Uma resenha de jogo não tão novo assim - e cuja relação com a temática deste blog se dá pelo designer do jogo, o brasileiro Joe Madureira, outrora o queridinho da industria de quadrinhos - e algo que deve aparecer de tempos em tempos: uma postagem que não tem muito a ver com o meu geral de "Animação-quadrinhos-Brinquedos". Mas que ainda é nerdice.
Darksiders foi frequentemente comparado com God of War, mas eu não consigo ver a relação, salvo pelos parcos golpes de morte instântanea, que funcionam em um sistema radicalmente diferente da série de Kratos e suas vítimas, e pelo protagonista de Darksiders se chamar "Guerra", o que na cabeça de algumas pessoas é claramente uma tentativa de roubar público de GoW, e não aquilo que realmente é, uma referência aos quatro cavaleiros do apocalipse.
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Visualmente o Jogo é magnífico. Embora não seja "super realista", tem um charme próprio e distinto. Embora vários cenários caiam na armadilha do "marrom e cinza", essa coloração desbotada e opressiva bate com a temática pós apocalíptica do jogo, e quando se entra nas áreas mais vivas do jogo, o resultado é impressionante. Os designs de personagem de Madureira, embora nada originais, são bastante agradáveis ao olhar, mesmo com as proporções "Liefieldianas" de Guerra. E é claro, é bem legal ver um protagonista que não se veste de marrom, preto, cinza e vermelho desbotado, tendo uma roupa 90% vermelho vivo com bronze e prata.
Quanto a jogabilidade, como dito acima, é Zelda. O gancho e bumerangue vem diretamente de Zelda, o sistema de combate é completamente Devil May Cry (tem até Stinger!) e os numerosos quebra cabeças são clássicos de jogos de exploração, como empurrar blocos, ativar alavancas e explodir paredes para poder passar, com bombas que por algum motivo, não dá pra levar pra outro lugar.Porém, tem alguns probleminhas... Primeiro, o botão de pulo : não que a resposta seja ruim, ao contrário de GoW, mas os saltos de Guerra são muito baixos. Para alcançar a altura que se consegue com um pulo normal na maioria dos jogos de ação, se precisa de um pulo duplo, e um bocado de sorte... Os saltos normais são quase imperceptíveis em alguns locais, e isso é muito ruim. Segundo : Esquiva e Bloqueio : duas coisas que não respondem como deveriam. Guerra leva quase meio segundo para COMEÇAR a animação de bloqueio, e até que ele termine de se posicionar para bloquear, a ação não faz nada. Já a esquiva (na verdade um Dash) é muito curta, muito lenta, e muito fácil de ser impedida. Como a maioria dos inimigos grandes não levam Stun, várias vezes se tem a escolha entre levar o ataque na boca, esquivar pro lado e ter 50% de chance de ser atingido, ou esquivar pra trás, e ter 75% de chance de apanhar. Por último, os chefes e a Chaos Form : os chefes de Darksiders seriam legais... Se o jogo não tivesse a maldita Chaos Form, e se eles não dessem tanto dano. Sem a Chaos Form, você vai morrer, e rápido. Com a Chaos Form, é 4-6 Combos, e os chefões morrem.
Pra fechar a "originalidade", várias ferramentas do jogo são referências/plágios (escolha) a outros jogos. Voidwalker é a arma de Portal, mask of shadows vêm de Zelda (de novo), o Bumerangue, além de Zelda, copia Dark Sector, e uma fase inteira é uma homenagem à Panzer Dragoon...eita originalidade.
Os chefes são uma história a parte, tirando a babaquice da Chaos Form, são lutas divertidas, que exigem estratégias diferentes, e o design de cada um deles é impressionante de uma maneira distinta do anterior. Exceto pelas aranhas malditas, que chegam a se tornar enjoativas de tantas vezes que são enfrentadas como chefes.
Por último, não vou comentar a trama, mas a dublagem é ótima, contando até com a voz de MARK HAMMIL! SIM! LUKE SKYWALKER e o CORINGA de Batman : The animated Series está nesse jogo!
De zero a 10, nota 8, pelos problemas da esquiva e da defesa, que lhe forçam a repetir "Stinger" ad nauseam.
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