars, na real. 


O detalhe mais notável dessa dupla é a cabeça: a transformação "oficial" diz para deixar as metralhadoras do avião como um par de antenas (como dá pra ver aqui no Fireflight) - mas como elas são móveis, nada lhe impede de deixá-las como um par de óculos steampunk.


Combinar a equipe é simples. Um dos A-10 dobra as asas e abre o nosecone para encaixar o pé, enquanto um dos caças vira suas asas do avesso para encaixar a sua arma (junto com a peça inútil) para criar a outra perna...


... Em seguida, com os braços recolhidos e os antebraços virados para fora, Silverbolt encaixa sobre a dupla.


O outro caça faz a mesma coisa, só mudando como as armas estão viradas, e encaixa em um dos lados do peito. O outro A-10... só dobra as asas para cima e encaixa sua mão-pé-arma em sua metralhadora. O peito abre para revelar a cabeça de combiner.


Uma bela cabeça, por sinal. Bem esculpida e bem detalhada para os padrões de Energon, com um lightpiping que Combiner Wars segue devendo (enquanto em Energon, todos os combiners tinham lightpipes). Pena que os "chifres" sejam mais planos que uma folha de papel.


O resultado é um robô... estranho. A maneira como os combiners de Energon foram feitos resulta em um robô sem mãos "de verdade", e as pernas não oferecem a melhor sustentação. Devido a largura dos caças em sua forma de membro, não há como deixar ele reto, e é difícil mantê-lo em pé com a base oferecida pelos pés da combinação. No lugar de mãos, o que se tem é uma massa de canhões que nem ao menos tenta parecer com mãos. 


A articulação é um tanto limitada: rotação no pescoço, juntas universais nos quadris e ombros, joelhos com ratchets e uma rotação no ponto de conexão das pernas. Dá para fazer algumas poses legais - mas dava pra ser bem melhor. Bem melhor mesmo.

Não é um boneco ruim, mas não há motivo para ir atrás dele depois que saiu o de Combiner Wars. As limitações orçamentarias de Energon e algumas decisões realmente estranhas de engenharia (e um fracasso total em criar algo que pudesse servir como arma, pé e mão de uma só vez) resultam em uma combinação desengonçada, mal proporcionada e desprovida de elegância. E justamente por isso (com exceção da cabeça) ele se encaixa perfeitamente na estética dos filmes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário