Em 2013, a Hasbro fez pela primeira vez uma votação para um personagem "criado pelos fãs". Após múltiplas etapas de votação, o resultado saía. Autobot. Valente. Com forma de Jato. Usando uma espada. Nas cores Vermelho e Preto. Telepata. Mulher.
Windblade surgia ante a aprovação de alguns fãs e a ira irracional de outros. Para uma parte do fandom, o resultado da votação era sinal claro de corrupção. Windblade era "fruto de tudo que havia de errado". Obra da "ditadura do politicamente correto" e "imposição do feminismo". Apenas em Beast Wars se viu tamanha ira nas message boards de Transformers. Ira que, surpreendentemente, continua até hoje.
E em 2014, Windblade chegava ao mercado como parte da linha Generations ao mesmo tempo em que dava as caras nos quadrinhos da IDW, no evento Dark Cybertron, seguindo para uma minissérie própria pelas mãos de Mairghread Scott e Sarah Stone, em uma trama política. Sua presença nos quadrinhos apenas aumentou a raiva de quem via sua existência como um crime contra a franquia. Para essa parte dos fãs, Windblade era uma "Mary Sue superpoderosa" (engraçado como essa "crítica" se usa contra qualquer protagonista feminina hoje em dia), apesar do total fracasso dela em, bem, quase tudo que ela tentou fazer. Entre as muitas lendas inventadas sobre a personagem por parte de quem não leu nada em que ela aparecesse, estava até que ela teria "derrotado Megatron sozinha".
Mas estamos aqui para falar de brinquedos, não de nerds revoltados.