Como alguns devem saber, o subtítulo de Transformers Generations para 2016, Titan Returns, não é nada menos do que um retorno dos Headmasters. Sim, os não tão bem pensados robôs que viram cabeças estão de volta, incluindo o maior e mais glorioso deles: Fortress Maximus (com direito a sons quando Cerebros é convertido em cabeça!).
Então, enquanto esperamos a volta dos mestres-da-cabeça, que tal olhar no que uma das empresas de “Transformers não oficiais” fez na ausência deles? Com vocês, aquele que nem esconde ser uma tentativa de modernizar Fort Max, Toyworld H-04 Infinitor, um dos múltiplos esforços em modernizar o personagem - e que ao contrário dos outros, tentou manter o design o mais próximo possível do original.
Headmaster
Ao contrário da Hasbro e da Takara, a Toyworld não deu um nome para os pequenos robôs que viram cabeças, então chamemos o cérebro de Infinitor de Finitor. Finitor é uma figura minúscula (do tamanho de um minicon, mais ou menos) com articulações impressionantes para o seu tamanho.
Virar uma cabeça é cansativo! |
Os quadris, ombros, joelhos e cotovelos são todos dotados de ball joints um tanto frouxas. Não há muito do que se falar nele, salvo pelo fato de que não há nada escondendo a face de Infinitor nas suas costas, e que a conversão só é mais complicada do que a de um Headmaster por envolver dobrar os joelhos.
Cidade
É algo, eu acho... |
A mais intricada transformação do Transtector (sim, vou usar um termo de Headmasters) é o modo de cidade. Com múltiplas rampas, hangares e compartimentos secretos, essa forma seria bem impressionante, não fossem as dimensões reduzidas. Enquanto esse modo fazia perfeito sentido no gigantesco Fortress Maximus, aqui fica a pergunta de pra que ele serve. Os compartimentos e as rampas são pequenos demais até para minicons e parecem existir apenas para copiar o original. Na verdade, o modo inteiro parece existir só porque “o original tinha”.
Todas as armas viradas para o lado que não tem rampas. |
Finitor pode se sentar na torre de comando no alto da cidade e olhar para trás. Ao menos ele está olhando para onde a forma tem canhões. Ainda assim, o modo de cidade é mais digno de respeito que o seguinte...
Nave
Também conhecido como o modo "cai e não consigo me levantar". |
Assim como era no original, isso não é uma forma: é o robô depois de cair de costas. Não há como negar que a nave espacial é um robô estendido levantando os braços e esperando que ninguém note. Daqui para frente, essa modo sera referido como “Espaçonave Bruce”. Aqui, ele tem acesso a quase todas as suas armas. Finitor fica no mesmo lugar, servindo de “piloto”. O design lembra de certa forma a clássica White Base, de Mobile Suit Gundam. Só que mais comprida. Nessa forma (e somente nessa) ele pode rolar com pequenas rodinhas.
Tanto é um passo de transformação, que dá pra criar um "modo" extra só mexendo algumas peças - algo que teve tanto empenho criativo quanto essa "nave". |
Espaçonave Bruce sempre teve cara de “ei, isso parece uma coisa, vamos contar como um modo”: não é uma transformação de verdade, é um passo de transformação. Ainda assim, é o modo mais visto em Headmasters.
Robô
HEAD ON! |
Com alguns pequenos ajustes e partindo sua ponte de comando ao meio, Espaçonave Bruce e Finitor se unem no poderoso INFINITOR.
Gostinho de anos 80. |
Em sua forma de robô, Infinitor deixa claro que sim: a Toyworld só reproduziu o original e modernizou a engenharia. Salvo algumas diferenças nas costas, e o tamanho, Infinitor é idêntico a Fortress Maximus, incluindo os detalhes da manivela para o elevador inexistente nessa versão. Uma quantidade incrível de aplicações de tinta trata de ocupar o lugar dos adesivos do verdadeiro.
Ele consegue segurar um rifle de um jeito "mais ou menos" certo. Isso é mais do que a maioria dos Transformers consegue. |
Não que isso seja ruim: Com 22 cm de altura, Infinitor é um Fort Max em um tamanho que permite que ele interaja com outros personagens, não ocupe todo o espaço do mundo e mais importante: com articulações! Ratchets pesadas nos quadris (em dois eixos) e nos ombros) para as laterais) e suaves nos joelhos, uma rotação no bíceps, nas coxas, na cintura, no pescoço, nos pulsos e nos ombros, juntas duplas nos cotovelos e para completar, inclinações nos calcanhares. Como se isso não bastasse, as mãos abrem. Para garantir que não haja problemas para segurar acessórios, um canal de 5mm fica entre o dedão e a palma. Não há nada que ele não possa fazer - salvo olhar para cima.
Talvez isso seja "Dakka o bastante". |
Infinitor tem um arsenal aterrorizante: além do rifle (formado pelo canhão da nave espacial, ou a antena da forma de cidade), ele conta com dezesseis canhões espalhados pelo corpo. São dois em cada canela, dois em cada joelho (mirando para os lados), um par em um módulo na perna esquerda, dois pequenos em cada braço e dois canhões enormes na cintura. Do Fort Max, faltam apenas as armas nas costas das mãos (que não caberiam nessa escala) e a pistola dupla. Faltando também está alguma versão da Master Sword do verdadeiro.
Modo extra: Fortaleza e outras coisas extras
É pra ser uma fortaleza. Eu juro. |
Infinitor tem outro modo, um que o original não tinha (salvo em um catalogo de 1987), uma “fortaleza impenetrável”. A forma é basicamente a cidade com as pernas reposicionadas para que os canhões e hangares estejam para frente. É quase tão ridícula quanto a Espaçonave Bruce e tem a bizarrice de virar todas as armas para um lado... e Finitor para o outro. Ele não pode ver para onde está atirando.
"Venha, sente no meu ombro"... |
Infinitor tem alguns pequenos extras. Em uma homenagem a linha Headmasters, há um indicador no peito que desce quando a cabeça é inserida, formando um mostrador de barras, como os atributos dos Headmasters. Como Fortress Maximus, todos os seus atributos (infelizmente, não marcados com nome) são MAXIMOS! Os peitorais se abrem para revelar... cadeiras? Os compartimentos servem para carregar outros Headmasters da Toyworld (os quais eu não tenho nenhum). Um extra interessante, mas eu preferia que esses compartimentos revelassem algo como mísseis ou canhões (nunca se tem armas o bastante num robô gigante).
SPD STR INT - tudo no máximo. |
Mas o mais estranho extra dele é uma junta de rotação nos peitorais. Essa junta não é usada em nenhuma transformação e não é acessível na forma de robô. Ela pode ser utilizada para deixar os modos alternativos mais compactos (e eu costumo usar para deixar a Espaçonave Bruce menos ridícula), mas parece ser sobra de algum ponto anterior no design. Porque ela existe? Pra que serve? O que come? Ninguém sabe.
Avaliação final
Infinitor é um caso curioso. Uma engenharia excelente e uma quantidade exorbitante de aplicações de tinta, vindo de uma equipe de designers que já provou sua competência e criatividade em outras releituras de Transformers se juntaram em algo que deveria ser excelente. Mas a adesão cega ao original resulta em algo como o remake de Psicose: Ele não tem nenhuma razão de ser, além de um Fort Max menor e mais acessível. Enquanto a questão de se bonecos de 3rd parties são falsificações ou não continua no ar, Infinitor nubla essa linha. Tirando sua engenharia aprimorada, não há nada que o separe de um dos muitos KOs do lendário Fortress Maximus.
A Toyworld cometeu um grande erro com Infinitor (e seu irmão Grant), criando algo que não traz nada da identidade da empresa e que parece demais com uma mera cópia do original. Com um Fort Max novo a caminho, não há muito por que recomendar esse cara. A menos que o seu interessa seja um Fort Max pequeno e bem articulado ao estilo de Geração 1 Se tudo que quer é um Fort Max pequeno, melhor ir atrás da versão da Kabaya (que, ao contrário deste, vem com todas as armas). Não que ele não seja EXCELENTE por qualquer outra ótica.
Linha: ToyWorld H Series
Fabricante: Toyworld
Ano: 2014.
Acessórios: Rifle.
Nota: 8/10
Fabricante: Toyworld
Ano: 2014.
Acessórios: Rifle.
Nota: 8/10
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